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quarta-feira, 30 de setembro de 2015

CCJ deve votar dispensa de compensação de horário para servidor com filho deficiente

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A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) deve votar, nesta quarta-feira (16), projeto de lei (PLS 68/2015) do senador Romário (PSB-RJ) que concede horário especial, sem exigência de compensação de jornada, ao servidor público federal que tenha cônjuge, filho ou dependente com deficiência. O relatório favorável à proposta foi apresentado pelo senador Sérgio Petecão (PSD-AC).

O relator afirma que a compensação de horários atualmente exigida não beneficia a pessoa com deficiência:
“Incumbe à União cuidar da proteção e garantia das pessoas com deficiência, conforme reza o inciso II do art.23 da Lei Maior. A exigência de compensação de horários, em vigor na atualidade, dirige-se contra o próprio deficiente, [seja] cônjuge, filho ou dependente do servidor”, argumenta Petecão no relatório sobre o PLS 68/2015.
A pessoa com deficiência, segundo reforçou o relator, reclama tratamento multiprofissional personalizado, o que torna imprescindível a assistência direta do servidor para que seja assegurado o atendimento demandado pelo seu cônjuge, filho ou dependente deficiente.
Alcance ampliado
O projeto original restringe o alcance da medida aos servidores federais que possuem cônjuge, filho ou dependente com deficiência física. Essa limitação já está prevista em dispositivo do Regime Jurídico Único (RJU) dos Servidores Públicos Federais (Lei 8.112/1990), norma que poderá ser alterada se a proposta for aprovada.
O relator na CCJ propõe a incorporação ao texto de duas emendas do senador Paulo Paim (PT-RS) já aprovadas pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa, que podem corrigir o equívoco, segundo explicou Petecão. Além de ajustar o projeto aos termos da Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, que tem status de emenda constitucional, as modificações aprovadas pela CDH e acolhidas no relatório em análise pela Comissão de Constituição e Justiça estendem o direito aos servidores federais que são pais, cônjuges ou responsáveis por pessoas com qualquer tipo de deficiência.
Isonomia
Petecão confronta a situação dos servidores federais com filhos, cônjuges ou dependentes com deficiência à dos demais à luz do princípio da isonomia. O relator sustenta que a distinção de tratamento em foco se mostra “adequada, necessária e proporcional” diante das necessidades especiais da pessoa sob os cuidados do servidor ao qual o PLS 68/2015 se direciona.
Romário também já havia apontado, na justificação do projeto, violação ao princípio da isonomia pela Lei 8.112/1990. Segundo o senador, enquanto o RJU concede horário especial, sem obrigatoriedade de compensação de jornada, ao servidor com deficiência, impõe tratamento distinto ao servidor com filho, cônjuge ou dependente com deficiência. Só desse último, argumenta o parlamentar, é exigida a compensação de eventuais afastamentos decorrentes do benefício, sob pena de sofrer desconto de salário.
Se for aprovado e não houver recurso para votação pelo Plenário do Senado, o PLS 68/2015 será enviado, em seguida, à Câmara dos Deputados.
Fonte: Agência Senado

terça-feira, 29 de setembro de 2015

No AC, filha ‘pega carona’ em muleta do pai e vídeo emociona na web

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Um vídeo publicado no último sábado (12) por Manoel Izo, de 43 anos, em sua conta pessoal no Facebook emocionou os internautas. Nas imagens, a filha dele, Esther Souza, de apenas um ano e oito meses, aparece pegando ‘carona’ em uma das muletas do pai, enquanto passeiam pelo shopping de Rio Branco. Diagnosticado com paralisia infantil aos 4 meses de vida, o autônomo teve três filhos e conta que sempre teve o hábito de carregar os filhos nas muletas. Até esta segunda-feira (14) o vídeo, gravado há um mês, já teve mais de 700 compartilhamentos e mais de 25 mil visualizações.
Os outros dois filhos de Izo, um de 11 anos e outra de 13 anos, também aproveitavam a mesma carona de Esther. “Eu tenho uma perna paralisada e uma outra que consigo mexer um pouco. Sempre que cansa, ela se pendura na muleta e segue comigo. O pessoal fica admirado, pede pra tirar fotos e vídeos”, conta.
Com cerca de 14 quilos, a pequena já tem habilidade para se equilibrar na muleta do pai. “Eu sempre levei meus filhos assim na muleta, é um hábito. Comecei a usar muleta aos 10 anos, porque antes disso eu era do interior do estado e lá não tinha. E a gente faz assim, se ela cansa, a levo na muleta”, brinca.
Na internet, Izo ganhou elogios e chamou a atenção a forma irreverente de ajudar a filha a caminhar. Na postagem, ele destaca. “Não importa onde você carrega os seus filhos‬, se nos braços, nas costas ou nas pernas‬. O mais importante é carregá-los no coração e onde quer que for, protegendo, amando, dando carinho e sendo o seus provedores de todas as suas necessidades”, destaca.

Fonte: G1

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

EPTC instala novas botoeiras sonoras para deficientes visuais

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A partir das 9h30 desta terça-feira, 15, entram em funcionamento oito novas botoeiras sonoras para pessoas com deficiência visual em vias de Porto Alegre. Os novos equipamentos, com informações indicativas em braille, ficam localizados na Júlio de Castilhos x Terminal Parobé, total de seis unidades, e no Terminal Parobé x Largo Glênio Peres, duas, todas na área central. Com os oito novos equipamentos disponibilizados pela EPTC, a cidade agora conta com 133 botoeiras sonoras para deficientes visuais, instaladas principalmente em cruzamentos e locais de intensa circulação de pedestres. O objetivo é garantir uma circulação com mais segurança, principalmente para aquelas pessoas com dificuldades de visão.
Fonte: noticias.r7.com

domingo, 27 de setembro de 2015

Projeto promove inclusão de deficientes visuais através da música

Alunos têm aulas de violão, teclado, bateria e canto, sendo que toda parte teórica é repassada através do braile para os 52 matriculados
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Formar novos talentos e professores de música. Esse é o objetivo da Escola de Música Santa Luzia, que atende 52 deficientes visuais de todas as regiões de Teresina. O projeto funciona desde 2014, na sede da Associação dos Cegos do Piauí (Acep), e conta com aulas de violão, teclado, bateria e canto. As aulas seguem uma metodologia diferente, onde toda parte teórica é repassada aos alunos através do braile.

