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quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Cateterismo de bexiga


Cateterismo de bexiga

   

   O Cateterismo (também conhecido como Cateterismo Vesical Intermitente) , é uma técnica desenvolvida para tratar pacientes de qualquer idade que apresentam problemas de esvaziamento da bexiga urinária. É a passagem de uma sonda, da uretra até a bexiga, com o objetivo de drenar a urina.
   Seu treinamento é rápido e de fácil aprendizado. Ele pode ser realizado pelo próprio paciente ou por algum cuidador . Mas é bom ambos ter um treinamento para realizar essa técnica.

Materiais (podem ser comprados em farmácias ou ganhar da prefeitura de sua cidade):

• água e sabão neutro
• cateter uretral plástico (sonda) com calibre de acordo com a idade
• recipiente para coletar a urina
• um pote plástico com tampa para armazenar a sonda
• um frasco com graduação para medir a urina
• um espelho (para mulheres)

1º passo:
Lavar as mãos e os genitais com água e sabão neutro.

2º passo:
Reunir o material (o cateter, a lidocaína gel e o recipiente para coletar a urina) em um lugar bem iluminado e limpo.

3º passo:
Escolher uma posição confortável.

Homens: deitado, recostado no leito, sentado ou em pé.

Mulheres: Recostada no leito: dobrar as pernas e acomodar o espelho para visualizar o meato urinário

Sentada ou em pé: apoiando um pé sobre um degrau (cama, escada, vaso sanitário...), acomodar o espelho para visualizar o meato urinário.


 No caso de o procedimento ser realizado pelo cuidador, a posição mais confortável é a deitada.

4º Passo: 
Aplicar uma pequena quantidade de lidocaína gel sobre o cateter e introduzí-lo no meato urinário até o momento em que a urina comece a drenar.

Homens: devem lubrifcar o cateter com a lidocaína gel, segurar o pênis na posição reta e, em seguida, introduzí-lo.

5º Passo:
Quando parar de sair urina, puxar lentamente o cateter e aguardar o término da drenagem para, então, retirá-lo totalmente.

6º Passo:
Ao fnalizar o procedimento, medir o volume de urina drenado e anotar na folha de registros (última página deste manual). Esse controle permitirá que você programe o número de cateterismos necessário durante o dia.

7º Passo:
Lavar o cateter, por fora, com água e sabão e deixar correr água por dentro durante 10 segundos. Secá-lo com uma toalha limpa e guardálo dentro da geladeira em um pote com tampa, seco e limpo. Não deve ser colocado no congelador ou freezer. Ao encerrar, lavar as mãos.


Quantas vezes realizar o cateterismo vesical durante o dia?

Para estabelecer o número de cateterismos vesicais por dia, você deverá saber qual é a quantidade de urina que fca de resíduo dentro da sua bexiga (volume residual), após urinar espontaneamente ou após a tentativa de urinar.
Se o volume residual se mantiver na maioria das vezes:
• até 100 ml: nenhum cateterismo
• de 100 a 200 ml: 2 cateterismos ao dia
• de 200 a 300 ml: 3 cateterismos ao dia
• de 300 a 400 ml: 4 cateterismos ao dia
• acima de 400ml: 6 cateterismos ao dia

Observações
• Não é necessário usar luvas ou material antisséptico.
• Não usar vaselina como lubrifcante do cateter, porque pode levar à formação de cálculos na bexiga.
• O uso de lidocaína gel é dispensável nas mulheres.
• O mesmo cateter uretral pode ser usado por até 14 dias.
• Não forçar a passagem do cateter, quando encontrar resistência. Nessa situação, retire-o e tente introduzí-lo novamente, girando-a em torno de si mesmo.
• Pacientes com lesão medular não devem pressionar a barriga na altura da bexiga para acelerar o esvaziamento.
• Em caso de sangramentos, calafrios, febre, urina turva ou com cheiro forte, procurar atendimento médico.

Importante
• Procure beber água diariamente, seguindo a orientação do seu médico.
• Restrinja a quantidade de líquidos à noite para evitar acúmulo de urina durante o sono.
Dicas de saúde
• Faça alguma atividade física pelo menos 3 vezes por semana.
• Procure manter uma alimentação saudável à base de frutas, verduras, legumes e carnes magras.

   Quando o procedimento é realizado com todas as etapas indicadas e com bastante higiene, o recurso passa a ser mais seguro, diminuindo as complicações, reduzindo os índices de infecções urinarias, preservando o trato urinário superior, preservando também o músculo da bexiga.
   Além de que melhora a qualidade de vida dos pacientes pois melhora a continência, promove maior independência, assegura um melhor convívio social, ajudando na recuperação da auto estima.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Nova visão sobre o autismo


Sem conseguir olhar nos olhos, com dificuldade de se comunicar e de interagir socialmente, os autistas se fecham num mundo particular. Compreender este universo é o desafio da Associação Americana de Psiquiatria, que lançará em maio de 2013 uma revisão do “Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais” (DSM-5), seguido por organizações de todo o mundo e que traz, entre outras medidas, novas diretrizes sobre a síndrome. As mudanças têm gerado polêmica em alguns países. No Brasil, o desafio maior é ainda o da sensibilização da importância do diagnóstico precoce.
A reformulação prevê usar o termo “espectro autista” para o que antes era conhecido por profissionais como “transtorno invasivo do desenvolvimento”. Sob este guarda-chuva estavam síndromes, como a de Asperger, de Rett, desintegrativa da infância e o autismo clássico, que deixarão de existir. Em vez disso, o paciente do espectro autista será avaliado por níveis, de leve a grave.

A força-tarefa da associação defende que a nova categoria ajudará clínicos a diagnosticar os sintomas e comportamentos de cada indivíduo com mais precisão, evitando colocar rótulos que não garantem um melhor tratamento. Já alguns especialistas e organizações — especialmente as de defesa de pacientes com Asperger, considerado um transtorno mais leve —, temem um estreitamento do diagnóstico e que o grupo seja subavaliado, perdendo direitos como o de tratamento em centros específicos.

— Esta é, de fato, uma preocupação. Os dados utilizados para apoiar a mudança vêm de uma grande amostra muito bem caracterizada, e nela cerca de 10% dos casos perderam o diagnóstico. Mas minha preocupação, na verdade, é que poderá haver um número muito maior de casos, e há outros dados que sustentam isto — avaliou o especialista em autismo Fred Volkmar, diretor do Centro de Estudos da Criança da Escola de Medicina de Yale, nos Estados Unidos.

De acordo com o censo 2000 do IBGESite externo., estima-se que haja 454.706 crianças com transtorno invasivo do desenvolvimento no Brasil, com uma taxa de prevalência de uma para 150. Nos EUA, de acordo com um levantamento publicado este ano pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças, há um autista para cada 88 indivíduos (em 2002, havia um para 155 no país). Além disso, há duas vezes mais homens que mulheres autistas. A frequência do espectro autista tem aumentado há décadas, mas pesquisadores não chegam a um acordo se a tendência é resultado de maior preocupação e conhecimento sobre o transtorno ou se existe realmente um aumento de incidência.

— Se a criança consegue ter uma intervenção antes dos 3 anos, ela chega a ter uma melhora de 80% nos sintomas autistas. Se consegue desenvolver a linguagem simbólica, ou seja, entender o dito pelo não dito, antes de 5 anos, a melhora pode chegar a 90% — afirmou o chefe do Setor de Psiquiatria Infantil da Santa Casa de Misericórdia, Fabio Barbirato, que ministra o VII Simpósio Nacional em Psiquiatria para a Infância e Adolescência, nos próximos dias 7 e 8.

A importância do diagnóstico precoce
Notar se o bebê tem interesse por outras crianças, se ele costuma fazer imitações e se olha para os pais são alguns dos sinais que podem ser percebidos no dia a dia e ajudar no diagnóstico. Como parte do tratamento, Barbirato recomenda fonoaudiologia e terapia cognitiva-comportamental. Dietas, como a do glúten, não têm comprovação científica. O psiquiatra ainda orienta os pais a buscar profissionais habilitados pelas associações médicas.

— Existem muito mais crianças sem o diagnóstico do que com diagnóstico, principalmente em zonas rurais, e que estão sem tratamento — diz Barbirato, citando empecilhos como o despreparo de profissionais e a falta de conhecimento ou receio de pais de lidar com o tema.

Apesar de a ciência ainda investigar o que pode causar o autismo, já se tem melhor compreensão do seu cérebro. O periódico “Journal of the American Medical Association” (Jama), por exemplo, publicou no ano passado um estudo mostrando que as crianças autistas tinham 67% mais neurônios numa região chamada córtex pré-frontal, associada ao desenvolvimento cognitivo e emocional. O órgão também era 17,6% mais pesado do que os de crianças não autistas. Apesar de mais neurônios, o peso do cérebro era aquém ao esperado, sugerindo haver uma patologia neurológica.

Além do DSM-5, existe a Classificação Internacional das Doenças (CID-10), no âmbito da Organização Mundial de Saúde (OMS)Site externo., que também passa por reformulação. Ambos guias fornecem informações a profissionais e pesquisadores sobre o diagnóstico de doenças, e a CID ainda é usada como base de governos para produzir estatísticas. A próxima CID-11 está prevista para ser aprovada pela Assembleia Mundial de Saúde em 2015.

