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domingo, 30 de junho de 2013

Semed incentiva inclusão social de pessoas com deficiência em Manaus

Foi com este lema que a Secretaria Municipal de Educação de Manaus, por meio da Gerência de Educação Especial, lançou na manhã da última segunda-feira, 17, o 2º Jogos Adaptados André Vidal de Araújo (Jaavas), que este ano tem como slogan a frase “Nossa estrela precisa brilhar”. O evento foi criado para integrar socialmente os alunos deficientes por meio das atividades lúdicas e esportivas e criar condições que favoreçam o desenvolvimento dos alunos em seus aspectos cognitivo, motor, afetivo e social.
A expectativa da coordenação é que mais de dois mil competidores participem das atividades nas modalidades de atletismo, basquetebol, voleibol, futsal, natação, goal bol, bocha, jogos recreativos adaptados, tênis de mesa e queimada. O público alvo são pessoas com deficiência intelectual, síndrome de autismo, deficiente visual, deficiente auditivo e paralisia cerebral, que façam parte da rede municipal de ensino ou de entidades filantrópicas como Apae e Instituto Felipo Smaldone.
Segundo a Gerente de Educação Especial da Semed,Reni Formiga, o Jaavas vai muito além de uma mera atividade esportiva, e ajuda no desenvolvimento pedagógico dos alunos especiais da rede municipal de educação. “É de grande relevância porque eleva a autoestima dos alunos, fazeno com que se sintam capazes. Eles ficam entusiasmados e esse entusiasmo ajuda nas práticas pedagógicas oferecidas. Por isso, é importante a participação deles e a disponibilização dos pais para darem apoio e acreditarem principalmente no potencial de seus filhos”, afirmou.
O Secretário de Educação, Pauderney Avelino, participou do lançamento do 2º Jogos Adaptados André Vidal de Araújo e parabenizou a iniciativa da coordenação. Segundo ele, a Semed dará todo o subsídio necessário para que a competição seja um sucesso. “Podem contar conosco em tudo o que for preciso. Os jogos desse ano serão melhores que a do ano passado e vamos trabalhar para que ano que vem seja ainda melhor do que a segunda edição”, disse.
Os jogos estão abertos à toda sociedade e os alunos especiais da rede municipal, estadual, particulares e demais entidades podem participar da rede, segundo a coordenadora do Jaavas Shirley Amaral. “As inscrições estão abertas até para alunos do interior. Basta fazer a inscrição no site e entregar na Escola André Vidal até o dia 15 de julho”, afirmou Shirley.

sábado, 29 de junho de 2013

Projeto quer garantir assistência psicopedagógica às crianças com autismo

Ilustração representando o autismo
Em grande parte dos casos, o diagnóstico tardio da doença dificulta a inserção dessas crianças na escola habitual, que é garantido pela Lei Federal nº 12.764/12. Para mudar essa realidade, um Projeto de Lei apresentado à Câmara Municipal de João Pessoa dispõe sobre a implantação de assistência psicopedagógica na rede pública e privada de ensino.
O projeto é uma iniciativa do vereador Lucas de Brito(DEM) e possui o objetivo de diagnosticar, intervir e prevenir problemas de aprendizagem, além de acompanhar os alunos disgnosticados com autismo. O enfoque do projeto está nas instituições de Educação Infantil e Ensino Fundamental da Capital.
A Lei Federal nº 12.764 instituiu a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista e garantiu a inclusão dessas crianças nas classes comuns de ensino regular com direito a acompanhante especializado. “Contudo, as escolas públicas e privadas de João Pessoa não prestam a assistência psicopedagógica às crianças autistas nem às que apresentam outros problemas no aprendizado”, salienta o parlamentar.
Lucas de Brito explica que a assistência deverá ser prestada por profissional habilitado e ocorrer nas dependências da instituição durante o período escolar, sem qualquer aumento nos valores das mensalidades dos alunos beneficiados. “Queremos que o Projeto seja um importante mecanismo de elevação da qualidade da educação em João Pessoa, contemplando as crianças que sofrem com problemas na aprendizagem, valorizando o profissional psicopedagogo e concretizando o direito dos autistas”.
Por gerar despesas ao município, a matéria foi encaminhada ao prefeito Luciano Cartaxo como Projeto de Indicação, no que se refere à contratação de profissionais nas escolas públicas. Para que o mesmo benefício seja oferecido nas escolas particulares, o vereador apresentou um Projeto de Lei que será apreciado nas Comissões da Casa e, depois, segue para votação em plenário.
Fonte: PB AgoraSite externo.

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Projeto da Uepa trabalha a inclusão de crianças autistas

O projeto desenvolvido pelas professoras de Educação Física Glaucia Kaneko eRosani Oliveira atende crianças de 7 a 12 anos, duas vezes na semana, com sessões de estimulação que duram em média trinta minutos. Brinquedos, quadra de esportes, piscina, pista olímpica e sala multiuso são os recursos utilizados para exercitar a agilidade, compreensão, memorização e outras capacidades físicas desses pacientes. O grau de complexidade dos exercícios aumenta conforme a evolução da criança, até que ela possa interagir com as demais.
Atualmente, o projeto atende somente crianças que são acompanhadas dos pais, peças fundamentais no tratamento. Eles são orientados sobre os exercícios aplicados e a evolução dos seus filhos. Carlos Eduardo Ferreira, uma das crianças atendidas pelo projeto, foi diagnosticado com autismo quando completou 6 anos. “Ele começou apresentar um comportamento diferenciado das demais crianças. Passou a se isolar, não queria fazer as atividades físicas na escola. O coordenador e os professores foram fundamentais no diagnóstico dele, e conversaram comigo sobre o autismo”, explicou Vanessa Ferreira, mãe de Carlos, que nunca teve contato com outras crianças portadoras do mesmo transtorno de desenvolvimento.
“Além do serviço prestado à comunidade externa, o projeto visa também auxiliar escolas e universidades. O objetivo maior é mostrar para a sociedade que é possível incluir as crianças portadoras de deficiência em qualquer atividade regular”, afirma Glaucia Kaneko. Criado no final de 2012, o Programa de Educação Física Inclusiva começou a prestar atendimento à comunidade externa desde março deste ano. O laboratório de inclusão funciona às segundas e terças-feiras, pela manhã; e às quartas e sextas, no período da tarde.
As atividades desenvolvidas com as crianças contam com a colaboração de alunos do Curso de Educação Física daUepa. Umas das monitoras do projeto, Leonora Baiaressalta que para desenvolver essa função é necessário comprometimento, dedicação e atenção. “O projeto está me proporcionando um crescimento enorme, tanto profissionalmente quanto academicamente. As crianças necessitam de atenção especial para desenvolver determinadas atividades físicas” afimou a monitora.
Fonte: Rede SACISite externo.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Professora desenvolve livro e ajuda alunos com surdez no ES