Taís Talita, de 22 anos, é uma das beneficiadas do projeto. Ela sempre esteve ligada à música e resolveu começar as aulas de teclado como forma de auxiliar o seu preparo vocal. “Eu percebi que para cantar melhor teria que aprender um instrumento musical. Tentei violão, mas não consegui, agora estou me dedicando ao teclado”, comenta a jovem, enquanto ensaia uma das músicas aprendidas na aula.
A jovem Ane Samira também assiste aulas de teclado, diariamente, na Escola de Música Santa Luzia. Ela conta que, por conta da falta de tempo e de locais adequados, sempre adiava o sonho de ser uma instrumentista. “Desde criança, sempre fui fascinada por música. O meu sonho é aprender teclado e me tornar uma musicista profissional”, conta.
Na Escola de Música Santa Luzia, a maioria dos professores também são deficientes visuais, o que facilita a interação na hora das aulas. Alan Viana chegou a tocar profissionalmente e hoje é um dos responsáveis pelas aulas de violão na Escola. Para ele, a música é uma das formas de acabar com a invisibilidade social enfrentada pelos deficientes visuais.
“O nosso maior desafio é transformar as pessoas com deficiência visual em verdadeiros profissionais da música. O nosso projeto ensina a musicografia em braile para formar profissionais e também professores, para transmitir o conhecimento para outras pessoas. Temos que buscar o nosso espaço e mostrar para as pessoas que nós, deficientes visuais, somos capazes”, pontua o professor.
Ajuda
O fato de todo o material utilizado nas aulas ser impresso em braile dificulta a manutenção da Escola, que é mantida através de doações de pessoas físicas e de empresas parceiras. O coordenador geral do projeto, José Ronaldo, conhecido entre os alunos como professor Branco, explica que cada impressão custa em torno de um real.
“A nossa maior dificuldade é na hora de imprimir as partituras em braile, pois o custo é muito elevado. Eles conseguem aprender através da informação repassada pelos professores de forma oral, mas, com o tempo, acabam esquecendo; por isso, é importante ter esse material impresso”, afirma.
Os interessados em contribuir com o projeto, através de doações de instrumentos, ou financeiramente, devem procurar a sede da Associação dos Cegos do Piauí (Acep), localizada no bairro São Pedro, zona Sul de Teresina. “A escola já tem um CNPJ e conta bancária. Quem tiver interesse em contribuir, basta chegar à sede da Acep e me procurar”, explica o professor Branco.
Semana Nacional do Cego é comemorada com atividades
Com objetivo de estimular o debate sobre a inclusão de pessoas com deficiência visual, é comemorada, em todo País, até a próxima quinta-feira (17), a Semana Nacional do Cego. Em Teresina, a programação é coordenada pela Associação dos Cegos do Piauí (Acep), através da Escola de Música Santa Luzia, e conta com palestras, intervenções e apresentações artísticas.
O coordenador da Escola de Música, José Ronaldo, explica que, esse ano, uma programação diversificada foi preparada para marcar a semana de comemorações. “Nos anos anteriores, apenas uma caminhada da acessibilidade era realizada para comemorar a semana. Após a criação da Escola de Música, resolvemos englobar outras atividades”, explica.
Durante o final de semana, os alunos da Escola de Música Santa Luzia participaram de intervenções artísticas nos shoppings da capital. Eles apresentaram o repertório aprendido nas salas de aula do projeto. “Tivemos uma receptividade muito boa do público em todas as apresentações”, comenta José Ronaldo.
A programação festiva continua até a quinta-feira (17). “Ainda vamos ter a apresentação de corais, da orquestra do Sesc Ilhotas, e da banda da Polícia Militar. Além disso , temos as oficinas de canto”, lembra o coordenador da Escola de Música Santa Luzia.
Fonte: www.portalodia.com

sábado, 26 de setembro de 2015

JN mostra flagrantes do desrespeito a cidadãos com deficiência no país

Repórteres apresentam retrato dos problemas de acessibilidade no país.

Jogadores de time de futebol de deficientes enfrentam problemas no Rio.

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Pelo menos em teoria, você, qualquer pessoa da sua família, um amigo, qualquer cidadão têm o direito de ir e vir, no Brasil. Tem artigo da Constituição que trata dessa liberdade, mas isso é só na teoria.
Nesta semana, os repórteres Leandro Cordeiro, Jonathan Santos e Marcos Losekann apresentam um retrato dos problemas de acessibilidade no país. O desrespeito do Brasil com as pessoas que têm alguma deficiência.
Uma pedrinha de nada no caminho de quem usa as pernas é uma montanha intransponível para quem depende de rodas.
Quem usa muleta ou cadeira de rodas sabe bem o que significa um meio fio sem rampa, ônibus que não tem elevador, ou que tem, só que estragado. Buracos que mais parecem crateras. Pedreira para todo lado.

“É de eu cair e não conseguir levantar. Quanto eu estou no chão não consigo levantar”, conta Maria de Lousa de Oliveira, dona de casa.
E quando o problema é não conseguir enxergar? Dentro de casa, Éder Fonseca até que se vira. “Porque eu sei onde eu coloco tudo. Se alguém vier aqui e mudar de lugar, por exemplo, aí já complica”, explica Éder Fonseca, massagista.

O pior é da porta para fora. O que os deficientes geralmente mais valorizam é a própria independência. Poder se virar, sem depender de ninguém. Esse seria o mundo ideal para eles. Só que no mundo real, com tantos percalços, não há determinação nem força de vontade que consigam superar as dificuldades espalhadas pelo caminho. E o jeito as vezes é contar com uma mãozinha.
A Natália tem um grande motivo para comemorar. Ela acaba de receber moderníssimos aparelhos de ouvido importados da Europa. “Me fez descobrir novos sons que eu não escutava”, diz a jogadora de vôlei.
O que a Natalia sempre teve foi uma boa visão. Na quadra do time de vôlei, inclusive jogando pela seleção brasileira, ela não vê dificuldade.
Um em cada sete habitantes da Terra não enxerga, não ouve, não se move direito ou tem problemas mentais. No Brasil, um quarto da população apresenta algum tipo de deficiência, segundo o IBGE. Gente que tem o direito de ir e vir, mas que nem sempre encontra condições para isso. É o que acontece em Brasília. Planejada, patrimônio da humanidade, mas essa cidade, construída no centro do Brasil, está longe de ser a capital da acessibilidade.