— Estamos cientes das propostas do DSM-5. Esta é uma das várias opções que vamos considerar para a CID-11 — afirmou o diretor sênior do Projeto de Revisão da CID-10, Geoffrey Reed, que ponderou: — Vamos avaliar a visão da sociedade civil, que expressou grande preocupação sobre o colapso destes diagnósticos, em particular da perda de um diagnóstico separado da síndrome de Asperger.
Fonte: http://oglobo.globo.comSite externo. (Flávia Milhorance)

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Jovem com atrofia das mãos supera a deficiência por meio da arte


Maicon Camargo Machado, de 23 anos, sofre de uma doençacongênita rara que provocou aatrofia das mãos. Com adeficiência desde o nascimento, o jovem aprendeu a superar os desafios diários e, por meio daarte, encontrou uma maneira de se expressar. Ele produz desenhos realistas usando lápis.

Machado descobriu o talento para o desenho quando se preparava para fazer uma cirurgia para desatrofiar as mãos. Ele sofre de epidermólise bolhosa, uma doença que se manifesta por meio de bolhas e machucados na pele que surgem com pequenos traumatismos. A operação não resolveu o problema, mas foi neste dia que ele encontrou uma forma de viver melhor.

Sentado na cadeira de rodas, concentrado, o jovem esquece dos problemas e dá uma lição de vida e demonstra exemplo de que para vencer os obstáculos é preciso apenas acreditar. Mesmo com as mãos atrofiadas, consegue em poucas horas, terminar um trabalho. Ele desenha pessoas que fazem parte do convívio dele.
Ele conta que a mãe foi a primeira figura que o inspirou. Usando uma foto, ele a reproduziu em traços de grafite com perfeições. O jovem conta que prefere os desenhos realistas. “Não gosto muito de caricatura e desenhos figurados. Antes, eu até fazia esse tipo de desenho porque ainda não conhecia a técnica de fazer realista”, comenta.

O jovem precisa de ajuda para quase todas as atividades diárias. A mãe, a dona de casa Maria Aparecida Camargo Machado, é quem cuida do rapaz. “Ele está acostumado comigo para cuidar dele. Ele não se sente bem com outra pessoa, nem mesmo o pai. Ele precisa de ajuda para ir ao banheiro, para fazer os curativos. Ele depende sempre de mim”, diz a mãe.

Apesar das dificuldades, o jovem afirma que não desiste de fazer nada. “Tudo o que eu quero fazer, eu tento primeiro antes de falar que não posso. Primeiro eu tento. Se não conseguir, tudo bem. Mas antes, tento”, diz.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Estado da Bahia adere ao Viver sem Limite e anuncia juros zero para a compra de produtos acessíveis


O governador do estado da Bahia, Jaques Wagner, assinou nesta segunda-feira (27), em Salvador, o termo de adesão ao Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência – Viver sem Limite. A adesão do estado ao plano ocorreu durante a abertura da III Conferência Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência, que prossegue até esta quarta (29), no Centro de Convenções da Bahia. O secretário nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), Antonio José Ferreira, participou da cerimônia.
Durante a solenidade, o governador Jaques Wagner anunciou que o estado, por meio da Agência de Fomento do Estado da Bahia, subsidiará o Banco do Brasil, para que a linha de Crédito BB Acessibilidade, que facilita a aquisição de produtos e tecnologias assistivas para as pessoas com deficiência com juros de 0.64%, sejam reduzidos à zero. “A presidenta Dilma Rousseff fez sua parte para melhorar a vida das pessoas com deficiência e se o estado, que historicamente isenta empresas de impostos, porque não pode complementar ação de tão grandiosa importância?”, destacou o governador.
Com a medida, a Bahia passa a ser o primeiro estado da federação a fornecer esta isenção, fortalecendo o Plano Viver sem Limite como política indutora de melhoria da qualidade de vida das pessoas com deficiência.
O Secretário Antonio José destacou algumas ações do Plano Viver sem Limite já definidas para o estado da Bahia, à exemplo da criação de dois centros de referencia e reabilitação para as cidades de Juazeiro e Barreiras, 78 ônibus acessíveis e a implantação do Centro Dia para a capital. O secretário ressaltou a importância dos estados aderirem ao Plano Viver sem Limite. “Com a contribuição dos municípios e dos estados e com o apoio e contribuição da sociedade civil com certeza faremos do Brasil um país melhor para as pessoas com deficiência”, afirmou.
Conferência – Durante a conferência serão eleitos 74 delegados que representaram o estado na etapa nacional, que ocorrerá em Brasília, no período de 3 a 6 de dezembro. De março a junho, foram realizadas as conferências territoriais. No total, aconteceram 18 encontros, que reuniram representantes dos 27 territórios de identidade da Bahia, onde foram eleitos os 240 delegados para a III Conferência Estadual.
A solenidade de abertura da conferência contou ainda com a participação do Secretário Estadual de Justiça e Cidadania e Direitos Humanos, Almiro Sena, do Cardeal da Diocese de Salvador Dom Murilo Kruger, da Defensora Pública Geral do Estado Maria Célia Padilha, do Superintendente do Banco do Brasil João Batista e do Conselheiro do Conade, Evangel Vale, além de 300 delegados de todo estado, representantes governamentais e da sociedade civil. O evento é promovida pelo Conselho Estadual da Pessoa com Deficiência (Coede), com o apoio da Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH).

domingo, 2 de dezembro de 2012

Novas postagens

Hoje estou começando a postar as noticias que são de intercineses as Pessoas com Deficiências. 

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Pessoas com deficiência reclamam das rampas e calçadas na Grande Tijuca, no Rio de Janeiro

Pedras, buracos, meio-fio alto, rampas de acesso quebradas ou inexistentes. Na Grande Tijuca, no Rio de Janeiro, são grandes as dificuldades partilhadas por deficientes físicos, mães com carrinhos de bebê e idosos. O GLOBO-Tijuca levou a gerontóloga Maria Angélica Sanchez às ruas da região e constatou que, mais que o número de irregularidades nas ruas, é o descaso que transforma num inferno a vida de quem luta além de suas limitações para ter acesso a um espaço seguro em uma calçada. Presidente do Departamento de Gerontologia da seção fluminense da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, Maria Angélica aponta a falta de rampas de acesso às calçadas como o principal problema da região. Em mais de dez ruas no entorno da estação de metrô São Francisco Xavier, as poucas encontradas estavam em estado crítico e mal posicionadas. “Em poucas ruas notamos rampas de acesso com alguma qualidade. Mas, no entorno da estação São Francisco Xavier, vimos apenas duas rampas de acesso, uma bem longe da outra”, constata. Na falta de acesso, as pessoas com deficiência acabam, muitas vezes, usando as rampas de garagem. “O pior é que, se acontecer algum acidente, a pessoa pode ser punida porque estava andando em área irregular. Essa rampa é para carro e não para pessoas”, afirma Maria Angélica. A gerontóloga afirma ainda que não é só na rua que os pedestres e cadeirantes estão correndo riscos. Nas calçadas, mesmo nas que estão em boas condições, uma grande quantidade de obstáculos também atrapalha. “Os blocos de cimento, as bancas de jornal, o chaveiro... Tudo isso consome um espaço fundamental para a circulação segura das pessoas”, enumera. Pentacampeão carioca de boxe, Will Ribeiro perdeu os movimentos do lado esquerdo do corpo depois de um acidente de moto, e passou a usar uma cadeira de rodas para se locomover. Ele conta que os buracos na calçada já o derrubaram várias vezes do equipamento. “É realmente difícil andar por aqui. Outro dia, seguindo por uma calçada cheia de buracos, uma das rodas ficou presa e eu caí”, reclama. Ribeiro não se queixa só das péssimas condições das calçadas. Ele diz que a falta de educação de motoristas, que costumam estacionar sobre o passeio ou em frente às rampas de acesso, também dificulta a locomoção. Em uma das rampas da Rua Mariz e Barros, na esquina com a Rua São Francisco Xavier, O GLOBO-Tijuca flagrou dois exemplos claros do que diz o ex-pugilista e outros moradores da região. Um táxi estacionado em frente a uma rampa de acesso, que estava destruída. Neste momento, uma mãe empurrando seu filho em uma cadeira de rodas teve que se esforçar para conseguir subir na calçada. “Tenho dificuldade de empurrar a cadeira de rodas em função do estado precário das ruas e da falta de rampas de acesso”, desabafa a dona de casa Roberta Madeira. As obras também são vilãs. Segundo a gerontóloga, elas não só prejudicam a conservação das calçadas, como acabam criando mais obstáculos. “Reformas e construções geram entulho, que é colocado dentro de caçambas. E elas acabam no meio das calçadas. É mais um obstáculo. O ideal é que o entulho seja armazenado no espaço onde a obra está sendo realizada”, explica. A aposentada Sílvia Cardoso perdeu uma das pernas e só anda com o auxílio de duas muletas. E reclama que o pouco espaço nas calçadas é mais um fator que agrava o problema da falta de rampas de acesso. “Já tenho que fazer muita força para subir nas calçadas, uma vez que não há rampas. E o lixo e o entulho abandonados na rua dificultam não só o meu acesso, mas também a caminhada na calçada. Como se não bastasse ter que lutar para me equilibrar, tenho que desviar desses obstáculos a toda hora”, lamenta. O militar aposentado Geraldo Pereira é outro tijucano insatisfeito: “Falta tudo para quem é deficiente. Existem lugares na Tijuca em que você simplesmente não pode andar. É um absurdo.” Fonte: http://extra.globo.com/