Livro criado pela professora com a linguagem de sinais e escrita
A professora Adeilsa Nevesdedesenvolveu um livro para alunos com deficiência auditiva, em Iúna, na região Sul do Espírito Santo. O livro alfabetiza por meio da linguagem de sinais e do português escrito. Segundo a docente, não havia nenhum material didático adequado para os alunos e, por isso, usou a experiência adquirida em sala de aula para escrever o livro.
Para a professora, o aluno com deficiência auditiva precisa saber a linguagem dos sinais e também a escrever a Língua Portuguesa. "Nós encontramos hoje no mercado materiais para ensinar libras de forma generalizada. Agora, o bilinguismo não existe. Não temos material nenhum. A dificuldade é essa. Precisamos de uma material em que ele possa ter simultaneamente um aprendizado tanto de língua de sinais, quanto de língua portuguesa escrita", disse.
Segundo a intérprete de libras Raquel Bitencourt, a metodologia facilita o aprendizado, porque eles podem aprender de uma forma mais concreta, mais fácil. "Eles não entendem a língua escrita da mesma forma que nós entendemos, nós temos uma facilidade para ler o que está escrito e entender. Para os deficientes auditivos, a forma escrita geralmente muda um pouco. Por exemplo, nós lemos que a casa é bonita, para eles, somente casa bonita eles entendem", justifica.
O livro conta com 62 páginas e é utilizado, por enquanto, somente por alunos de Iúna. A professora procura ajuda para publicá-lo e para que mais crianças tenham acesso ao material.
Fonte: G1Site externo.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Livro mostra luta de mães que possuem filhos com deficiência física

A luta diária das mães para superar os obstáculos da deficiência de seus filhos está estampada no livro Que Amor é Esse, projeto daAACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente)Site externo.. Lançado nesta quinta-feira (13 de junho), a publicação mostra registros fotográficos que retratam a relação de carinho entre eles.
De acordo com a presidente voluntária do Conselho de Administração da AACD, Regina Helena Scripilliti Velloso, a ideia da obra é mostrar que é necessário ver as pessoas com deficiência física “com outro olhar” e mostrar como as mães têm papel fundamental neste processo. "São pessoas como nós, apenas com uma condição diferente. Nesse sentido, as mães conseguem olhar para seus filhos com o amor puro e verdadeiro, sem nenhum estigma. Assim, resolvemos fazer uma homenagem a essas grandes mulheres, determinadas, que sabem que o impossível não existe", diz Regina.
Fonte: R7Site externo.

terça-feira, 25 de junho de 2013

Projeto assegura inclusão digital para pessoas com deficiência auditiva em Alagoas

Alfabeto em Libras
Para ajudar aspessoas com deficiência auditivana competição dentro do mercado atual, foi criado um projeto esta semana pelo deputado Ronaldo Medeiros (PT), na Assembleia Legislativa Estadual (ALE), que assegura a inclusão digital aos deficientes auditivos do Estado de AlagoasSite externo..
O processo, segundo o deputado, será por meio do Programa de Inclusão Digital a ser criado pela Secretaria de Estado da Ciência, da Tecnologia e da Inovação. “O projeto vem comprovar a possibilidade da inserção no mundo digital das pessoas surdas. Será possível demonstrar à sociedade que o exercício da cidadania não é um sonho distante e que, cada vez mais, as pessoas devem e serão tratadas como iguais”, reforça Ronaldo Medeiros.
Segundo o deputado, esse projeto irá atender aos deficientes auditivos do Estado de Alagoas utilizando as tecnologias, a educação e a informação como instrumento de livre exercício da cidadania. “O poder público assegurará capacitação pedagógica específica a todos os profissionais qualificados para atendimento ao deficiente auditivo, por meio de tradutor em Língua Brasileira de Sinais (Libras), para o trabalho educativo com o uso das tecnologias”, explica. O deputado ainda completou que “segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)Site externo. de cada seis pessoas, uma tem deficiência auditiva. O que preocupa as autoridades é a necessidade de promover a inclusão de cada cidadão”.
Dessa forma, segundo Medeiros, tem-se um número significativo de pessoas com deficiência auditiva, justificando a necessidade e a importância do desenvolvimento de ações para possibilitar a inclusão social e profissional de tais pessoas.
Fonte: Tribuna HojeSite externo.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Educação Inclusiva: alunos e professores terão mais apoio em sala de aula

Secretaria Municipal de Educação de São PauloSite externo. vai aumentar em 50% o número deestagiários que atuam junto aos professores que atendem alunos com deficiência e Transtorno Global do Desenvolvimento - TGD matriculados na Rede Municipal de Ensino de São Paulo. Hoje, a rede tem 1.430 estagiários e serão contratados outros 718. A medida responde aos apontamentos feitos pelos profissionais da Educação municipal da capital, durante as Jornadas Pedagógicas, para os efetivos avanços no atendimento aos estudantes com necessidades educacionais especiais matriculados na rede.