Outro exemplo é o Rio de Janeiro, a Cidade Olímpica, que vai sediar também os Jogos Paralímpicos no ano que vem. Em termos de acessibilidade, não é considerada maravilhosa. Pelo contrário, o atleta com qualquer tipo de deficiência que decidir sair do centro esportivo para dar um passeio terá muitos obstáculos para superar.
Livingston e André não enxergam nada. São jogadores de um time de futebol de deficientes visuais. Invencíveis para eles, só as ruas do Rio, onde vivem.

Situações que contrastam com o moderníssimo prédio administrativo dos Jogos Olímpicos. A começar pelas rampas, que realmente dão acesso. O Augusto é o engenheiro responsável.
Tem surdos e também cegos na equipe dele. Mais de 70 funcionários. No paraíso da acessibilidade, eles mal lembram das dificuldades.
“Eu tenho essa sensação. Eu só percebo a minha deficiência quando falta acessibilidade”, diz Augusto Fernandes, engenheiro.
O instrutor e auditor da Associação Brasileira de Normas Técnicas aceitou o desafio de andar por alguns lugares mais famosos do mundo: o Calçadão de Copacabana.

“Não tem piso uniforme, contínuo. Isso porque a gente está em Copacabana que não é um dos piores lugares por aqui”, diz Edison Passafaro, instrutor e auditor-ABNT.
Mas tem rampa, não é? “Isso aqui e nada é a mesma coisa. A mesma habilidade que eu uso para descer aqui, eu uso para descer o meio fio. Uma rampa armadilha”, afirma.
Armadilha que não poupa ninguém. Acessibilidade, cidadania, respeito. Juntar tudo isso pra permitir a convivência de todos: está aí uma missão pra quem enxerga longe, sabe ouvir críticas e sugestões e se mexe.
A prefeitura do Rio declarou que está trabalhando para tornar a cidade mais acessível, que, em breve, vai adaptar o acesso aos principais pontos turísticos do Rio para pessoas com deficiência. E instalar mais de 500 rampas na cidade.
Fonte: G1

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Apesar dos desafios, pessoas com deficiência mostram que é possível ter rotina normal

Cotas em concursos e empresas foram essenciais para maior inserção social dos deficientes, mas políticas de acesso precisam melhorar, assim como o sistema educacional e a visão das famílias
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Aos 45 anos, a funcionária pública Vittoria Carbonara leva uma vida de altos e baixos. Tem facilidades com algumas coisas e dificuldades com outras. Tem medos e esperança, momentos de frustrações e outros tantos de alegria. Como qualquer pessoa. A diferença é que Vittoria nasceu com uma má-formação congênita nas duas pernas e no braço direito. “Diferentes todos somos. Tinha duas opções: ou ficava em casa lamentando ou saía para a vida. Escolhi viver, que é muito melhor. Minha deficiência não me impede de fazer o que quero”, dispara.
Para Vittoria, o problema não é a diferença em si, mas sim o olhar cruel da sociedade, que para ela tem o péssimo hábito de impor limites para os outros. “Quando as pessoas nos olham, é como se o deficiente chegasse antes da Vittoria. E isso não é só com o deficiente, mas com tudo que sai do padrão ou foge daquilo que a sociedade vê como belo”, acredita. O desafio maior, em sua opinião, é mudar esse olhar e, claro, ampliar a acessibilidade e o acesso a direitos básicos e a oportunidades de trabalho, principalmente.
Em todo o mundo, pessoas com deficiência têm piores perspectivas de saúde, níveis mais baixos de escolaridade, participação econômica menor e taxas de pobreza mais elevadas em comparação às pessoas sem deficiência. Em parte, isso vem do fato de enfrentarem barreiras para acessar direitos que os não deficientes tiveram mais cedo, como saúde, educação, emprego, transporte e informação. Vittoria, por exemplo, valoriza as cotas de emprego. “Mas é uma segregação positiva, não concorremos de igual para igual”, lamenta.
Antes de se formar em matemática, Vittoria ouviu de possíveis contratantes que não tinha qualificação. Depois de formada, o discurso mudou: diziam que era qualificada demais. As cotas, então, garantiram vagas de trabalho, mas ela defende a possibilidade de as pessoas com deficiência mostrar que têm competência de concorrer de igual para igual. “Muitas vagas ainda são para cargos mais baixos. Isso gera frustração, porque a competência independe da deficiência”, critica a profissional, que trabalha em um tribunal.
POUCAS OPORTUNIDADES
A incidência de pessoas com alguma deficiência tende a aumentar, em função do envelhecimento das populações e do aumento global de doenças crônicas como diabetes, doenças cardiovasculares, câncer e distúrbios mentais. Foi só após a Segunda Guerra Mundial, quando milhares de soldados voltaram dos campos de combate cegos e mutilados, dependentes de próteses e cadeiras de rodas, que os governos passaram a se preocupar com as pessoas com deficiência, hoje 10% da população mundial.
Segundo Antônio Luiz Marques, doutor em comportamento e gestão de pessoas e um dos autores do livro Trabalho e pessoa com deficiência (Editora Juruá), esse foi o marco histórico para a criação de políticas públicas de inclusão. Mas falta muito. Dados do Ministério do Trabalho revelam que 72% das pessoas com deficiência estão em idade produtiva, entre 18 e 60 anos. “Mas, menos de 1% está empregada. Isso tem um impacto altíssimo na vida dessas pessoas”, lamenta o coordenador do mestrado em administração da Faculdade Novos Horizontes.
Pesquisas mostram que entre os dificultadores para esse maior acesso estão a segregação educacional, pois muitas escolas têm dificuldades em aceitar alunos com deficiência; excesso de zelo das famílias, que não deixam seus filhos com deficiência se exporem, promovendo um isolamento físico; e também as barreiras de locomoção. “Mas o trabalho é transformador. É um fator importante na construção da identidade e para a inserção social. É essencial para a pessoa com deficiência gerar seu próprio sustento, sentir-se útil”, defende Marques.
CONCEITO
Para a Organização Mundial de Saúde (OMS), que, em 2011, publicou relatório mundial sobre o tema, a deficiência é uma questão complexa, dinâmica, multidimensional e em transformação. Nos últimos anos, houve a transição de uma perspectiva individual e médica para uma perspectiva estrutural e social: a mudança de um “modelo médico” para um “modelo social” no qual as pessoas são vistas como deficientes pela sociedade, e não devido a seus corpos. Fato é que a deficiência é um conceito em evolução. Tem a ver com barreiras comportamentais e ambientais, que impedem a participação plena e eficaz na sociedade de forma igualitária, mas não pode ser tratada como um atributo da pessoa.
Fonte: sites.correioweb.com.br