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

'Colegas' ganha o Kikito de melhor filme no Festival de Gramado

Estrelado por um trio de atores com síndrome de Down, "Colegas", de Marcelo Galvão, faturou o Kikito de melhor filme da 40ª edição do Festival de Cinema de Gramado. A cerimônia de premiação foi realizada na noite deste sábado (18/08) no Palácio dos Festivais, em Gramado (RS). De maneira leve, divertida e sem autopiedade, o road movie de Marcelo Galvão é uma aula de inclusão social. A jornada dos personagens Stallone (Ariel Goldenberg), Aninha (Rita Pokk) e Márcio (Breno Viola) arrancaram muitos risos da plateia na serra gaúcha. De longe, o filme foi o mais aplaudido durante e depois da sessão no Palácio dos Festivais. "Queria agradecer a essa equipe e a Rita, Ariel e Breno. A nossa projeção aqui foi maravilhosa. O filme foi aplaudido várias vezes em cena e de pé ao final. Isso para nós foi o maior prêmio", discursou Galvão após receber o Kikito das mãos do cineasta Arnaldo Jabor. Além de melhor filme, "Colegas" levou para casa os prêmios de direção de arte e especial do júri, para os atores Ariel, Rita e Breno. No palco, os três choraram e fizeram um discurso emocionado: "Nós somos Down perante a sociedade, mas perante Deus somos normais", disse Ariel. Exatamente como faz no filme, Breno arrancou gargalhadas da plateia: Ganhar esse periquito (Kikito) aqui é muito gratificante", brincou. Favorito dos defensores de um cinema mais autoral, "O Som ao Redor" ficou com os prêmios da crítica, do júri popular, de desenho de som e de direção, para o pernambucano Kleber Mendonça Filho. "Jorge Mautner - O Filho do Holocausto" ficou com os prêmios de roteiro - para Pedro Bial - fotografia e montagem. Na premiação de melhor ator e atriz, nenhuma surpresa. Marat Descartes, que interpreta um ator aspirante ao sucesso em "Super Nada", era imbatível. O Kikito de melhor atriz também era certo que sairia do trio de "O que se Move", Andrea Marquee, Cida Moreira ou Fernanda Vianna. Ficou com esta última. Na mostra competitiva de filmes estrangeiros, o uruguaio "Artigas, la Redota", de Cesar Charlone, levou o prêmio de melhor filme. O longa-metragem do diretor uruguaio radicado no Brasil, cuja trama retrata o herói nacional do país, faturou também os prêmios de melhor direção, melhor ator, do júri popular e da crítica. A categoria curta-metragem premiou o baiano "Menino do Cinco", de Marcelo Matos de Oliveira e Wallace Nogueira, ganhador de cinco Kikitos, incluindo o de melhor filme. O gaúcho “Casa Afogada” também saiu de Gramado com quatro prêmios, entre eles o de melhor diretor, para Gilson Vargas. Fonte: Fonte: http://g1.globo.com (Márcio Luiz) Foto: Edison Vara/Pressphoto

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

3ª Caravana da Acessibilidade debate direitos e garantias da pessoa com deficiência

Pessoas com deficiência e a sociedade civil conhecerão os programas e projetos da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência do Governo do Estado de São Paulo, no dia 18 de agosto, na cidade de Garça (SP). O seminário é o terceiro da série de 10 eventos da 3ª Caravana da Inclusão, Acessibilidade e Cidadania, promovido pela Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência e coordenado pela União dos Vereadores do Estado de São Paulo (Uvesp). O evento será realizado no auditório da Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal de Garça, com início às 9h. O evento é gratuito e dará certificado de participação. Uma vez que a Uvesp está em campanha com o Conselho Estadual de Apoio às Pessoas com Deficiência para que os candidatos formulem compromissos com as causas de inclusão em seus municípios, a organização do evento convidou prefeitos, vereadores e candidatos às prefeituras e câmaras. Para a Dra. Linamara Rizzo Battistella, secretária da Pasta, "a sociedade será mais sustentável, quando todos puderem conviver em condições de igualdade. E isso depende da sociedade civil de cada município e de suas autoridades comprometidas com a vida das pessoas". O secretário adjunto da Secretaria, Marco Pellegrini, diz que "o Brasil já está vencendo o preconceito. Estamos assistindo a cada dia, o crescimento de programas e projetos para as pessoas com deficiência". SERVIÇO: 3ª Caravana da Inclusão, Acessibilidade e Cidadania Data: 18 de Agosto - sábado. Horário: A partir das 8h30. Inscrições: No local, gratuitamente. Local: Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal de Garça - FAEF (Rua das Flores, 740) - Garça - SP

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Filme protagonizado por atores com síndrome de Down é aplaudido de pé em Gramado

O filme “Colegas”, de Marcelo Galvão, foi o que recebeu, até agora, a recepção mais calorosa do público do Festival de Gramado. Exibido nesta segunda-feira (14), o road movie sobre três jovens com síndrome de down é, segundo o diretor, direcionado à família e ao público infanto-juvenil, mas foi aplaudido de pé no final da exibição por uma plateia composta por uma maioria de adultos. Narrado por Lima Duarte, o filme retrata a aventura de Stalone, Aninha e Márcio que fogem do instituto onde vivem para realizar seus sonhos: ver o mar, casar e voar, respectivamente. Em conversa com o UOL, horas antes da exibição do longa, Galvão contou que foi criado com um tio que tem síndrome de Down, mas a ideia é que a condição fosse parte e não o foco da história. “Passei minha infância com uma pessoa fantástica. Uma criança no corpo de um adulto. Não queria fazer um filme sobre o Down, mas um filme para cima, como eu via meu tio”. Inspirados por “Thelma & Louise”, os protagonistas fazem loucuras como roubar um carro e assaltar um posto de gasolina, mas, para eles, tudo não passa de uma brincadeira. O filme de Ridley Scott não é o único citado no quinto filme de Galvão. “Colegas” faz citações a diversos filmes, umas bem óbvias, como “Cidade de Deus” e “MIB - Homens de Preto”, e outras mais subliminares, como “Blade Runner”. Em entrevista coletiva na tarde desta terça-feira (14), o diretor disse que testou mais de 300 atores com síndrome de Down até chegar nos três principais, Ariel Goldenberg, Breno Viola e Rita Pokk. Após serem escolhidos, os atores ensaiaram por quatro anos até que estivessem prontos para os personagens. “Quando eu estava triste, a Aninha também estava e quando eu ficava feliz, ela também”, contou Rita, emocionada, sobre a preparação para sua personagem. Ariel e Rita, que são casados fora das telas e vieram a Gramado para ajudar da divulgação do filme, estão confiantes em relação à aceitação do público e crítica em relação ao filme. “Quando ganhar o Kikito, vou dedica-lo à minha mãe, que me ajudou a decorar as falas”, disse Pokk. “Vai fazer muito sucesso”, acredita Ariel. Ariel também confia que o filme possa receber uns cinco Oscars e ainda fez questão de citar sua frase preferida do filme que faz referência ao clássico "Pulp Fiction": "Everybody be cool, this is a robbery!" (Fiquem calmos, isto é um assalto). A atriz Juliana Didone mostrou entrosamento com os protagonistas e disse que não pensou duas vezes em aceitar participar do filme. Ela vive uma jornalista sensacionalista que acompanha a fuga do trio. "Toparia fazer uma árvore. Foi uma experiência que vou levar para sempre", afirmou. "Colegas", que ainda tem Daniele Valente e Leonardo Miggiorin no elenco, tem previsão de estreia para novembro deste ano. Audiodescrição A exibição de “Colegas” também trouxe uma novidade a esta edição de Gramado. Os organizadores do evento ofereceram o recurso da audiodescrição, que beneficia deficientes visuais, pessoas com síndrome de Down, problemas neurológicos ou dificuldades de memorização. "Saneamento Básico", em 2007, já havia usado o recurso em Gramado. Com a iniciativa, uma fila de 25 deficientes visuais se formou no Palácio dos Festivais, na noite desta segunda (13), para acompanhar a exibição. Fonte: http://cinema.uol.com.br/ (Mariane Zendron)

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Engenheiro cria equipamento para monitorar vagas exclusivas