Além disso, a Secretaria também contratará mais 108 Auxiliares de Vida Escolar (AVEs), que se somarão aos 713 que já atuam na rede. O objetivo é assegurar a esses alunos a plena participação nas atividades desenvolvidas nas Unidades Educacionais em igualdade de condições com os demais colegas. A medida responde ainda ao aumento no número de crianças, jovens e adultos com deficiência atendidos nas escolas municipais. A Educação Inclusiva oferecida por SME é considerada uma referência educacional do país e atende, atualmente, 17.008 estudantes com algum tipo de deficiência.



Os estagiários devem cursar Pedagogia. Sua atuação é o de auxiliar o professor e/ou dar assistência nos atos de vida escolar, tais como atividades curriculares, recreativas, extraclasse e outras de caráter pedagógico que se fizerem necessárias para a participação ativa do aluno na rotina escolar.



AVEs – Já os Auxiliares de Vida Escolar (AVEs) serão selecionados nas comunidades nas quais estão instaladas as escolas. Seu papel é o de dar suporte aos alunos que não apresentam autonomia para higiene, alimentação e locomoção, garantindo que esses estudantes possam acompanhar as atividades desenvolvidas. Cada AVE atende a média de 4 estudantes por período escolar, dependendo do tipo de deficiência de cada um.

Os auxiliares têm formação inicial de 76 horas, dada pela Sociedade Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), e passam por capacitação sistematicamente. Seu trabalho é supervisionado quinzenalmente por equipes multidisciplinares que atuam junto às 13 Diretorias Regionais de Educação (DREs). Formada por 48 profissionais, têm em seu corpo técnico fonoaudiólogos,  psicólogos, enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas e  terapeutas ocupacionais. Em breve, psicopedagogos também devem se juntar a esses profissionais.

Eles fazem a avaliação e o acompanhamento dos alunos e apoiam as famílias e equipes escolares. Essa equipe promove também encontros com pais e profissionais da Educação para oferecer informações importantes para a qualidade de vida de cada estudante com deficiência. O grupo faz ainda a regulação com os serviços de saúde, estabelecendo a ponte entre as famílias e esses serviços, para garantir a continuidade dos atendimentos necessários ao pleno desenvolvimento dos alunos.


Santas Casas terão apoio financeiro em troca de ampliação de atendimento


Com a medida, em um prazo máximo de 15 anos, os débitos das instituições que aderirem ao programa serão quitados
O Ministério da Saúde anunciou um conjunto de medidas para recuperação econômica dos hospitais filantrópicos e das Santas Casas do país. O governo federal encaminhou, na última sexta-feira (21), em caráter de urgência, um projeto de lei que cria um programa de apoio financeiro a essas unidades. Com a medida, em um prazo máximo de 15 anos, os débitos das instituições que aderirem ao programa serão quitados. Em contrapartida, os hospitais devem ampliar o atendimento de exames, cirurgias e atendimentos a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). Além disso, o valor repassado pelo Ministério da Saúde de incentivo à contratualização vai dobrar, com um adicional de R$ 2 bilhões em 2014.
“A proposta é que essas instituições troquem dívidas por ampliação do atendimento SUS”, destacou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. “Outra grande vantagem ao aderir essa nova estratégia é que, além de poder zerar suas dívidas, as entidades filantrópicas receberão certidões que permitem contratar empréstimo junto a instituições financeiras”, acrescentou.
Por meio do Prosus, como será chamado o programa de fortalecimento das Santas Casas, as entidades terão o apoio do Fundo Nacional de Saúde (FNS) para manter em dia o pagamento de débitos correntes, evitando, assim, o aumento da sua dívida e quitando gradativamente o valor total. Para isso, todo mês, o FNS vai reter dos recursos destinado ao custeio o valor equivalente à dívida corrente das unidades que aderirem ao programa, garantindo o seu pagamento.
Essa dinâmica funcionará por 15 anos (180 meses) e, após esse prazo, as unidades que mantiverem os pagamentos em dia e aumentarem em 5% os servidos oferecidos ao SUS, terão seus débitos zerados. Com a medida, as entidades voltam a ter acesso ao crédito bancário, passam a poder realizar contrato público, entre outras vantagens.
Incentivo - Além do apoio para recuperação financeira, o Ministério da Saúde destinará mais R$ 2 bilhões por ano para aumentar o número de hospitais filantrópicos contratualizados e ampliar o incentivo repassado a essas unidades para atendimento de pacientes do SUS. A previsão para este ano é firmar parceria com mais de 200 hospitais, gerando impacto financeiro de R$ 305,7 milhões por ano. O restante do valor, equivalente a R$ 739 milhões por ano, serão destinados à expansão dos serviços nas unidades e melhoria da qualidade da assistência prestada. Atualmente, 1,7 mil hospitais filantrópicos prestam serviços ao SUS.
O Projeto de Lei que cria o Prosus será encaminhado, em regime de urgência, ao Congresso Nacional. Para aderir ao programa, a entidade privada de saúde filantrópica ou sem fins lucrativos deverá encaminhar requerimento à Receita Federal próxima da sua sede até 6 de dezembro deste ano. O prazo de 15 anos para pagamento da dívida passa a contar a partir da adesão ao programa. O abatimento da dívida, começando pelas mais antigas, será feita primeiramente dos débitos inscritos na Dívida Ativa da União, seguido pelos débitos no âmbito da Receita Federal.
Ações – Esse conjunto de medidas soma-se a uma série de outras iniciativas adotadas pelo Ministério da Saúde em apoio a sustentabilidade das entidades filantrópicas e Santas Casas. Em 2012, houve incremento de R$ 572,3 milhões no total investido nas unidades que atendem pelo SUS. Os recursos adicionais foram repassados aos hospitais que aderiram à Rede Cegonha, que prevê a assistência integral à gestante e ao bebê e à Rede de Urgência e Emergência, voltada à melhoria da atenção nos prontos-socorros. Soma-se a esse valor, o aumento do incentivo à contratualização, os repasses para reformas e compra de equipamentos e o reajuste no valor das cirurgias oncológicas.
Em um ano, os incentivos pagos aos principais hospitais filantrópicos para o atendimento de usuários do SUS saltaram 185%, chegando a R$ 968,6 milhões em 2012, contra R$ 340 milhões em 2011. Nos últimos cinco anos, foram feitos quatro reajustes, sendo dois só em 2012. São recursos que garantem a contratualização dos serviços e estão vinculados ao cumprimento de metas. Também houve aumento de 50% no valor destinado a obras e compra de equipamentos, que passou de R$ 400 milhões, em 2011, para R$ 600 milhões, em 2012.
O reajuste no valor das cirurgias oncológicas fez com que os repasses nessa área passassem de R$ 56 milhões para R$ 116 milhões. O ministério também passou a destinar 20% a mais aos 60 hospitais filantrópicos que atendem 100% SUS – o equivalente a R$ 83,4 milhões em 2012. Para o custeio total dos serviços, foram repassados R$ 9,7 bilhões para o atendimento e mais R$ 1,8 bilhão de incentivo, totalizando R$ 11,7 bilhões.