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Cadeirante realiza sonho e voa de parapente em Passa Quatro, MG

A bala perdida que tirou o movimento das pernas de Rubem Ferreira de Melo, quando ele tinha apenas 18 anos, não o impediu de viver a vida como qualquer outra pessoa. Agora, aos 34 anos, Rubinho, como é conhecido pelos amigos, conseguiu realizar um antigo sonho: voar de parapente.
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“Sou carioca e sempre frequentei ambientes esportivos quando ainda não era cadeirante e o desejo de estar nestes locais não mudou depois do acidente, só aumentou. Acabei me casando com uma mineira e me mudei para Passa Quatro e, há quatro anos, desde que construíram a rampa aqui na cidade, alimentei o desejo de voar”, explicou Rubinho.
E ele voou. O sonho foi realizado no dia 30 de agosto em Passa Quatro (MG), na Serra da Mantiqueira, no Sul de Minas, durante o Encontro de Voo Livre organizado por pilotos e instrutores de voo da cidade e região.
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“Foi um dia encantador. O céu estava lindo e as condições para o voo perfeitas. Não tive nenhum medo ou receio, porque os profissionais que estavam comigo me passaram toda a segurança para a realização do meu sonho. Coragem a gente sempre tem, ainda mais para aquilo que queremos fazer, e foi o que aconteceu, eu voei”, contou o cadeirante.
Como Rubinho é cadeirante, o voo dele necessitava de mais cuidado ainda e o escolhido para essa missão especial foi o experiente piloto e instrutor Eliedson Fernandes, o Camarão.
“Preparamos uma equipe para ajudar na decolagem e também no pouso. Foi um salto bem estudado, porque como preciso da ajuda do passageiro para corrermos na rampa, foi necessária a ajuda de outros dois pilotos que correram junto com a gente, no momento do salto. Depois que estávamos voando foi algo inexplicável. Só quem voa sabe a magnitude que é estar mais próximo do céu e a minha emoção foi tão grande quanto à de Rubinho”, contou o piloto.
Para o piloto, e também instrutor de voo, que há 13 anos está no ramo e já perdeu as contas de quantas horas esteve nos ares, esta também foi uma experiência marcante. “Foi a primeira vez que realizei um voo duplo com um cadeirante e confesso que depois de guardar o equipamento, a primeira coisa que fiz foi agradecer à Deus pela oportunidade e, chorar”, confessou Camarão.
Para Rubem, voar não é uma questão de coragem, é uma questão de determinação, provando que não são as asas que nos fazem voar, mas sim o desejo de ir além.

“Ano que vem quero voar mais uma vez e, quem sabe, até minha esposa realize o primeiro voo dela. Eu costumo dizer que o fato de estar vivo me leva além. Posso até não andar, mas agora sei que já posso voar. É vida que segue e prefiro aproveitar a minha da melhor forma e feliz, sempre agradecendo à Deus por estar vivo”, comemorou Rubinho.
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O parapente é um planador ultra leve flexível que evoluiu do paraquedas. É feito de materiais como o nylon e poliéster não porosos e impermeabilizados, para que o ar que entra não vaze através do tecido, mantendo assim a pressão interna e o material inflado.
Enquadra-se na modalidade de voo livre e pode ser praticado por recreação ou competição, sendo considerado um esporte radical.
Para a prática do esporte é fundamental procurar profissionais habilitados para que o salto seja algo emocionante e realmente seguro dentro de padrões internacionais.
Fonte: G1

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

“Sempre fui destemida”, diz primeira piloto de avião sem braços da história

Primeira piloto de avião sem braços em toda a história, a americana Jessica Cox, 32 anos, prova que se adaptou à sua condição e aos olhares de estranhamento com os quais teve de lidar durante toda a vida. Cox, que nasceu sem os membros superiores, também é faixa preta no taekwondo.
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(Foto: Reprodução/ Facebook)
“Sempre fui destemida”, define ela sobre o início do contato com a aviação, que começou logo após ela se formar na faculdade e conhecer um piloto de caça que a perguntou se ela queria voar em um monomotor. “Se você me perguntasse sobre a obtenção de uma licença de piloto antes de 2005, eu diria que você estava louca”, lembrou em entrevista à revista.
O maior medo dela não era o de altura – afinal ela já escalava e gostava de olhar para baixo nesses momentos -, mas perder o contato com o solo.”Decolar não é nada assustador, mas aterrissar, sim. Quando está no ar, você sente aquela sensação de liberdade sem limites”, definiu.
Em seu site, ela lembra de como foi difícil finalmente obter a licença: ”Foram necessários três estados, quatro aviões, dois instrutores de voo e um ano desanimador para encontrar a aeronave certa”. O motivo para a demora estava além do medo e da superação pessoal: era um desafio logístico.
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“Aviões não são projetados para serem pilotados com os pés. Eu voei em um Ercoupe, que é o único sem pedais no leme. Ele não é um avião que foi modificado por mim, ele não foi construído para mim. Eventualmente encontrei um Parrish Traweek com o qual treinei, pois possuía seguro que permitia uso por estudantes”, contou.
De acordo com Cox, aos 11 anos, as próteses se tornaram rotina. “Os médicos diziam que se eu não aprendesse a usá-las enquanto era mais jovem, não havia nenhuma chance de que seria capaz de usá-las na vida adulta”, lembra. Por não se acostumar aos equipamentos, ela acabou os abandonando três anos depois.
Como nasceu sem os braços, pareceu mais natural fazer tudo com os pés. “Senti-me muito estranha com as próteses [...] Elas são pesadas ​​e desconfortáveis. Se alguém lhe dá um abraço, você não quer perder o toque. Elas foram mais como uma gaiola para mim”, definiu.
Fontes: Marie Claire, Correio24horas