O engenheiro mecânico Sérgio Yamawaki criou um equipamento que monitora, por meio de um sensor instalado no asfalto, as vagas exclusivas para deficientes físicos e idosos nas ruas e estacionamentos das cidades. O protótipo será apresentado nesta quarta-feira (15), em uma feira de tecnologia, em São Paulo. Quando um carro chega na vaga, um dispositivo, que fica em um pequeno poste, reconhece o veículo e dá as boas-vindas. Se o automóvel não tiver autorização para estacionar no local, o motorista é advertido. A mensagem emitida pelo equipamento avisa que ele parou em uma vaga exclusiva e pede para que o condutor não estacione novamente na vaga. Yamawaki diz que a tecnologia é barata e o equipamento é fácil de instalar. Cada poste pode controlar mais de dez vagas nas ruas ou dentro de estacionamentos. A punição, na avaliação do engenheiro, é o constrangimento. “Na hora, ele resolve o problema, simplesmente, fazendo a pessoa pagar um mico, passar vergonha. Então, uma pessoa pode até não ligar em pagar uma multa, mas ninguém gosta de passar vergonha em público”, argumenta. A iniciativa foi aprovada Mirella Prosdócimo, que é cadeirante e idealizadora da campanha “Essa vaga não é sua nem por um minuto”. A ideia é instituir uma “multa moral”, que não pesa no bolso, mas na consciência. “Iniciativas como esta do Sérgio, eu acho que é um passo gigantesco, enorme, para benefício da gente, né?”, disse Prosdócimo. Fonte: http://g1.globo.com/parana/

domingo, 26 de agosto de 2012

Brasileiros dão nota 3,55 às calçadas de suas cidades

Após cem dias de trabalhos, a Campanha Calçadas do Brasilchega ao fim com expressiva participação de voluntários de todas as regiões do país. Iniciativa do Mobilize Brasil, movimento em prol da mobilidade sustentável, a campanha foi iniciada no dia 25 de abril deste ano, com a divulgação de levantamento inédito sobre a situação das calçadas em pontos-chave de 12 capitais brasileiras. A partir da divulgação, que obteve ampla cobertura da mídia, o público foi convidado a também avaliar as condições dessa infraestrutura em suas cidades, ruas e bairros, utilizando os mesmos parâmetros do estudo. O resultado das duas etapas da campanha são 126 pontos urbanos avaliados, totalizando 228 ruas e avenidas em 39 cidades de todas as regiões do país. A nota média dos 228 locais ficou em 3,55, número muito baixo se considerado que a nota mínima para uma calçada de qualidade aceitável é 8, segundo os critérios estabelecidos pelo Mobilize. Apenas 6,57% dos locais avaliados obtiveram nota acima desse indicador. E 70,18% das localidades avaliadas obtiveram médias abaixo de 5. De forma geral, os voluntários foram bastante críticos na avaliação de suas cidades. E vários deles enviaram comentários e fotos sobre situações degradantes. Alguns atribuíram notas às calçadas de cidades como um todo e não a uma rua ou avenida. É o caso de Palmas (TO), Araguaína (TO), Florianópolis (SC), Itapema (SC), Santos (SP), Cascavel (PR), Caxias do Sul (RS), Eldorado do Sul (RS), Juazeiro do Norte (CE), Porto Velho (RO), Pará de Minas (MG) e Ananindeua (PA). Como se tratam das únicas referências disponíveis, as notas foram consideradas. Para permitir a colaboração de cidadãos na campanha Calçadas do Brasil, o Mobilize disponibilizou, no portal www.mobilize.org.br, formulário idêntico ao utilizado por seus avaliadores na primeira fase da campanha e ferramenta para publicação dos resultados e de imagens. Os itens avaliados nas duas fases, para os quais foram atribuídas notas de zero a dez, foram: irregularidades no piso, largura mínima de 1,20 m, degraus que dificultam a circulação, obstáculos (como postes, telefones públicos, lixeiras, bancas etc), existência de rampas de acessibilidade, Iluminação, sinalização para pedestres, e paisagismo para proteção e conforto. Os resultados da campanha serão agora repassados aos Ministérios Públicos, prefeituras e ao Ministério das Cidades. O primeiro a receber cópia do documento foi o promotor Maurício Lopes, do Ministério Público de São Paulo. Lopes aderiu ao pleito e comprometeu-se a participar do Seminário Mobilize, em novembro próximo. A campanha Calçadas do Brasil Chamar a atenção da opinião pública para o problema da má qualidade, falta de manutenção e até ausência das calçadas no país, e estimular as pessoas a denunciar os problemas em suas cidades e pressionar as autoridades. Foram esses os propósitos da Campanha Calçadas do Brasil. “Calçadas com boa qualidade são um equipamento fundamental para a mobilidade urbana sustentável. Ainda mais no Brasil, onde, segundo o IBGE (2010), cerca de 30% das viagens cotidianas são realizadas a pé”, afirma o coordenador da campanha, Marcos de Sousa. Segundo Marcos, calçadas devem ser suficientemente largas e, sempre que possível, protegidas por arborização para conforto de quem anda sob o sol. E bem iluminadas, para quem caminha à noite. E ainda, devem ser complementadas por faixas de segurança, equipamento básico para a travessia segura das ruas. Além disso, semáforos especiais, placas de sinalização e outros equipamentos de segurança podem ser necessários nas vias de maior movimento. “Alguns pensadores afirmam que se pode medir o nível de civilização de um povo pela qualidade das calçadas de suas cidades. E há quem diga que a qualidade das calçadas públicas é melhor indicador de desenvolvimento humano do que o próprio IDH. Afinal, as cidades são feitas para pessoas, seres humanos que primordialmente caminham”, justifica Acesse o relatório completo Acesse o resumo do relatório

sábado, 25 de agosto de 2012

Paraná formaliza adesão ao plano nacional para pessoas com deficiência

O governo do Paraná aderiu ao Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência – Viver sem Limite e encaminhará ao governo federal as 40 propostas aprovadas na 3ª Conferência Estadual da Pessoa com Deficiência, encerrada na noite de terça-feira (14/08), em Curitiba. O documento foi assinado na abertura do encontro, pelo vice-governador e secretário da Educação, Flávio Arns, e pelo secretário nacional de Promoção da Pessoa com Deficiência, José Antônio Ferreira. O plano prevê investimentos de R$ 7,6 bilhões em políticas públicas voltado às pessoas com deficiência em todo o País. O Viver sem Limites engloba quatro eixos de atuação: acesso à educação, atenção à saúde, inclusão social e acessibilidade. Arns lembrou que o governador Beto Richa criou um grupo de trabalho intersecretarial para acompanhar a execução do plano nacional no Paraná. A secretária da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Maria Tereza Uille Gomes, afirmou que muitas ações já são desenvolvidas para proporcionar vida mais digna às pessoas com deficiência e aos seus familiares. Ela citou a criação da comissão intersecretarial para garantir a acessibilidade em todos os órgãos públicos estaduais. “O grupo concluiu o levantamento dos espaços públicos que necessitam de adaptação e as obras já estão sendo realizadas”, afirmou Maria Tereza. José Antônio Ferreira explicou que todas as políticas de governo devem ser dirigidas principalmente aos mais pobres. “Entre os 45 milhões de pessoas que apresentam alguma deficiência há milhões que sequer sabem que têm direitos. Temos o dever de representar essas pessoas que nem informação têm”, destacou. Propostas A 3.ª Conferência Estadual da Pessoa com Deficiência reuniu mais de 300 representantes do governo estadual, de prefeituras e organizações sociais, em Curitiba. As 40 propostas aprovadas foram entregues ao governo estadual nesta quarta-feira (15) que irá encaminhá-las a Brasília. As decisões podem ser conferidas no site www.seju.pr.gov.br. O encontro foi organizado pelo Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência do Paraná (Coede) e pela Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos. Foram analisadas 164 propostas em quatro eixos temáticos. Um deles abrange educação, esporte, cultura, lazer, trabalho e reabilitação profissional. Outro, acessibilidade, comunicação, transporte e moradia. Saúde, prevenção, reabilitação, órteses e próteses foram discutidas em um dos grupos, e segurança e acesso à Justiça, em outro. Foram escolhidas 10 propostas para cada eixo, como indicativos de políticas públicas nas três esferas de governo: federal, estadual e municipal. A conferência aprovou, por unanimidade, moção de apoio ao anteprojeto de lei que cria o Estatuto da Pessoa com Deficiência do Paraná. O documento foi elaborado pela Secretaria da Justiça e pela Vice-Governadoria, em conjunto com organizações sociais. Foram realizadas nove audiências públicas em todo o Estado, resultando num documento com 290 artigos que traduzem os direitos fundamentais da pessoa com deficiência. O anteprojeto do Estatuto deverá ser enviado em breve à Assembleia Legislativa. NACIONAL – Foram eleitos 44 delegados para a 3ª Conferência Nacional, que será feita em Brasília, de 3 a 6 de dezembro, com o tema “Um olhar através da Convenção da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência: Novas perspectivas e desafios”. São 22 representantes dos governos estadual e municipais e 22 da sociedade civil, que vão ajudar a definir ações prioritárias que possam ser desenvolvidas e aplicadas em âmbito nacional. Fonte: http://www.aen.pr.gov.br

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Feira internacional promove a melhoria da qualidade de vida de pessoas com deficiência