Informações na página do Ministério da Saúde na internet.







Médico brasileiro comenta ‘gritaria’ da mídia sobre médicos cubanos

Postado em: 13 mai 2013 às 15:36

“Acho estranho o governo ter falado em atrair médicos cubanos, portugueses e espanhóis, e a gritaria ser somente em relação aos médicos cubanos. Será que somente os médicos cubanos precisam revalidar diploma?”

Carta do médico Pedro Saraiva, enviada para o jornalista Luis Nassif e inicialmente reproduzida em seu blog esclarece diversos pontos sobre a vinda dos médicos cubanos ao Brasil.
Por Pedro Saraiva
Olá Nassif, sou médico e gostaria de opinar sobre a gritaria em relação à vinda dos médicos cubanos ao Brasil
Bom, como opinião inteligente se constrói com o contraditório, vou tentar levantar aqui algumas informações sobre a vinda de médicos cubanos para regiões pobres do Brasil que ainda não vi serem abordadas.
médicos cubanos haiti brasil
Médicos cubanos no Haiti atendem mais de 15 milhões de miseráveis (Foto: Divulgação)
- O principal motivo de reclamação dos médicos, da imprensa e do CFM seria uma suposta validação automática dos diplomas destes médicos cubanos, coisa que em momento algum foi afirmado por qualquer membro do governo. Pelo contrário, o próprio ministro da saúde, Alexandre Padilha, já disse que concorda que a contratação de médicos estrangeiros deve seguir critérios de qualidade e responsabilidade profissional. Portanto, o governo não anunciou que trará médicos cubanos indiscriminadamente para o país. Isto é uma interpretação desonesta.
- Acho estranho o governo ter falado em atrair médicos cubanos, portugueses e espanhóis, e a gritaria ser somente em relação aos médicos cubanos. Será que somente os médicos cubanos precisam revalidar diploma? Sou médico e vivo em Portugal, posso garantir que nos últimos anos conheci médicos portugueses e espanhóis que tinham nível técnico de sofrível para terrível. E olha que segundo a OMS, Espanha e Portugal têm, respectivamente, o 6º e o 11º melhores sistemas de saúde do mundo (não tarda a Troika dar um jeito nesse excesso de qualidade). Profissional ruim há em todos os lugares e profissões. Do jeito que o discurso está focado nos médicos de Cuba, parece que o problema real não é bem a revalidação do diploma, mas sim puro preconceito.
- Portugal já importa médicos cubanos desde 2009. Aqui também há dificuldade de convencer os médicos a ir trabalhar em regiões mais longínquos, afastadas dos grandes centros. Os cubanos vieram estimulados pelo governo, fizeram prova e foram aprovados em grande maioria (mais à frente vou dar maiores detalhes deste fato). A população aprovou a vinda dos cubanos, e em 2012, sob pressão popular, o governo português renovou a parceria, com amplo apoio dos pacientes. Portanto, um dos países com melhores resultados na área de saúde do mundo importa médicos cubanos e a população aprova o seu trabalho.
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- Acho que é ponto pacífico para todos que médicos estrangeiro tenham que ser submetidos a provas aí no Brasil. Não faz sentido importar profissionais de baixa qualidade. Como já disse, o próprio ministro da saúde diz concordar com isso. Eu mesmo fui submetido a 5 provas aqui em Portugal para poder validar meu título de especialista. As minhas provas foram voltadas a testar meus conhecimentos na área em que iria atuar, que no caso é Nefrologia. Os cubanos que vieram trabalhar em Medicina de família também foram submetidos a provas, para que o governo tivesse o mínimo de controle sobre a sua qualidade.
Pois bem, na última leva, 60 médicos cubanos prestaram exame e 44 foram aprovados (73,3%). Fui procurar dados sobre o Revalida, exame brasileiro para médicos estrangeiros e descobri que no ano de 2012, de 182 médicos cubanos inscritos, apenas 20 foram aprovados (10,9%). Há algo de estranho em tamanha dissociação. Será que estamos avaliando corretamente os médicos estrangeiros?
Seria bem interessante que nossos médicos se submetessem a este exame ao final do curso de medicina. Não seria justo que os médicos brasileiros também só fossem autorizados a exercer medicina se passassem no Valida? Se a preocupação é com a qualidade do profissional que vai ser lançado no mercado de trabalho, o que importa se ele foi formado no Brasil, em Cuba ou China? O CFM se diz tão preocupado com a qualidade do médico cubano, mas não faz nada contra o grande negócio que se tornaram as faculdades caça-níqueis de Medicina. No Brasil existe um exército de médicos de qualidade pavorosa. Gente que não sabe a diferença entre esôfago e traqueia, como eu já pude bem atestar. Porque tanto temor em relação à qualidade dos estrangeiros e tanta complacência com os brasileiros?