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Ações de conscientização marcam Semana de Luta das Pessoas com Deficiência


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Uma iniciativa organizada pelo governo do estado do Rio de Janeiro e a Assembleia Legislativa vai permitir que pessoas sem deficiência vivam situações enfrentadas diariamente por cadeirantes, deficientes visuais e auditivos. A ação “Rio Consciente”, que celebra a passagem do Dia Nacional da Luta das Pessoas com Deficiência, começa hoje (21), na Praça XV, no centro do Rio, e vai até a próxima quinta-feira (24).
No local, o público vai passar por um circuito e experimentar desafios como subir rampas ou entrar em um táxi não adaptado, em uma cadeira de rodas, e realizar atividades com os olhos vendados e com fones de isolamento nos ouvidos. A ideia é que a população experimente as dificuldades cotidianas que as pessoas com deficiência vivem para, assim, conscientizar o público e os órgãos governamentais competentes sobre a importância da autonomia do indivíduo com deficiência, além da importânciado investimento na melhoria de qualidade de vida dessas pessoas.
O aposentado José Geraldo Machado, 75 anos, elogiou a iniciativa. “É muito importante essa iniciativa de conscientização para que todos nós possamos ver as dificuldades que eles encontram no dia a dia. Por exemplo, quando me vendaram e eu ‘fiquei cego’, me senti completamente perdido! Quando fiquei sem ouvir, também. A gente acaba dando valor para essas coisas que parecem simples para quem não é portador de deficiência”, disse.
A primeira-dama do Estado e presidente do projeto RioSolidário, que é parceiro na iniciativa, Maria Lucia Horta Jardim, lembrou que a data de hoje é comemorada exatamente para reforçar a luta dessa população. “O nome Rio Consciente já traduz bem do que se trata e a nossa intenção. Hoje é um dia perfeito para iniciar uma ação como essa. Relembrando, e lutando, por tudo que eles merecem, fazendo com que a população se conscientize dos problemas que eles passam. Aqui, todos que quiserem poderão sentir na pele o que é um dia banal na vida de um cadeirante, de um deficiente visual ou auditivo”.
Tânia Rodrigues, deputada estadual (PDT) e cadeirante, chamou a atenção para o fato de o tema estar em evidência, pela proximidade dos Jogos Paralímpicos Rio 2016. “Ano que vem receberemos muitos deficientes na nossa cidade, então é um tema a ser tratado com muito carinho”.
Durante a manhã, foi inaugurada a exposição “Inclusão pela Arte”, no salão nobre da Assembléia Legislativa, que reunirá obras de 18 artistas que usam a boca e os pés para pintar. Diferentemente do circuito, a exposição fica em cartaz de hoje até o dia 28 de setembro.
Fonte: www.jb.com.br

domingo, 13 de setembro de 2015

Metrô amplia horário do carro exclusivo para mulheres e pessoas com deficiência nesta terça (1)

O carro exclusivo é o primeiro carro, que fica logo após a cabine do piloto, ou seja, o carro líder
O uso do carro exclusivo para mulheres e pessoas com deficiência será liberado a partir desta terça (1), durante todo o período da prestação do serviço metroviário, das 6h às 23h30, de segunda a sábado, e das 7h às 19h, aos domingos e feriados. A ampliação para o período integral atende a reivindicações dos próprios usuários, que manifestaram essa vontade na ouvidoria da Companhia.
O carro exclusivo é o primeiro carro, que fica logo após a cabine do piloto, ou seja, o carro líder. Adotado em 1º de julho de 2013, em cumprimento à Lei Distrital 4848/2012, o carro exclusivo foi ganhando a adesão de usuários, que logo se tornaram os maiores fiscais da exclusividade.
Apesar de a Lei não prever punição aos infratores, o Metrô-DF faz, por meio do Corpo de segurança Operacional (CSO), a abordagem dos desavisados e desatentos, sempre de forma educativa. Quando há flagrante de desrespeito, o usuário é convidado a se retirar e, se houver resistência, pode ser encaminhado à Delegacia de Polícia e responder por crime de desobediência.
Em abril deste ano, o Metrô-DF deu início a uma campanha para o uso correto do carro exclusivo. A presença mais efetiva das regras de uso junto aos usuários aumentou o número de reclamações contra o descumprimento da Lei. Diariamente, cerca de 20 usuários passaram a contatar a ouvidoria para relatar casos de desobediência e pedir a ampliação do benefício.
Como era
Desde a implantação, em 2013, a exclusividade era aplicada apenas aos horários de pico da manhã (das 6h às 8h45) e da tarde (das 16h45 às 20h15), de segunda a sexta-feira.
Fonte: Da redação do Jornal de Brasília