O evento REABILITAÇÃO – Feira Internacional de Produtos, Equipamentos, Serviços e Tecnologia para Reabilitação, Prevenção e Inclusão começa nesta quarta-feira (15/08), no Palácio das Convenções do Anhembi, zona norte de São Paulo. Com o objetivo de trocar informações e experiências, além de apresentar novos produtos e serviços para as pessoas com deficiência, o evento busca ampliar a discussão e trazer um novo olhar sobre a realidade dos mais de 45 milhões de brasileiros (9 milhões somente na cidade de São Paulo) que têm algum tipo de deficiência e que enfrentam dificuldades de acesso à saúde, ao trabalho, a atividades culturais e sociais. O evento acontecerá em duas frentes: como feira de negócios e como fórum de discussão de questões técnicas e políticas relacionadas às pessoas com deficiência e mobilidade reduzida. Mais de 100 empresas nacionais e internacionais apresentarão seus novos produtos, equipamentos e serviços para conhecimento dos profissionais que atuam neste setor. O público do evento será formado por especialistas em Fisiatria, Fonoaudiologia, Ortopedia, Traumatologia, Neurologia, Psiquiatria, Fisioterapia, Psicologia, Terapia Ocupacional, Implantes Cirúrgicos e outros. Também participam dirigentes de hospitais, clínicas, centros de reabilitação, instituições de ensino e pesquisa, indústrias, redes de varejo especializado, órgãos públicos e de governos. Muito mais do que gerar negócios, a proposta da REABILITAÇÃO é mostrar para a indústria as oportunidades de atuação neste nicho e oferecer troca de experiências para os profissionais como foco na funcionalidade, qualidade, design, resistência e custo dos produtos disponíveis no mercado. Atualmente, pouco mais de 30 empresas em todo o País dedicam-se exclusivamente à produção de equipamentos e produtos para pessoas com deficiência. A oferta é reduzida, os preços pouco acessíveis e as alternativas nacionais nem sempre atendem às necessidades e expectativas dos usuários. A médica e empresária Dra. Waleska Santos, presidente da REABILITAÇÃO, destaca que “essa indústria precisa de mais força, pois enfrenta uma forte concorrência internacional. Queremos mostrar para quem fabrica que existe espaço, que esse público está carente de produtos e vamos atuar junto com o setor para mudar políticas e paradigmas”. Visibilidade e apoio ao setor Recentemente, comemorou-se 30 anos de movimentos reivindicatórios por maior acessibilidade e por políticas específicas para o setor. Somado ao trabalho que já é desenvolvido pela Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo e pelas demais organizações envolvidas nesta iniciativa, a REABILITAÇÃO vem para criar um movimento ainda maior em prol do avanço das políticas de atendimento, inclusão social e melhoria da qualidade de vida. “As pessoas com deficiência devem ser vistas como um mercado consumidor em expansão. Ao discutir e apresentar tecnologia que traz qualidade de vida e maior funcionalidade, alcançamos a incrível visibilidade que garante que elas saiam definitivamente da invisibilidade e ocupe seu papel fundamental na sociedade”, ressalta a Dra. Linamara Rizzo Battistella, Secretária de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo – que é também a presidente de honra da REABILITAÇAO Feira e Fórum. A Dra. Waleska Santos ressalta ainda que o evento vai chamar a atenção para o tamanho e para as características específicas deste mercado, pois a feira atuará na construção de um novo conceito para toda a cadeia produtiva do setor. “O resultado será uma maior oferta de produtos e serviços, mais fornecedores oferecendo qualidade e melhores preços em benefício das pessoas com deficiência”. A Rodada de Negócios em Tecnologia Assistiva O Fórum Nacional de Gestores de Inovação e Transferência de Tecnologia (FORTEC) promoverá a primeira rodada de negócios voltada exclusivamente para tecnologia assistiva, dentro do 4º Encontro Internacional de Tecnologia e Inovação para Pessoas com Deficiência, durante a Reabilitação Feira + Fórum. A Rodada de Negócios FORTEC mostrará uma gama de soluções em tecnologia assistiva que já foram desenvolvidas por entidades renomadas, como o Instituto Nacional de Telecomunicações (INATEL), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), Universidade Federal da Bahia (UFBA), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Serviço Nacional de Aprendizagem Profissional (SENAI-RS), Universidade de São Paulo (USP), entre outras. Fórum profissional especializado O fórum REABILITAÇÃO, por sua vez, vai reunir especialistas de todo o Brasil em dois congressos de medicina física e reabilitação profissional, um seminário internacional sobre tecnologia em órteses e próteses e um encontro internacional de tecnologia e inovação para pessoas com deficiência. Quatro importantes eventos de atualização profissional acontecerão conjuntamente com a REABILITAÇÃO Feira e Fórum: XXIII Congresso Brasileiro de Medicina Física e Reabilitação, 4° Encontro Internacional de Tecnologia e Inovação para pessoas com deficiência, 6° Congresso de Reabilitação Profissional e II Seminário Internacional ABOTEC e ISPO-Brasil de Técnologia em Órteses / Próteses Ortopédicas e Reabilitação. Números do setor* • Existem hoje 1 bilhão de pessoas com deficiência no mundo, 45 milhões no Brasil e 9 milhões só no Estado de São Paulo. A esse cenário somam-se 14 milhões de brasileiros com mais de 65 anos, que também apresentam limitações de mobilidade. • Perfil da população brasileira: 76% sem deficiência; 23,9% com uma deficiência; 13,7% com deficiência leve; 3,5% com deficiência severa ou total; 2,7% com mais de uma deficiência leve; 3,4% com mais de uma deficiência severa. (*) Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), Banco Mundial e Censo IBGE 2010. Serviço: REABILITAÇÃO 10ª Feira Internacional de Produtos, Equipamentos, Serviços e Tecnologia para Reabilitação, Prevenção e Inclusão Data: 15 a 17 de agosto de 2012 Horário: das 10h às 19h Local: Palácio das Convenções do Anhembi – São Paulo Evento exclusivo para profissionais do setor. Não é aberto ao público em geral. Mais informações: www.reabilitacao.com

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Proposta amplia obrigatoriedade de exame de capacidade auditiva em recém-nascidos

A Câmara analisa projeto que obriga as unidades dos sistemas de saúde público e privado que realizam partos a fazer exame de capacidade auditiva em todos os recém-nascidos. Pela proposta (Projeto de Lei 3203/12), do deputado Eliseu Padilha (PMDB-RS), os recém-nascidos com sinais de deficiência auditiva deverão ser imediatamente encaminhados para tratamento especializado. A lei 12.303/10 já prevê a gratuidade do chamado “exame do ouvidinho” em todas as maternidades e hospitais brasileiros. A lei, originada de projeto do ex-deputado e atual senador Inácio Arruda (PCdoB-CE), torna obrigatória e gratuita a realização do exame denominado Emissões Otoacústicas Evocadas (teste do ouvidinho) em todos os hospitais e maternidades do País, nas crianças nascidas em suas dependências. O exame detecta precocemente alguns problemas auditivos e deve ser realizado 24 horas após o nascimento. Rápido e indolor, o teste é feito por meio de um estímulo acústico na orelha do bebê. Pelo projeto de Eliseu Padilha, as penas pelo descumprimento da norma vão da advertência ou multa ao cancelamento da licença de funcionamento da unidade de saúde. A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) apoia a triagem auditiva neonatal universal. Eliseu Padilha lembra que a falta de capacidade auditiva é um empecilho para a integração da pessoa ao ambiente. Desde o desenvolvimento intrauterino, a criança consegue ouvir vozes e sons, em especial os do corpo materno, ressalta o autor do projeto. “Quando a perda auditiva se manifesta ao nascer, é imprescindível detectá-la com rapidez, sob o risco de comprometer não somente a fala, mas todas as relações da pessoa, além de serem remotas as chances de se conseguir recuperação total”, acrescenta o deputado. Na população geral, estima-se que de 1 a 3 em cada 1000 recém-nascidos apresentem perdas auditivas, diz ainda Padilha. Fatores de risco O autor do projeto ressalta que algumas situações representam maior risco de surdez: história familiar, anomalias cromossômicas, estadia em UTI neonatal, infecções congênitas como herpes, sífilis, toxoplasmose e rubéola. “No entanto, muitas crianças com déficit auditivo não apresentam nenhum fator de risco, o que faz com que a avaliação auditiva seja recomendada para todo recém-nascido”, justifica Eliseu Padilha. De acordo com o deputado, as intervenções iniciadas até os seis meses de idade possibilitam a aquisição de linguagem muito próxima da considerada normal. Tramitação O projeto será analisado, em caráter conclusivo, pelas comissões de Seguridade Social e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Fonte: Agência Câmara de Notícias

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Ingressos para os Jogos Paralímpicos de Londres devem esgotar em breve

Os ingressos para acompanhar de perto os Jogos Paralímpicos de Londres 2012, que terão início no próximo dia 29 de agosto, devem se esgotar em breve, de acordo com informações do jornal britânico The Times. Já foram vendidos 2,2 milhões de ingressos e a expectativa é que os 300 mil restantes se esgotem antes da cerimônia de abertura do evento, segundo os organizadores. Sebastian Coe, presidente do Comitê Organizador dos Jogos, afirmou na última segunda-feira (13/08) que as entradas se esgotarão e que os espectadores ficarão assombrados com a qualidade dos eventos esportivos. Os números já superam a procura por ingressos registrada nas últimas edições das Paralimpíadas. Em Atenas (2004), foram vendidos 850 mil ingressos, já em Pequim (2008) esse número subiu para 1,8 milhão. Fonte: olimpiadas.uol.com.br Foto: Peter Macdiarmi/Getty Images

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Chegada de um animal de estimação em casa melhora comportamento de crianças autistas