REVALIDA

- Em relação este exame de validação do diploma para estrangeiros abro um parêntesis para contar uma situação que presenciei quando ainda era acadêmico de medicina, lá no Hospital do Fundão da UFRJ.
Um rapaz, se não me engano brasileiro, tinha feito seu curso de medicina na Bolívia e havia retornado ao país para exercer sua profissão. Como era de se esperar, o rapaz foi submetido a um exame, que eu acredito ser o Revalida (na época realmente não procurei me informar). O fato é que a prova prática foi na enfermaria que eu estava estagiando e por isso pude acompanhar parte da avaliação. Dois fatos me chamaram a atenção, o primeiro é a grande má vontade dos componentes da banca com o candidato. Não tenho dúvidas que ele já havia sido prejulgado antes da prova ter sido iniciada. Outro fato foi o tipo de perguntas que fizeram. Lembro bem que as perguntas feitas para o rapaz eram bem mais difíceis que aquelas que nos faziam nas nossas provam. Lembro deles terem pedidos informações sobre detalhes anatômicos do pescoço que só interessam a cirurgiões de cabeça e pescoço. O sujeito que vai ser médico de família, não tem que saber todos os nervos e vasos que passam ao lado da laringe e da tireoide. O cara tem que saber tratar diarreia, verminose, hipertensão, diabetes e colesterol alto. Soube dias depois que o rapaz tinha sido reprovado.
Não sei se todas as provas do Revalida são assim, pois só assisti a uma, e mesmo assim parcialmente. Mas é muito estranho os médicos cubanos terem alta taxa de aprovação em Portugal e pouquíssimos passarem no Brasil. Outro número que chama a atenção é o fato de mais de 10% dos médicos em atividade em Portugal serem estrangeiros. Na Inglaterra são 40%. No Brasil esse número é menor que 1%. E vou logo avisando, meu salário aqui não é maior do que dos meus colegas que ficaram no Brasil.
- Até agora não vi nem o CFM nem a imprensa irem lá nas áreas mais carentes do Brasil perguntar o que a população sem acesso à saúde acha de virem 6000 médicos cubanos para atendê-los. Será que é melhor ficar sem médico do que ter médicos cubanos? É o óbvio ululante que o ideal seria criar condições para que médicos brasileiros se sentissem estimulados a ir trabalhar no interior. Mas em um país das dimensões do Brasil e com a responsabilidade de tocar a medicina básica pulverizada nas mãos de centenas de prefeitos, isso não vai ocorrer de uma hora para outra. Na verdade, o governo até lançou nos últimos anos o Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica (Provab), que oferece salários mensais de R$ 8 mil e pontos na progressão de carreira para os médicos que vão para as periferias. O problema é que até hoje só 4 mil médicos aceitaram participar do programa. Não é só salário, faltam condições de trabalho. O que fazemos então? vamos pedir para os mais pobres aguentar mais alguns anos até alguém conseguir transformar o SUS naquilo que todos desejam? Vira lá para a criança com diarreia ou para a mãe grávida sem pré-natal e diz para ela segurar as pontas sem médico, porque os médicos do sul e sudeste do Brasil, que não querem ir para o interior, acham que essa história de trazer médico cubano vai desvalorizar a medicina do Brasil.
- É bom lembrar que Cuba exporta médicos para mais de 70 países. Os cubanos estão acostumados e aceitam trabalhar em condições muito inferiores. Aliás, é nisso que eles são bons. Eles fazem medicina preventiva em massa, que é muito mais barata, e com grandes resultados. Durante o terremoto do Haiti, quem evitou uma catástrofe ainda maior foram os médicos cubanos. Em poucas semanas os médicos dos países ricos deram no pé e deixaram centenas de milhares de pessoas sem auxílio médico. Se não fosse Cuba e seus médicos, haveria uma tragédia humanitária de proporções dantescas. Até o New England Journal of Medicine, a revista mais respeitada de medicina do mundo, fez há poucos meses um artigo sobre a medicina em Cuba. O destaque vai exatamente para a capacidade do país em fazer medicina de qualidade com recursos baixíssimos (http://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMp1215226).
- Com muito menos recursos, a medicina de Cuba dá um banho em resultados na medicina brasileira. É no mínimo uma grande arrogância achar que os médicos cubanos não estão preparados para praticar medicina básica aqui no Brasil. O CFM diz que a medicina de Cuba é de má qualidade, mas não explica por que a saúde dos cubanos, como muito menos recursos tecnológicos e com uma suposta inferioridade qualitativa, tem índices de saúde infinitamente melhores que a do Brasil e semelhantes à avançada medicina americana (dados da OMS).
- Agora, ninguém tem que ir cobrar do médico cubano que ele saiba fazer cirurgia de válvula cardíaca ou que seja mestre em dar laudos de ressonância magnética. Eles não vêm para cá para trabalhar em medicina nuclear ou para fazer hemodiálises nos pacientes. Medicina altamente tecnológica e ultra especializada não diminui mortalidade infantil, não diminui mortalidade materna, não previne verminose, não conscientiza a população em relação a cuidados de saúde, não trata diarreia de criança, não aumenta cobertura vacinal, nem atua na área de prevenção. É isso que parece não entrar na cabeça de médicos que são formados para serem superespecialistas, de forma a suprir a necessidade uma medicina privada e altamente tecnológica. Atenção! O governo que trazer médicos para tratar diarreia e desidratação! Não é preciso grande estrutura para fazer o mínimo. Essa população mais pobre não tem o mínimo!
Que venham os médicos cubanos, que eles façam o Revalida, mas que eles sejam avaliados em relação àquilo que se espera deles. Se os médicos ricos do sul maravilha não querem ir para o interior, que continuem lutando por melhores condições de trabalho, que cobrem dos governos em todas as esferas, não só da Federal, melhores condições de carreia, mas que ao menos se sensibilizem com aqueles que não podem esperar anos pela mudança do sistema, e aceitem de bom grado os colegas estrangeiros que se dispõe a vir aqui salvar vidas.
Infelizmente até a classe médica aderiu ao ativismo de Facebook. O cara lê a Veja ou O Globo, se revolta com o governo, vai no Facebook, repete meia dúzia de clichês ou frases feitas e sente que já exerceu sua cidadania. Enquanto isso, a população carente, que nem sabe o que é Facebook morre à mingua, sem atendimento médico brasileiro ou cubano.