sábado, 12 de setembro de 2015

Pedestres questionam situação precária de calçadas em Divinópolis

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Na semana municipal criada para promover a inclusão de deficientes físicos na sociedade, o G1 flagrou alguns locais públicos de Divinópolis que dificultam o tráfego, principalmente, de quem precisa de muletas ou cadeiras de rodas. Algumas calçadas têm buracos que atrapalham a locomoção e colocam a saúde dos pedestres em risco. Todos os entrevistados criticaram a qualidade dos passeios e cobraram melhorias. Enquanto isso, a Prefeitura informou que investiu em acessibilidade e incentiva os pedestres a fazer denúncias de obras irregulares em calçadas.
Na Avenida 1º de Junho, uma das vias mais movimentadas da cidade, o cadeirante Ronaldo Cardoso dos Santos enfrenta um desafio constante: conseguir chegar seguro ao ponto de ônibus. “Muito difícil, porque o passeio está deteriorado, tanto o cimento quanto as subidas para as cadeiras. Por isso, preciso ter acompanhante, sendo que poderia vir sozinho se a condição fosse melhor”, comentou.
O vendedor ambulante João Martins trabalha na Rua Goiás e disse que a qualidade das calçadas é muito ruim. “Infelizmente, nossos passeios têm qualidade péssima. Estão cheios de buracos. Várias tampas de bueiros quebraram e outras foram mal colocadas. Acho que falta um órgão fiscalizador”, afirmou.
O vendedor relata que já viu vários acidentes devido às condições. “Já vi diversas pessoas caindo. Eu mesmo já amparei duas quedas. Se não fosse por mim, as pessoas teriam se machucado. Pessoas correm para embarcar nos coletivos e caem em bueiros abertos na calçada há muito tempo”, acrescentou.
Ainda segundo ele, a qualidade do serviço público responsável pela manutenção das calçadas é ruim. “O povo reclama, aí eles vêm e consertam de forma paliativa. Pouco tempo depois, o problema está lá de novo. Seria preciso contratar uma empresa de prestígio para fazer esse serviço e valorizar o dinheiro público”.
A comerciante Aparecida das Graças trabalha na Avenida Sete de Setembro e também classifica as calçadas da região central como “péssimas e cheias de buracos”. “Em muitos lugares falta o tipo adequado de piso. Para os cadeirantes é muito difícil. Eu mesma já me acidentei na Rua Goiás. Virei meu pé num buraco e caí”, relatou.
Ela acrescentou que mora no Bairro São Roque e que a situação das calçadas por lá é ainda pior. “Tem muito mato nas poucas calçadas. Em muitos casos, é melhor andar na rua. As autoridades responsáveis precisam olhar melhor”, concluiu.
Prefeitura e Câmara
A Prefeitura de Divinópolis informou, por meio de nota, que oferece dois canais de comunicação para que moradores possam denunciar irregularidades em obras. As reclamações podem ser feitas pelo site oficial ou pessoalmente, no setor de Protocolo. “Recebemos denúncias e notificamos os proprietários dos imóveis para executar reparos de calçadas. O proprietário tem 15 dias, se tratar de reconstrução de calçada. Se for construção, tem prazo de 60 dias”.
A Prefeitura também acrescentou que a atual gestão foi a que mais investiu em acessibilidade nos últimos seis anos. “Quatrocentas rampas foram construídas nas calçadas da área central para facilitar o acesso dos cadeirantes”.
Ainda segundo a Administração, as praças Benedito Valadares, do Santuário; Nelson Peregrini, no Bom Pastor; São Vicente, no Interlagos; Dulphe Pinto de Aguiar, no Porto Velho e a do Planalto foram adaptadas.
Outros espaços esportivos foram também adaptados como poliesportivo de Santo Antônio dos Campos, quadras poliesportivas de comunidades rurais como Djalma Dutra e Amadeu Lacerda e espaços especiais na revitalização do Parque Ecológico Prefeito Dr. Sebastião Gomes Guimarães (Parque da Ilha).
Ainda conforme a Prefeitura, todas as calçadas do Pró-transporte nos bairros terão 1.264 rampas. Dois grandes calçadões foram também construídos na Avenida Ayrton Sena e na Rua Pitangui. “Ressaltamos ainda que Divinópolis, ao fim de 2012, alcançou acessibilidade em 100% da frota de transporte coletivo”.
Perguntada sobre o que ainda é preciso melhorar, o Executivo afirmou que mantém parceria com entidades representantes de pessoas com deficiência para saber as necessidades e atender às normas de acessibilidade.
Sobre a afirmação feita pelo vendedor João Martins de que os vereadores deveriam cobrar a manutenção das calçadas à Prefeitura, a Câmara explicou que o dever do Legislativo é fiscalizar o Orçamento do Município. “A manutenção de locais que pertencem ao Município cabem ao Executivo e a outros órgãos de controle externo, como Ministério Público, cobrar a qualidade do serviço”.
Fonte: G1

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Vítima de acidente de esqui, Laís Souza quer contar sua nova história em livro

Em recuperação de grave lesão que a deixou tetraplégica no início de 2014, a ex-ginasta quer compartilhar sua experiência de vida e falar sobre as mudanças em sua rotina, aos 26 anos.
Há um ano e meio, a vida de Laís Souza sofreu uma enorme reviravolta. Depois de trocar a ginástica artística pelo esqui aéreo e sofrer um grave acidente durante a preparação para as Olimpíadas de Inverno de Sochi 2014, a jovem de 26 anos ficou em situação delicada quando internada numa UTI. Quando deixou o hospital, estava paraplégica.
Hoje trabalhando em sua recuperação e dependente da cadeira de rodas, Laís tem uma rotina completamente transformada, que a faz enxergar o mundo de maneira diferente. Ela não tem receio ou vergonha de falar sobre o que passou. Pelo contrário. Para usar sua experiência de vida como exemplo, pretende, no futuro, escrever um livro.
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“Quero muito (escrever um livro). Minha história ainda tem muito para acontecer, e aí gostaria de colocar em um livro”, contou a ex-ginasta, durante um debate de que participou nesta terça-feira, em São Paulo.
Sem movimentos do pescoço para baixo, devido a uma lesão na coluna cervical, até mesmo as atividades mais comuns do dia a dia se tornaram um grande desafio. Ir ao banheiro ou tomar banho, por exemplo, exigem todo um planejamento.
“Hoje preciso de 20 minutos. Antes eu acordava 20 minutos antes do treino. Hoje, para ir à fisioterapia, tenho que acordar três horas antes se quiser tomar um banho tranquila”, relatou.
Ainda se adaptando à nova condição, Laís voltou a morar com a mãe, que a auxilia na recuperação. Durante mais de uma década de carreira de atleta profissional, tinha uma rotina de treinos, viagens e competições que pouco permitia tal convívio.
“Logo que sofri o acidente, achei estranho ter sempre alguém do meu lado, que eu preciso para tudo. Mas ao mesmo tempo me conforta. Estou conhecendo minha mãe de novo, de pertinho, sabendo dos problemas que ela passa”, narrou.
Natural de Ribeirão preto no interior de São Paulo, Laís Souza começou na ginástica aos quatro anos de idade e trilhou carreira de sucesso. Representou o Brasil nas Olimpíadas de Atenas 2004 e Pequim 2008, e faturou três medalhas nos Jogos Pan-Americanos Rio 2007 (prata por equipes e bronze no salto e nas barras assimétricas). Em 2013, aceitou o convite da Confederação Brasileira de Desportos na Neve (CBDN), pela qual poderia utililizar as habilidades de ginasta nas acrobacias do esqui aéreo.
Durante os treinos realizados nos Estados Unidos, às vésperas Olimpíadas de Inverno de 2014, sofreu um grave acidente que a deixou tetraplégica. Em fevereiro de 2015, assumiu homossexualidade e afirmou que mantinha há alguns anos relacionamento com outra mulher.
Fonte: IG