Uma pesquisa publicada no começo de agosto, no periódico PLoS One, mostrou que o contato com animais de estimação pode ter um efeito positivo no comportamento de crianças autistas. Segundo especialistas do Centro de Pesquisa do Hospital de Brest, na França, pessoas com a síndrome que passam a ter um cão ou um gato, por exemplo, depois dos cinco anos de idade podem apresentar um melhor relacionamento com outras pessoas do que os indivíduos que já nascem em lares com a presença algum bicho ou que passam a vida sem conviver com um. No artigo, os autores explicam que, embora a terapia envolvendo contato com animais já venha sendo recomendada a crianças com autismo há algum tempo, os resultados concretos dessa abordagem nunca haviam sido estudados. Participaram da pesquisa 260 indivíduos de seis a 34 anos que tinham a síndrome. As pessoas que passaram a ter algum animal de estimação a partir dos cinco anos de idade apresentaram melhora em alguns aspectos específicos do comportamento social: elas se sentiam mais confortáveis e se mostravam mais solidárias quando se relacionavam com outras pessoas do que pacientes que nunca tiveram um animal. Os participantes que já nasceram em casas com a presença de animais também mostraram uma melhor relação social, embora menos intensa do que o outro grupo. Para os autores do estudo, esses resultados devem incentivar outras pesquisas que aprofundem os mecanismos envolvidos na relação entre pessoas com autismo e animais. CONHEÇA A PESQUISA Título original: Does Pet Arrival Trigger Prosocial Behaviors in Individuals with Autism? Onde foi divulgada: periódico PLoS One Quem fez: Marine Grandgeorge, Sylvie Tordjman, Alain Lazartigues, Eric Lemonnier, Michel Deleau e Martine Hausberger Instituição: Hospital de Brest, França Dados de amostragem: 260 pessoas com autismo Resultado: Pessoas com autismo que passaram a ter animais de estimação a partir dos cinco anos de idade se relacionam melhor socialmente do que quem nunca conviveu com algum bicho de estimação. Embora de forma menos intensa, quem nasce em lares com animais também apresentam melhora Fonte: Veja

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Projetos aumentam punição para violência sexual contra crianças com deficiência

O Código Penal (Decreto-lei 2.848/40) já estabelece uma pena maior quando a violência sexual atinge pessoas com deficiência. O estupro, por exemplo, tem pena de reclusão de 6 a 10 anos, aumentando para de 8 a 15 anos nos casos de menores e de pessoas com deficiência mental ou que não possam oferecer resistência. Na Câmara, alguns projetos atualmente em análise pretendem aumentar as penas para crimes contra crianças com deficiência. O Projeto de Lei 660/11, da deputada Nilda Gondim (PMDB-PB), modifica o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA - Lei 8.069/90) para aumentar as penas para crimes ou infrações administrativas cometidas contra crianças ou adolescentes com deficiência. Em crimes como entregar filho a terceiro mediante recompensa ou filmar cena de sexo envolvendo criança ou adolescente, as penas serão aumentadas em 1/3. Para as infrações administrativas, como deixar de comunicar às autoridades suspeita de maus-tratos contra criança ou adolescente, a pena será acrescida em 1/4 das já previstas para os jovens sem deficiência. Autismo Outra proposta em tramitação para aumentar a punição aos infratores é o Projeto de Lei 1631/11, que cria a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista. O texto equipara os autistas, para todos os efeitos legais, às pessoas com deficiência. A relatora do projeto na Comissão de Seguridade Social e Família, deputada Mara Gabrilli (PSDB-SP), alterou o texto original para tipificar como crime qualquer forma de castigo corporal, ofensa psicológica ou tratamento degradante imposto à criança ou ao adolescente com deficiência física, sensorial, intelectual ou mental, como forma de correção, disciplina e educação. O crime será punível com detenção de seis meses a dois anos. Já o Projeto de Lei 4207/12, do deputado Romário (PSB-RJ), aumenta a pena para quem cometer abuso ou violência sexual contra crianças com deficiência. “É preciso que o agressor seja impedido de continuar praticando esse crime hediondo e silencioso”, diz o parlamentar. Sem julgamento Para o deputado Eduardo Barbosa (PSDB-MG), não adianta aumentar a pena – é preciso fazer a lei ser cumprida. “Falta julgamento para os casos de violência. Vimos casos de juízes que absolveram o réu, sendo que na defesa havia a alegação de que a criança era sem-vergonha”, disse ao relatar casos da CPMI do Abuso Sexual da qual fez parte em 2004. Ele foi presidente da Federação Nacional das Associações de Pais e Amigos de Excepcionais (Fenapaes), secretário de Trabalho, da Assistência Social, da Criança e do Adolescente do Estado de Minas Gerais, de 1995 a 1998. Fonte: Agência Câmara de Notícias Foto: Arquivo / Saulo Cruz

domingo, 5 de agosto de 2012

Número de pessoas com deficiência aumenta em cidades como São José dos Campos (SP) e Taubaté (SP)

Segundo o último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de pessoas com deficiência aumentou em São José dos Campos, (SP). De acordo com a pesquisa, realizada em 2010, 22% da população da cidade tem algum tipo de deficiência. O número passou de 62 mil para 140 mil pessoas. O índice engloba as deficiências visual, auditiva, motora, física e intelectual. Segundo a prefeitura, o aumento na porcentagem de pessoas com deficiência é devido à mudança na metodologia da pesquisa do IBGE. Em Taubaté (SP), atualmente são 67 mil pessoas com algum tipo de deficiência, que representam 24% da população. Em 2000, eram 29 mil pessoas, ou 12 % dos moradores. Luiz Antônio da Silva, Assessor de Políticas para Pessoa com Deficiência de São José, fala sobre as adaptações que já foram feitas. “Os grandes locais de fluxo de pessoas, já estão adaptados. Os nossos equipamentos esportivos, muitos prédios públicos já são adaptados. Os cursos oferecidos para pessoas com deficiência são cursos inclusivos, as nossas escolas já tem todo um aparato técnico para isso. Então a maior questão a ser resolvida é a atitude das pessoas”, explicou. As academias ao ar livre, instaladas por toda a cidade, possuem equipamentos adaptados. Mas, para as pessoas que têm alguma deficiência física, chegar até algumas delas é uma ginástica difícil. O aposentado e cadeirante, Benedito Parente, procura uma explicação para essa dificuldade enfrentada. “Projetos novos, como esse do Urbanova, não dá para entender porque não contemplar, de imediato, o novo projeto com acesso para pessoa com cadeira de rodas”, questiona. Fonte: G1

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Chip criado no Brasil pode permitir que pessoas com deficiência voltem a andar