Caravana da Inclusão desembarca em Araçatuba (SP)

A cidade de Araçatuba (SP) Site externo.receberá, no dia 21 de junho, aCaravana da Inclusão, Acessibilidade e Cidadania. A cerca de 500 km da capital São Paulo, o município receberá as discussões da Caravana na  Universidade Paulista (UNIP) de Araçatuba.
 
Realizada pela Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São PauloSite externo., em parceria com a União dos Vereadores do Estado de São Paulo – UVESPSite externo., Rede de Reabilitação Lucy Montoro e Conselho Estadual para Assuntos da Pessoa com Deficiência (CEAPcD), o encontro percorre o interior do estado buscando fomentar políticas públicas que assegurem a cidadania e os direitos das pessoas com deficiência, conscientizando os participantes sobre os direitos do segmento, que incluem: educação inclusiva, trabalho, cidadania e reabilitação, entre outros. 
 
A cada encontro, um atleta de elite do paradesporto do Estado está presente. Desta vez quem participa do evento é o atleta Paulo Sérgio Salmin Filho, que veste a camisa do Time São Paulo na modalidade tênis de mesa. O comparecimento dos atletas faz parte do projeto do Time São Paulo para apoiar clubes esportivos paralímpicos nos municípios. 
 
Todas as cidades por onde a Caravana passa recebem oMutirão do Emprego. Realizado em parceria com a Secretaria Estadual do Emprego e Relações do Trabalho – SERT, por meio do PADEF e o Poupatempo, são disponibilizados às cidades visitadas pela Caravana: emissão de carteira de trabalho (1ª e 2ª via); cadastro para vagas de emprego; encaminhamento para processo seletivo, mediante oportunidades de emprego disponibilizadas pelas empresas parceiras da região; e captação de currículos de pessoas com deficiência. 
 
Durante as Caravanas deste ano acontece também oDesfile de Moda Inclusiva, que busca sensibilizar os profissionais e futuros profissionais ligados ao segmento sobre a importância de pensar num vestuário acessívela todas as pessoas, com e sem deficiência. Há também, nessa e em todas as Caravanas do ano, a mostra itinerante do Memorial da InclusãoSite externo., que divulga em seus painéis, a história da luta das pessoas com deficiência no país. 
 
A Caravana é aberta ao público, as inscrições são gratuitas e podem ser realizadas na abertura de cada evento. 
 
Calendário da Caravana da Inclusão, Acessibilidade e Cidadania de 2013
 
Bebedouro – 22 de março
Votuporanga – 11 de abril
Itu – 26 de abril
Lins – 24 de maio
Araçatuba – 21 de junho
Registro – 09 de agosto
Pirassununga – 13 de setembro
Lorena – 18 de outubro
Dracena – 22 de novembro
Campinas – 13 de dezembro
 
SERVIÇO
Caravana da Inclusão, Acessibilidade e Cidadania – Araçatuba
Data: 21 de junho
Horário: das 9h às 13h
Local: UNIP – Universidade Paulista de Araçatuba
Endereço: Av. Baguaçu, 1939 – Jardim Alvorada – Araçatuba - SP
 

domingo, 16 de junho de 2013

'Tive dificuldades, mas superei ', diz down formada em Biologia na Bahia

Amanda faz pose para foto
Amanda Amaral Lopes, 24 anos, vai se formar em licenciatura emBiologia, nesta quinta-feira (23). Ela mora em Vitória da ConquistaSite externo., cidade no sudoeste da Bahia, e é a primeira pessoa com síndrome de down, no estado, a concluir um curso superior. AAssociação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), em SalvadorSite externo., e aAssociação Baiana de Síndrome de Dow (Ser Down)Site externo. afirmam que esse é o pirmeiro registro que as duas instituições tomaram conhecimento no estado. No Brasil já houve outros casos, afirmam as duas associações.


Para a mãe da jovem, Alba Regina Amaral, a formatura de Amanda é uma conquista de toda a família. O apoio dos familiares foi fundamental para que ela seguisse com os objetivos planejados. "É muito importante, foi uma conquista de todos. Todo mundo sempre participou, incentivou tudo. Sempre foi iniciativa dela, a gente sempre apoiou, mas ela fez as escolhas por ela. A dificuldade sempre existe, mas, na medida do possível, a gente precisa superar", disse Alba.

A mãe de Amanda destacou que o momento também é triste porque o pai da jovem morreu há pouco tempo, e não pôde compartilhar do momento de alegria da filha ao lado da família.
A colação de grau de Amanda é na noite desta quinta-feira (23). Ela cursou Biologia pela metodologia de ensino à distância (Ead), em uma faculdade privada. Pelo menos uma vez na semana, a jovem tinha aulas presenciais e diz que contou muito com o apoio de colegas e professores para superar dificuldades.