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Prefeitura de Recife capacita servidores sobre inclusão

capacitaçãoDurante o mês de setembro a Prefeitura do Recife promoverá cinco cursos sobre inclusão da pessoa com deficiência para capacitar seus servidores. As formações disponíveis são: Introdução ao Braile, Acessibilidade e os Direitos Humanos da Pessoa com Deficiência, Mulher Empreendedora, Direitos Humanos e Gestão Pública e Libras.
Os cursos são oferecidos pela Secretaria de Administração e Gestão de Pessoas do Recife por meio da Escola de Governo, com a parceria das ecretarias de Segurança, Desenvolvimento Econômico e Empreendedorismo e Desenvolvimento Social e Diretos Humanos.
A duração dos cursos variam entre 20 e 30 horas, ministradas em até 10 dias, sempre no Centro do Recife, como o Tribunal Regional Federal, a Sede da Guarda Municipal do Recife e o Núcleo Pedagógico do Colégio Nóbrega.
Confira as datas de cada curso:
Introdução ao Braile, do dia 21 a 25/09
Acessibilidade e os Direitos Humanos da Pessoa com Deficiência, de 24 a 29/09
Mulher Empreendedora, de 21 a 25/09
Direitos Humanos e Gestão Pública, de 29/09 a 02/10
Libras, de 08 a 18/09
Fonte: diariodepernambuco.com.br

