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terça-feira, 4 de junho de 2013

O que é Desenho Universal?

Desde a década de 60, países como Japão, Suécia e EUA vem discutindo maneiras de reduzir as barreiras arquitetônicas enfrentadas por pessoas com deficiência. Hoje, quase meio século depois, as discussões concentram-se na concepção de produtos, meios de comunicação e ambientes que possam ser utilizados por todas as pessoas, qualquer que seja a idade, estatura ou capacidade, o maior tempo possível e sem a necessidade de adaptação ou auxílio.

O conceito livre de barreiras acabou evoluindo para o conceito de desenho universal, adotado inicialmente pelos EUA. Entende-se por universal em seu acesso todo o produto que torna possível a realização ou ainda prática das atividades e tarefas cotidianas de todo ser humano. Na verdade, o desenho universal busca a inclusão das pessoas nos diversos segmentos sociais que compõem as nossas vidas por meio da facilitação  de uso de produtos/meios/espaços consolidando assim, os pressupostos existentes na Declaração Universal dos Direitos Humanos que vimos em nossa primeira aula.

Os conceitos de Desenho Universal são mundialmente adotados para qualquer programa de acessibilidade plena.

São eles:
1. Uso Igualitário e equiparável – equiparação nas possibilidades de uso.

São espaços, objetos e produtos que podem ser utilizados por pessoas com diferentes capacidades ou ainda por qualquer grupo de utilizadores. Seu design é comercializável para pessoas com habilidades diferenciadas.

2. Adaptável – Uso Flexível.

Design de produtos que atendem pessoas com diferentes habilidades e diversas preferências, sendo adaptáveis a qualquer uso.

3. Óbvio – Uso Simples e Intuitivo.

O design do objeto/produto/espaço é facilmente compreendido por qualquer usuário independente de sua experiência, conhecimento, habilidade de linguagem ou nível de concentração.

4. Conhecido – Informação de Fácil Percepção.

O design comunica facilmente as informações necessárias para seu rápido entendimento e uso independente de suas capacidades intelectuais, cognitivas, sensoriais ou condições ambientais.

5. Seguro – Tolerante ao Erro.

O design do produto/objeto/espaço minimiza o risco e as consequências advindas de ações acidentais ou não intencionais.

6. Sem esforço – Baixo Esforço Físico.

Para ser usado eficientemente, com conforto e o mínimo de esforço e cansaço.

7. Abrangente – Dimensão e Espaço para Aproximação, Interação e Uso.

O design oferece dimensões e espaços apropriados para a interação, o acesso, alcance, manipulação e uso, independentemente do tamanho do corpo (obesos, baixa/alta estatura, etc.), da postura ou mobilidade do usuário (pessoas em cadeira de rodas, com carrinhos de bebê, etc). O Desenho universal  assume-se, assim, como instrumento privilegiado para a concretização da acessibilidade e, por extensão,de promoção da inclusão social.


Ao projetar, lembre-se:

- portas devem ter um vão livre maior ou igual a 0.80cm (caso contrário, uma pessoa em cadeira de rodas, não passa)
- uso de pisos antiderrapantes em especial nas áreas molhadas como banheiros, lavanderias, cozinhas e áreas de serviço. Varandas, também.
- tomadas precisam ser colocadas em pontos mais altos.
- as maçanetas devem ser de alavanca e as fechaduras, se possível, devem ser instaladas acima delas, para facilitar a sua visualização.
- As torneiras recomendadas são monocomando ou misturadores com dois volantes com 1/4 de volta.
- evitar uso de degraus substituindo por rampas com declividades corretas e corrimãos.
- sanitários adequados (linha Deca, Celite para acessibilidade)
- bancadas, mesas, pias, armários, gaveteiros em alturas adequadas.
- boa iluminação incluindo degraus de escadas.
- corredores e circulações largos
- móveis e demais objetos com cantos arredondados.

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