Antes de fazer Biologia, Amanda queria ser jornalista, mas como o curso não formou turma na faculdade escolhida, ela optou pela área de Ciências da Natureza. "A sensação [de se formar] é ótima, é a melhor possível, estou muito feliz. Na verdade, quando eu era criança eu lia muita poesia e pensei em ser jornalista, mas foi a força do destino me colocou na área de biologia. A professora [de biologia no Ensino Médio] me incentivou muito", revela.


Amanda nasceu na Bahia, mas morou durante boa parte da vida escolar em Divinópolis, em Minas Gerais. Lá ela foi alfabetizada em escolas convencionais da rede particular e cursou o Ensino Fundamental todo em uma escola municipal, também convencional. A jovem também sempre fez acompanhamento com fisioterapeuta e fonoaudiólogo. A mãe da jovem ressaltou toda a atenção que a agora licenciada em Biologia teve durante a vida escolar. "Ela sempre foi muito estimulada, desde pequena. Amanda foi alfabetizada por bons professores, teve bons profissionais acompanhando ela", disse Alba Regina Amaral.

Amanda diz que sempre que tinha dificuldades, mesmo na escola, contava com o apoio dos colegas e professores, o que a ajudou a superar qualquer tipo de obstáculo. Ela define a relação com os colegas e educadores como "ótima e legal". Sobre os preconceitos sofridos, ela afirma que preferiu relevar e não destaca nenhum. "Tive dificuldades, mas superei com meus colegas de de sala e professores, tanto na escola quanto na universidade. Tinha dificuldade em matemática", afirma.

No convite de formatura, Amanda conclui sua mensagem agradecendo a familiares, amigos, colegas e professores pela ajuda em realizar o seu grande sonho: "aprender e ensinar".
Amanda ainda não teve contato com a profissão fora da sala de aula. Antes de procurar um trabalho na área, ela quer alcançar outro objetivo, o de fazer uma pós-graduação na área de Libras (Língua Brasileira de Sinais). "Quero ajudar os outros que têm dificuldade", diz.

sábado, 15 de junho de 2013

Ceir Móvel entrega quase 500 meios auxiliares de locomoção

Quase 500 meios auxiliares de locomoção foram entregues, no último sábado (25/05), à população das cidades de Pedro II, Milton Brandão e Lagoa de São Francisco, localizadas na região Norte do PiauíSite externo.. A ação aconteceu através do Projeto Ceir MóvelSite externo., que descentraliza parte dos atendimentos do Centro Integrado de Reabilitação da capital para o interior do Estado. A solenidade de entrega, que aconteceu em Pedro II, contou com a presença de várias autoridades.
Uma das beneficiadas nesta etapa do Ceir Móvel foi a jovem Maria Alves Gomes, que mora na zona Rural de Pedro II. Aos 25 anos, Maria não anda e nem fala por conta de problemas de saúde apresentados desde o nascimento, que aconteceu prematuramente. Segundo sua mãe, a dona de casa Conceição Oliveira, a jovem teve apenas uma cadeira de rodas ao longo da vida, que foi doada quando ela tinha 7 anos de idade. Com o passar do tempo, o equipamento ficou pequeno para a estatura da jovem e esta só se locomovia arrastando-se pelo chão.
“Enquanto ela era menor, eu a carregava nos braços para irmos ao médico ou resolvermos alguma coisa aqui na cidade. Como ela está quase do meu tamanho e eu não tenho mais forças, passei a sair de casa somente quando conseguia a cadeira de rodas emprestada com alguém do povoado”, relata Conceição Soares. Maria foi uma das beneficiadas desta etapa do Ceir Móvel e recebeu, além da cadeira de rodas, outra cadeira para ajudar nas atividades higiênicas. “Agora, o que a gente espera é que a vida seja um pouco mais fácil. É muito ruim ficar sem ter como sair de casa”, diz Conceição.
Entre os 490 meios auxiliares de locomoção entregues pelo Ceir Móvel nesse sábado, estão as cadeiras de roda e higiênicas, além de calçados para o pé diabético,muletas e andadores. Praticamente todos os equipamentos são fabricados na Oficina Ortopédica do Ceir, em Teresina. No trabalho itinerante, os profissionais do Centro vão até as cidades e tiram as medidas da população para, posteriormente, fazerem a entrega das solicitações. Todo o atendimento é gratuito.
Entretanto, o superintendente multiprofissional do Ceir, Aderson Luz, lembrou, durante o evento, que a população não precisa esperar a equipe do Ceir Móvel chegar à sua cidade para fazer a solicitação e receber, gratuitamente, o equipamento auxiliar de locomoção. “Quem precisar do produto deve procurar a secretária de saúde do município para iniciar o processo. A diferença é que o órgão municipal é que fica responsável por enviar as informações do paciente e transportar a peça solicitada”, reforçou Aderson. O superintendente administrativo e financeiro do Ceir, Walter Oliveira, também acompanhou a solenidade.
A prefeita de Pedro II, Neuma Café, destacou a importância dos atendimentos do Ceir Móvel na região. “Como ouvimos aqui, boa parte destas pessoas nunca tiveram equipamentos parecidos antes. Ações como esta dão a elas a oportunidade de não viver prostradas dentro de casa e exercer com dignidade seu direito de ir e vir”, afirmou.
A solenidade de entrega dos meios auxiliares de locomoção solicitados pelo Ceir Móvel em Pedro II contou, ainda, com a presença de várias autoridades estaduais e municipais da região. O secretário estadual para a Inclusão da Pessoa com Deficiência, Hélder Jacobina representou o governador Wilson Martins no evento.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Educação inclusiva beneficia mais de 300 crianças da rede municipal