Em Avatar, filme dirigido por James Cameron, o ex-fuzileiro Jake Sully (interpretado por Sam Worthington) é paraplégico. Mas, quando decide participar do programa que dá nome ao filme, suas conexões neurais o conectam a um avatar e então ele consegue andar. No cinema, isso só ocorre quando o cérebro de Sully consegue controlar, de forma virtual, o seu avatar no belo mundo de Pandora. No mundo real, apesar de muitos estudos científicos sobre o tema, ainda não é possível fazer uma pessoa com as limitações de Jake Sully voltar a andar. Mas cientistas brasileiros estimam que isso pode começar a ocorrer em 2030. A ideia de pesquisadores do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC), da Universidade de São Paulo (USP), é que um chip seja implantado na parte mais externa do córtex cerebral. Quando for ativado, esse dispositivo poderá comandar os movimentos de uma pessoa com deficiência física por meio de um exoesqueleto (espécie de esqueleto artificial feito de metais resistentes). "À medida que um campo magnético mantido fora da cabeça se aproximasse desse chip, ele iria se energizar e passaria a ler e enviar os comandos do cérebro para fora, utilizando essa mesma energia", explicou Mario Alexandre Gazziro, professor do Departamento de Ciência da Computação da USP. O mecanismo está sendo estudado por um grupo de pesquisadores de São Carlos, no interior de São Paulo, do qual participa Gazziro. A pesquisa está sendo desenvolvida em parceria com a Universidade do Sul da Flórida, nos Estados Unidos, com a participação do professor Stephen Saddow. "Certamente essa é a solução mais promissora para fazer com que, por meio de esqueletos mecânicos ou robotizados, paraplégicos e pessoas com outras deficiências voltem a andar", disse o professor da USP. Atualmente, segundo ele, o que existe em termos de experimento nesse sentido é a instalação de eletrodos no cérebro. "O que se faz é colocar o eletrodo dentro do cérebro, diretamente, nos experimentos. Não está disponível comercialmente nem aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)", lembrou Gazziro. O novo chip, no entanto, funcionaria de forma semelhante ao sistema implantado no personagem Neo, do filme Matrix, mas sem o uso de um fio. "Imagine que aquela conexão na cabeça que é feita nos personagens do filme seria feita só de se chegar próximo à cabeça. Esta é a nossa proposta: uma interface em que colocamos um chip dentro do cérebro e 'conversamos' com o chip só de chegarmos próximo", disse. Além do chip sem fio, uma condição para que um paraplégico volte a andar, nessa situação, será o desenvolvimento de exoesqueletos. "Precisará ter um exoesqueleto, um esqueleto robótico para movimentar perna e braço. Esse exoesqueleto teria uma antena, escondida embaixo do cabelo. O chip seria colocado em uma região específica do córtex. E a pessoa aprenderia a usar aquele membro eletrônico. Seria como aprender a andar de novo", explicou o professor. Segundo Gazziro, a tecnologia de criação do exoesqueleto está bem encaminhada. A pesquisa, que será desenvolvida no instituto durante três anos, pretende focar no desenvolvimento de chips sem fio e de baixo consumo. Eles serão feitos com material biocompatível, como o carbeto de silício, que, segundo a equipe de pesquisa coordenada por Saddow, tem a propriedade necessária para desenvolver uma interface cerebral. "É um chip especificamente desenhado para ser interligado ao córtex motor. O que fazemos aqui é uma complementação do estudo do professor Miguel Nicolelis (que pretende construir um exoesqueleto robótico, comandado diretamente pelo cérebro, para que pessoas com paralisia voltem a andar), que tem conhecimento das pesquisas feitas em São Carlos. O que fazemos é propor uma solução para tirar o fio que atualmente seria usado em uma interface cerebral", disse o professor. O estudo está dividido em duas partes. A primeira aborda a questão da biocompatibilidade, que já foi resolvida pela universidade norte-americana. A outra, considerada um gargalo no mundo científico, trata da redução do consumo de energia pelo chip, o que ficará a cargo dos pesquisadores da USP. "Em parceria com o pessoal do sul da Flórida, estamos desenvolvendo novas técnicas para baixar o consumo do chip de forma que, nos próximos quatro ou cinco anos, consigamos ter um com pouca energia conseguindo funcionar dentro do cérebro", disse o professor. Depois de desenvolvido, o chip de baixo consumo será testado em ratos. "Nossa estimativa é que implantar o chip em ser humano com sucesso possa vir a se tornar corriqueiro no dia a dia em torno de 2030. O processo de validação para humanos leva mais de dez anos. Estamos com o plano de terminar nossos chips entre 2018 e 2020. A partir daí, serão mais dez anos de estudos clínicos para poder validar para uso comercial", explicou. O estudo, denominado Interface Neural Implantável, foi aprovado pelo programa Ciência sem Fronteiras, do governo federal, e tem apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). "Atualmente temos R$ 250 mil, que acabaram de ser aprovados. E estamos pleiteando mais R$ 2 milhões nos próximos anos. Mas, como vamos usar a fábrica de chip experimental da Flórida, esses R$ 250 mil já vão ser suficientes para fazer os primeiros. Não estamos com carência de recursos. Para cumprir essa meta, para os primeiros chips, esse orçamento já cobre. Mas estamos pedindo mais orçamento para aprimorar e construir processos de fabricação industrial aqui", disse Gazziro. Além de possibilitar que, no futuro, pessoas com deficiência possam voltar a andar, o projeto pretende impulsionar a pesquisa e a indústria nacional. "Se esse projeto for bem administrado, mantendo a propriedade intelectual e fazendo a transferência para a indústria, ajudará não só as pessoas, mas a indústria médica no país. O interessante seria dar incentivo para que empresas nacionais, via incubadoras, fabricassem esses sistemas, podendo gerar renda", destacou o professor. Fonte: invertia.terra.com.br/terra-da-diversidade

quarta-feira, 25 de julho de 2012

MP recomenda regularização na educação para pessoas com deficiência no Rio de Janeiro

A 1ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Proteção à Educação da Capital oficiou recomendação ao município do Rio de Janeiro, com 15 medidas a serem adotadas, para regularizar o sistema educacional para pessoas com deficiência. O município tem 120 dias de prazo para a comprovação das providências adotadas. A recomendação é uma medida jurídica extrajudicial prevista na Lei da Ação Civil Pública e tem como objetivo resolver problemas que afetem direitos coletivos sem a necessidade de acionar a Justiça. Segundo informações do Ministério Público Estadual, as ações recomendadas deverão ser executadas para facilitar o acesso de pessoas com deficiência às escolas. Elas abrangem desde a prioridade na matrícula até o número máximo de alunos com deficiência matriculados em creches da capital. A recomendação prevê ainda que o município disponibilize matrículas, também no horário diurno, para as pessoas com deficiência, maiores de 17 anos, em escolas perto de suas residências e que aloque, no máximo, dois alunos com deficiência nas classes regulares de creches até o 9° ano do ensino fundamental. Fonte: http://www.jb.com.br

terça-feira, 24 de julho de 2012

TAM será a primeira no mundo a ter banheiros com acessibilidade em aeronaves narrow body

A TAM será o primeiro cliente da Airbus em todo o mundo a receber aeronaves da Família A320 com uma nova opção de cabine que vai beneficiar o passageiro com mobilidade reduzida. A novidade da Airbus, chamada de Space-Flex, permitirá um uso mais eficiente do volume na parte traseira da cabine, com dois sanitários e uma galley (nome da área dedicada à armazenagem e manuseio de alimentos e bebidas nas aeronaves) menor. Pela primeira vez na história das aeronaves narrow body (de corredor único), o novo layout permite que os dois sanitários localizados na traseira do avião sejam facilmente convertidos em um, adaptado para pessoas com mobilidade reduzida. Ao todo, 39 novas aeronaves da TAM estarão equipadas com o Space-Flex e serão entregues à companhia a partir do último trimestre de 2013. Os aviões da Família A320 operam principalmente nas rotas domésticas da empresa.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Pesquisa avalia impacto da educação inclusiva na pré-escola

Vivenciar a experiência da educação inclusiva na pré-escola pode promover a abertura em relação ao diferente e evitar o preconceito de forma duradoura, aponta uma pesquisa feita no Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP). A pesquisa qualitativa foi feita com seis alunos com idades entre 7 e 16 anos egressos de uma creche pública com características inclusivas e ambiente diversificado. Além de crianças com deficiência, a instituição situada na cidade de São Paulo atende alunos de diferentes classes sociais e etnias. “A ideia era entrevistar esses alunos, agora no ensino fundamental e em escolas diferentes, para avaliar se a experiência da educação inclusiva pré-escolar teve impacto em suas atitudes e valores”, contou Marie Claire Sekkel, coordenadora da pesquisa que teve apoio da Fapesp. Segundo Sekkel, a investigação teve como base diversas teorias da psicologia que apontam as experiências vividas na infância como fundamentais para definir as características mais marcantes do caráter de uma pessoa. “Todos os entrevistados demonstraram uma abertura para se relacionar com pessoas significativamente diferentes em suas novas escolas. Nesse conceito estão incluídas não apenas deficiências físicas e intelectuais, mas também orientação sexual, religião, etnia, classe social e demais questões que caracterizam o diferente”, disse. Também foi possível observar pelas entrevistas que os estudantes percebem claramente as situações que fogem da norma, mas não as veem como algo negativo. “Eles não têm a ideia preconcebida de que uma pessoa com deficiência, por exemplo, é triste ou insatisfeita. Percebemos nos relatos uma relação de respeito”, contou Sekkel. Os entrevistados também demonstraram agir de forma diferenciada no ambiente escolar. “Enquanto a maioria das pessoas se cala diante de uma cena de discriminação ou agressão, eles se preocupam e alguns interferem na tentativa de ajudar. Isso mostra que a formação foi capaz de criar uma consciência suficientemente forte para desencadear também ações e compromissos”, disse. Essa abertura para com o diferente, de acordo com a pesquisadora, manteve-se independentemente dos valores familiares. “Há algo comum na educação dessas crianças para o qual a escola exerce forte determinação. Isso mostra o potencial das instituições de educação na formação desses alunos”, disse. Sekkel pretende agora investigar também o impacto dessa experiência pré-escolar inclusiva nos pais dos alunos. “A fase pré-escolar é quando os pais estão mais próximos da criança e da escola. Então tudo o que acontece com os alunos acaba influenciando a vida familiar”, disse. Fonte: http://exame.abril.com.br/