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

9 pessoas com deficiência intelectual que possuem habilidades incríveis

Savantismo, também chamado de síndrome do sábio ou síndrome de savant, é um distúrbio psíquico. A condição é um mistério que fascina e intriga a ciência. Seus portadores geralmente possuem habilidades incríveis, como memória extraordinária, e ao mesmo tempo sérios problemas de desenvolvimento, como dificuldade para falar e se relacionar socialmente.
Conheça a história de nove pessoas com savantismo:
1. O homem com síndrome de Down que se tornou um maestro brilhante
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Zhou Zhou nasceu com síndrome de Down em 1 de abril de 1979 em Wuhan, na China. Seu QI é apenas 30% o de uma pessoa normal. Ele não sabe sua idade ou reconhece moedas, mas distingue todos os instrumentos de uma sinfonia.
Ele é o único maestro no mundo que não lê música. Seu talento especial permite-lhe memorizar todas as melodias logo depois que as ouve pela primeira vez.
Zhou Zhou já percorreu o mundo, trazendo alegria a muitas pessoas com suas habilidades especiais. Em 2006, sua mãe morreu de câncer, e ele permaneceu fora da vista pública até 2014, quando concedeu uma entrevista à Central Television da China.
2. O homem autista que pode pintar paisagens detalhadas de memória
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Stephen Wiltshire pode desenhar e pintar paisagens detalhadas e urbanas inteiramente de memória.
Ele era mudo quando foi diagnosticado com autismo severo com três anos. Logo, começou a se comunicar através de seus desenhos depois de ter sido enviado para uma escola em Londres, na Inglaterra. Com o apoio de seus professores, Stephen lentamente aprendeu a falar.
Foi durante esses anos que seu talento especial foi descoberto. Na sequência de uma excursão, ele pintou o ornamentado Albert Hall em detalhe sem o auxílio de uma fotografia. Ele pode olhar para algo apenas uma vez e reproduzi-lo com precisão, até o número exato de colunas ou janelas de um prédio, por exemplo.
Stephen já eternizou as cidades icônicas de Tóquio, Roma, Hong Kong, Frankfurt, Madrid, Dubai, Jerusalém, Londres, Cingapura e Nova York.
3. O homem severamente autista que pode tocar músicas que ouviu apenas uma vez
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Em 1995, Rex Lewis-Clack nasceu cego e severamente autista. No entanto, desdeCRIANÇA, ficou claro que tinha uma afinidade especial para a música. “Quando tinha três anos, ele começou a pegar as notas da Nona Sinfonia de Beethoven”, conta sua mãe, Cathleen Lewis.
Rex apresenta uma espantosa capacidade de reproduzir peças de piano que ouviu apenas uma vez. Ele também improvisa variações musicais com base em um determinado tema.
Agora com 20 anos de idade, Rex tem tocado profissionalmente desde os oito e encantado plateias em todo o mundo. Porém, longe do teclado, ele ainda tem dificuldade em manter uma conversa básica.
Rex é apenas uma das cerca de 30 pessoas ao longo da história que combinaram cegueira, deficiência intelectual e habilidade musical prodigiosa.
4. As gêmeas idênticas que são conhecidas como “As gêmeas Rain Man”
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Flo e Kay Lyman são gêmeas idênticas autistas que têm habilidades de memória especiais. As irmãs, agora com quase 60 anos, demonstram uma capacidade extraordinária de reter uma vasta coleção de detalhes sobre aparentemente tudo o que aconteceu em suas vidas inteiras – o que viram, ouviram, experimentaram, cheiraram e tocaram.
Elas são as únicas gêmeas autistas com savantismo conhecidas no mundo. O que as torna ainda mais originais é que são bastante sociais e falantes. As irmãs até mesmo fazem piadas e expressam opiniões. Eles também gostam de ver bandas ao vivo.
Assim como o personagem de Dustin Hoffman em “Rain Man” era obcecado com um programa, as gêmeas religiosamente observam e tomam notas de cada episódio de “The $100,000 Pyramid”. Seu ídolo é o apresentador Dick Clark. Flo e Kay ficaram devastadas quando Clark teve um derrame em 2004, tendo feito um pequeno santuário em seu quarto e orado regularmente para a sua recuperação.
Se você ficou curioso para saber mais sobre essas gêmeas, existe um documentário em inglês (vídeo abaixo) sobre as irmãs.
5. OMENINO com síndrome de Asperger que é o mais jovem pesquisador de astrofísica do mundo
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Quando Jacob Barnett tinha 2 anos de idade, foi diagnosticado com autismo moderado a grave. Os médicos disseram a seus pais que ele provavelmente nunca iria falar ou ler. Sua mãe, seguindo seu instinto, tirou o garoto de uma instalação de educação especial e passou a ensiná-lo em casa. Com a idade de 11, Jacob entrou na faculdade para estudar física da matéria condensada na Universidade de Purdue, em Indianápolis.
Agora com 17 anos, Jacob estuda no Instituto Perimeter de Física Teórica e é um dos físicos mais promissores do mundo. Com um QI maior que o de Einstein, ele está trabalhando em uma teoria que pode render-lhe um Prêmio Nobel. Conhecido como o mais jovem pesquisador de astrofísica do mundo, Jacob até mesmo dá palestras para outros cientistas.
Ele apresentou um TEDx em 2012, é fascinante:
6. A autista que se tornou uma das melhores cientistas animais
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Temple Grandin é talvez pessoa com autismo mais famosa do mundo. Ela tem uma excepcional inteligência não verbal e memória espacial.
Professora doutora de ciências animais na Universidade Estadual de Colorado (EUA), Grandin superou problemas de fala cedo na vida e se tornou autora e ativista de causas vinculadas ao bem-estar animal. Hoje, é especialista e consultora em comportamento animal.
Além disso, Grandin é defensora da pesquisa e consciência do autismo. Ela também inventou a “Hug Box”, uma máquina que ajuda as pessoas com transtornos relacionados ao autismo a lidarem com a ansiedade.
Seus livros são destinados a ampliar a compreensão do público sobre os desafios enfrentados pelas pessoas no espectro do autismo, além de explorar como tirar o máximo dos seus pontos fortes e habilidades únicas.
7. O autista cego que tem feito concertos em todo o mundo
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Derek Paravicini, de 36 anos, é cego e tem graves dificuldades de aprendizagem. Ele não pode vestir-se ou alimentar-se sozinho, mas decora e aprende a tocar uma música instantaneamente ao ouvi-la.
Derek nasceu prematuramente, com 25 semanas. Sua cegueira foi causada por oxigenoterapia durante seu tempo em uma unidade de terapia intensiva neonatal. A terapia também afetou seu cérebro em desenvolvimento, resultando em sua severa deficiência de aprendizagem. No entanto, ele é um prodígio musical. Ele tem afinação perfeita e capacidade de reproduzir praticamente qualquer peça de música no piano depois de ouvi-la apenas uma vez.
Em sua primeira visita ao The Linden Lodge School for the Blind, quando garoto, Derek ouviu uma música e seguiu o som até uma sala onde um professor, Adam Ockelford, estava tocando piano. Ele empurrou Ockelford para o lado e assumiu o instrumento. O professor encorajou seu interesse musical e, desde então, Derek feito shows ao vivo em diferentes lugares do mundo, de Las Vegas ao Palácio de Buckingham, emocionando públicos de todos os cantos.
8. OMENINO autista que é autor de dois livros e teorias sobre o aproveitamento da energia renovável
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Vishal Anand tem 10 anos. Ele lançou uma coleção de canções devocionais, “Smaranam”, escritas e compostas por ele, em 25 de dezembro de 2014. As letras do álbum estão em quatro línguas: tâmil, sânscrito, devanágari e malaiala.
Aos 6 anos, Vishal escreveu seu primeiro livro, “Meadow of Moods”, seguido de outro chamado “Jumbo’s Bag—Words & Phrases”, que tem ênfase emCRIANÇAS com necessidades especiais e seus desafios linguísticos.
Vishal vai para escola principalmente com a finalidade de adquirir habilidades de interação social, visto que seus conhecimentos ultrapassam em muito o de seus colegas. “Temos levado Vishal a vários terapeutas ocupacionais para ajudá-lo a desenvolver habilidades básicas para a vida independente, e aprimorar suas habilidades motoras”, conta sua mãe, Vidhya.
Os pais de Vishal começaram a se comunicar com os pesquisadores do Instituto Indiano de Ciência, que têm mostrado interesse nas teorias de energia renovável criadas pelo menino. “Meu herói é o ganhador do prêmio Nobel Albert Einstein. Eu estou interessado em fazer pesquisa para criar um dispositivo de energia renovável radioativa em colunas de células de combustível que podem ser usadas em carros, residências e indústrias”, dsse Vishal.
Traumatismo craniano liberta gênio musical
9. O homem com deficiência grave que também é um talentoso escultor
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Alonzo Clemons sofreu uma lesão cerebral grave quando era muito jovem, mas havia indícios de seu talento mesmo antes disso. Quando pequeno, ele já fazia esculturas usando massinha colorida.
Aos três, ele caiu e sofreu uma lesão cerebral. O acidente o deixou gravemente incapacitado, e seu QI caiu para 40. No entanto, isso amplificou suas habilidades artísticas, e ele adquiriu um dom para criar esculturas com precisão inspiradora.
Clemons não precisa estudar um modelo por horas para criar suas obras de arte incrivelmente detalhadas. Depois de apenas um breve vislumbre da imagem de um animal, ele pode fazer uma escultura concisa dentro de uma hora.
Conforme ele cresceu, suas esculturas tornaram-se mais realistas e suas deficiências pareceram diminuir. Ele começou a falar e desenvolveu uma melhor capacidade de cuidar de si mesmo. Clemons agora precisa de pouca ajuda e trabalha em tempo parcial, além de continuar a fazer suas esculturas. Buscando inspirar a criatividade nasCRIANÇAS, ele exibe suas obras em escolas. [Oddee]
Fonte: hypescience.com

terça-feira, 8 de setembro de 2015

51% da cota para pessoas com deficiência não é preenchida nas empresas de Sorocaba

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Anderson Soares afirma ser difícil encontrar vagas, pois a seleção é restritiva
Nas 191 empresas de Sorocaba que possuem cota para Pessoas com Deficiência (PCDs), 51,5% das vagas não está preenchida. Do total de 3.317 vagas que deveriam ser preenchidas por esse público, atualmente 1.610 são PCDs contratados, de acordo com números do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), repassados pelo Sindicato dos Empregados do Comércio de Sorocaba (Sincomerciários). A chamada Lei das Cotas (8.213/1991) completou 24 anos em 24 de julho e estabelece a obrigatoriedade de as empresas com 100 ou mais funcionários preencherem uma parcela de seus cargos com pessoas com deficiência. Eventos na região, hoje e amanhã, buscam levar mais informações tanto para os profissionais quanto para as empresas, para ajudar a promover maior inclusão no mercado de trabalho.
Fonte: jornalcruzeiro.com.br