Há pouco mais de um ano o pequeno Felipe chegou à EM "Hélio Rosa Baldy", do Jardim São Guilherme 3, em Sorocaba (SP)Site externo.. Junto com as dificuldades e limitações impostas pelamielomeningocele (deficiências múltiplas), o garoto de 7 anos carregava o grande desejo de estudar, de aprender e conviver com outros garotos. Foi recebido pela professora Débora Cardoso Rodrigues, uma das especialistas em educação inclusiva da rede municipal, e sua vida começou a mudar.
Hoje, ele escreve e lê normalmente, não perde um só dia de aula e com ajuda da Sala de Recursos Multifuncionais consegue acompanhar os demais coleguinhas. A dedicação e força de vontade do menino para aprender deixam orgulhosa também a professora Adriana Gomes Traghetta Guidone, que trabalha com ele em classe. "Ele tem suas limitações e as vezes temos de adaptar tarefas para que consiga fazê-las, mas surpreende no desempenho", conta Adriana.
Aos 13 anos, Pedro conquistou o respeito e a admiração da equipe escolar e dos colegas da 8ª série da EM "Matheus Maylasky". A paralisia cerebral comprometeu por completo o movimento de seus membros inferiores e superiores, impedindo que possa se locomover ou escrever com as mãos. Com isso, para poder frequentar a escola, Pedro necessitava da ajuda permanente de uma auxiliar de educação que escrevia as lições passadas pela professora.
Sua vida começou a mudar no início do ano passado, quando recebeu um notebook e com esse equipamento ganhou a autonomia de poder estudar sozinho, fazer as lições. O nariz substitui os dedos para a digitação, enquanto o queixo controla o mouse. Seu desempenho nos estudos enche de orgulho não só a professora, Rosi Cruz Alexandre, a auxiliar Vilma Bombardelli, que o acompanha em classe, como também os demais educadores.
Inclusão é realidade
Pedro e Felipe estão entre as 328 crianças com deficiências, que frequentam a escola e estudam normalmente, graças ao trabalho desenvolvido em parceria pela equipe multidisciplinar do Centro de Referência em Educação (CRE), com gestores das unidades escolares e os professores que atuam no ensino regular nas escolas municipais. A secretária municipal da Educação, Dulcina Guimarães Rolim, ressalta o trabalho dos profissionais do CRE, que garante a essas crianças e adolescentes não só frequentar a mesma classe, mas acompanhar o mesmo nível de desenvolvimento dos demais alunos.
Moradora no Jardim Santa Cecilia, Zona Norte de Sorocaba, Cristiane Queiroz de Jesus, vibra a cada avanço, a cada conquista do filho Felipe. "Antes era difícil, ele queria ir à escola, mas não podia, porque não desenvolvia, não conseguia acompanhar, ficava triste. Hoje ele é alfabetizado, é outra criança. Tem até facebook para conversar com os amiguinhos", revela feliz.
Já Ezoil Benitez conta que o computador portátil se tornou as mãos e o caderno, um instrumento essecial na vida do filho Pedro. Graças ao equipamento cedido pelo Centro de Referência em Educação, pode fazer as lições e tirar boas notas, às vezes, superior aos demais alunos da classe. "Tratamos normalmente e exijo sempre boas notas dele na escola", afirma Benitez.
Escolas preparadas


Atualmente, são 29 escolas municipais equipadas e preparadas, que contam com o suporte da Sala de Recursos, criadas pelo Centro de Referência em Educação. Consiste na realidade em um espaço dotado de equipamentos voltados à acessibilidade, onde crianças que apresentam alguma deficiência podem estudar normalmente e o que é melhor, aprender ao lado das outras. Assim como Débora, outras 9 professoras do município fizeram o curso Atendimento Educacional Especializado (AEE), desenvolvido pelo Ministério da EducaçãoSite externo..

Além dos alunos da EM "Hélio Rosa Baldy", Débora atende também 14 crianças de unidades de bairros vizinhos. Juntamente com os profissionais do Centro de Referência (fisioterapeutas, psicopedagogos, terapeutas ocupacionais e professores), entre outros, é estabelecido um plano de atendimento para cada aluno, respeitando suas dificuldades e habilidades.
As vezes demanda a aquisição de equipamentos diferenciados para que a criança tenha condições de estudar, como é o caso de Pedro. Pode ser uma cadeira especial, uma cadeira de rodas, uma mesa, um computador com configuração diferente ou utensílios. Toda essa preocupação é para que o mesmo trabalho aplicado aos demais alunos, possa ser acompanhado por aquele que tem alguma deficiência. "Essa é uma das ações do Centro de Referência que busca uma educação de qualidade na perspectiva inclusiva", afirma Miriam Rosa Torres de Camargo, responsável pelas Salas de Recurso Multifuncional.


Trabalho diferenciado atende 328

Funcionando na rede municipal desde 2010, as Salas de Recursos foram responsáveis por mais de 10 mil atendimentos só em 2012. Atualmente, são 328 crianças e jovens do ensino infantil, fundamental I e II, ensino médio e EJA, beneficiadas com esse trabalho diferenciado, realizado por profissionais especializados. "A inclusão é o melhor caminho. Aprender com as outras crianças, observar os demais alunos pode mudar a vida dessa criança e da escola toda", afirma a professora Débora.

Na rede municipal de ensino, a inclusão esteve sempre presente, porém a partir de 2009 por meio das ações da equipe multidisciplinar e dos programas desenvolvidos pela Secretaria da Educação, os alunos com necessidade educacional passaram a receber, por meio das salas de recursos multifuncionais, o apoio que é essencial para o seu desenvolvimento escolar no ensino regular. A rede foi dividida em setores, visitados regularmente pelas equipes, que trabalham individualmente cada aluno e com isso garantindo não só a frequência a sala de aula, mas também o aprendizado.
Além da capacitação contínua, professores que trabalham com esses alunos, recebem apoio integral dos profissionais do CRE, especialistas como: pedagogos, psicopedagogos, psicólogos, fonoaudiólogos, fisioterapeuta, terapeutas ocupacionais e assistentes sociais, que atuam em sintonia com os educadores (professores, diretores, coordenadores e supervisores).