domingo, 22 de julho de 2012

Lei de Cotas completa 21 anos e mostra que inclusão é possível

Na terça-feira (24 de julho), um ato público celebra os 21 anos da Lei de Cotas, com shows e feira de serviços no Pátio do Colégio, centro de São Paulo, das 10h às 14h. Atualmente, existem cerca de 306 mil pessoas com deficiência formalmente empregadas no Brasil. Desse total, mais de 223 mil foram contratadas graças à Lei de Cotas, que no próximo dia 24 de julho, completa 21 anos de existência. A chamada Lei de Cotas (artigo 93 da lei 8.213) estabelece que toda empresa com cem funcionários ou mais deve destinar 2% a 5% (numa escala crescente, proporcional ao número de funcionários) dos postos de trabalho a pessoas com deficiência. Desde que entrou em vigor, a lei já transformou a vida de milhares de brasileiros, que tiveram ampliadas as chances de entrar no mercado de trabalho, reduzindo o preconceito que imperava no ambiente profissional. Para comemorar a data, instituições públicas, privadas e da sociedade civil promovem um ato no Pátio do Colégio, região central de São Paulo. De 10h às 14h, artistas com deficiência e lideranças do segmento se revezarão num palco montado no local. Também haverá estandes de órgãos públicos esclarecendo sobre direitos e serviços voltados às pessoas com deficiência. Faltam 700 mil empregos Embora haja muito a comemorar, essas 306 mil carteiras assinadas ainda representam apenas 0,7% do total de empregos formais do país. Muito pouco diante dos 46 milhões de brasileiros com algum tipo de deficiência, sendo 29 milhões em idade economicamente ativa. Além disso, se todas as empresas cumprissem a Lei de Cotas, deveríamos ter hoje no Brasil mais de 900 mil pessoas com deficiência empregadas. Ou seja, a legislação atingiu menos de um quarto de seu potencial. Mitos ainda atrapalham Especialistas em inclusão profissional avaliam que os resultados poderiam ser melhores se alguns mitos fossem derrubados e o país resolvesse problemas estruturais. Um desses mitos é o de que esses trabalhadores seriam menos produtivos que os demais e que a adequação do local de trabalho geraria custos excessivos ao empregador. Na verdade, o investimento para adequação do local de trabalho não costuma exigir mais que a mudança de altura de uma mesa para um cadeirante ou instalação de um software leitor de tela, permitindo o acesso de uma pessoa cega ao computador. Em outras palavras, a mudança mais importante é a de atitude. Com o tempo, o convívio diário com os colegas e a chefia trata de eliminar qualquer estranhamento. Outro argumento muito utilizado pelos críticos da Lei de Cotas é o de que não haveria candidatos com nível escolar e capacitação profissional para preencher as vagas oferecidas. Mas os organizadores do ato destacam que este é um problema que afeta todos os trabalhadores. Afinal, assim como a maioria dos brasileiros, muitas pessoas com deficiência não tiveram acesso a uma educação de qualidade ou não puderam avançar nos estudos. Por isso, sobram vagas no mercado de trabalho em geral e não entre as geradas pela Lei de Cotas. Serviço ATO EM COMEMORAÇÃO AOS 21 ANOS DA LEI DE COTAS Dia 24 de julho – 10h às 14h Pátio do Colégio – Centro - São Paulo Fonte: http://www.pessoacomdeficiencia.sp.gov.br

sábado, 21 de julho de 2012

Cadeirantes descem ladeira no III Skate na Velocidade

De 13 a 15 de julho, acontece em Santana de Parnaíba, São Paulo, o 3º Skate na Velocidade. Organizado pela Prefeitura da cidade, por meio da Coordenadoria Municipal da Juventude (COMUJUV). Será realizada competição internacional de Downhill e o evento ainda contará com campeonato de inclusão em que atletas com deficiência física participam. Por meio da parceria com o Movimento Superação, pelo segundo ano seguido, o evento recebe atletas cadeirantes. Eles descem os 500 metros de ladeira em cima de suas cadeiras das 15h30 às 16hs no domingo 15 de julho. Sobre o evento: Esse tipo de competição costuma acontecer em lugares montanhosos e afastados, a ideia do torneio é trazer para o centro urbano os campeonatos e permitir a proximidade do público. Em uma ladeira de 500 metros, localizada na Avenida Brasil, os atletas disputarão em três modalidades: Speed (amador e profissional), slide (amador) e Street Luge. A pontuação conquistada no Speed, que é uma das principais etapas do ano, será computada ao Ranking Brasileiro de Skate, que qualifica os principais atletas no programa do governo federal Bolsa Atleta. Com patrocínio das marcas Onbongo, Mad Rats e Skate Até Morrer, os oito atletas melhores classificados receberão troféu, medalhas, vestimentas e equipamentos para a prática do esporte, na categoria Speed Profissional haverá prêmio em dinheiro no valor total de R$ 5 mil. Os visitantes terão acesso livre e gratuito a Arena Extreme que contará com palco e apresentação do Grupo Z’África Brasil (ZuluZ'África, Gaspar, Pichô, Funk Buia e DJ Meio Kilo). Também ao logo do evento, intervenções de grafiteiros brasileiros acontecem na área, o público presente poderá assistir apresentações de Moto Cross Free Style e BMX que acontecem na mini rampa instalada no local. A edição de 2012 já conta com mais de 200 inscritos e vai reunir os melhores atletas do Brasil como o gaúcho Douglas da Lua, que é considerado o atleta mais rápido do planeta. Douglas fechou 2011 como penta campeão Brasileiro consecutivo, bi campeão Sul Americano e vice campeão Mundial entrando no ranking mundial IGSA em número 2. Sobre as Modalidades: Downhill significa: Down=descer; Hill=colina. O Speed é considerada a “Fórmula 1” do esporte, vence o atleta que descer a ladeira e cruzar a linha de chegada primeiro. Neste circuito, é possível chegar até 95 km/h. Já no Slide as manobras fazem as rodas do skate deslizarem no asfalto, incluindo rotações e variações do corpo na busca da técnica correta. O Longboard (Open) tem ganhando adeptos, o que muda em comparação ao skate tradicional é o tamanho do shape (prancha), o que conta nessa modalidade é o estilo. Street luge (Open) surgiu no sul da Califórnia – EUA, quando os atletas descobriram que poderiam alcançar velocidades maiores se descessem as ladeiras deitados em seus skates O recorde mundial de velocidade neste esporte já ultrapassa os 130km/h sem motor ou tração. Serviço: 3º Skate na Velocidade Data: de 13 a 15 de julho de 2012: Endereço: Avenida Brasil – Centro – Santana de Parnaíba – SP Horários: no dia 13, abertura das 19h a meia-noite; e 14 e 15 de julho, das 9h às 20h. Inscrições: devem ser feitas através do site http://www.skatenavelocidade.com.br/index.php?pag=cadastre-se. Podem participar dos torneiros maiores de 16 anos, menores de idade precisam de autorização dos pais ou responsáveis.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Projeto vai monitorar mercado para pessoas com deficiência

A inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho é um desafio para a sociedade brasileira, ainda mais depois que o último Censo (de 2010) feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)apontou que quase um quarto da população tem alguma deficiência. Para garantir a inclusão é preciso ter dados da realidade e monitorá-la. É isso que propõe o projeto Modem (Monitoramento da Inserção da Pessoa com Deficiência no Mercado de Trabalho), da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e da Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência. O projeto foi apresentado por Hélio Zylberstajn, da Universidade de São Paulo (USP), durante a palestra "A Lei de Cotas e a Inclusão de Trabalhadores com Deficiência nos Hospitais", realizado pela secretaria no último dia 22. O Modem tem dois principais objetivos. O primeiro deles é o de criar indicadores da inserção das pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Estes indicadores devem idealmente ter a propriedade de, ao mesmo tempo em que descrevam a inserção do grupo alvo, comparem-no com os demais grupos de trabalhadores. Com estes dados, será criado um mapa do emprego e o trabalho das pessoas com deficiência e também acompanhar sua evolução ao longo do tempo. O segundo objetivo é desenhar o perfil do emprego das pessoas com deficiência, para completar o mapa. Os dados atuais dizem pouco sobre as condições de trabalho oferecidas, apesar de serem bastante úteis para compreender onde as pessoas com deficiência trabalham, quais ocupações exercem e em quais atividades estão inseridas. Entre as perguntas que o projeto pretende responder, as empresas que contratam pessoas com deficiência oferecem a estas pessoas as mesmas oportunidades de crescimento na carreira? Oferecem as mesmas oportunidades de treinamento e desenvolvimento? As vagas ocupadas por essas pessoas são diferentes das vagas ocupadas pelos demais empregados? Os salários e benefícios são os mesmos para os dois grupos ou existe um diferencial na remuneração? Para alcançar o segundo objetivo e responder aos questionamentos citados, o projeto irá realizar pesquisa de campo junto a uma amostra de empresas. Em cada empresa selecionada, será feito um levantamento dos empregados com deficiência e será estabelecida a comparação desse grupo com os demais empregados, nos diversos aspectos da relação de emprego. Fonte: http://invertia.terra.com.br/terra-da-diversidade/ (Marina Pita)

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Celular avisa cego que ônibus chegou ao ponto em São Carlos (SP)

Todos os dias de manhã, o professor de informática Ailton Alves Guimarães, 38, que é cego, usa o transporte público em São Carlos (232 km de São Paulo) para ir às aulas de programação que ele frequenta no Senac. Até 15 dias atrás, ao chegar ao ponto de embarque, ele precisava parar todos os ônibus para perguntar aos motoristas qual era a linha daquele veículo e certificar-se de que era o que necessitava. Desde a semana passada, porém, Guimarães conta com outra ajuda: uma voz eletrônica sai do celular dele e diz quanto tempo falta para que o ônibus chegue ao ponto. O aplicativo instalado no aparelho faz parte de um sistema criado para tornar mais fácil a vida de cegos que usam o serviço e já atinge toda a frota de ônibus do transporte público de São Carlos. O sistema usado nos celulares de São Carlos é inédito no país, segundo a prefeitura e o Grupo Criar, empresa responsável pelo software. No Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência, são cerca de 200 deficientes visuais cadastrados na cidade. Com o programa já instalado em um celular, o passageiro indica o número de uma ou mais linhas que pretende utilizar e também a numeração do ponto de embarque. Em 40 pontos selecionados entre os mais utilizados pelos deficientes, como os que ficam perto de escolas, hospitais e shoppings, foram colocados números indicativos em braile e em relevo. Após alimentar o programa com os dados, o celular passa a emitir avisos sonoros indicando a distância do ônibus em relação ao local de espera, o tempo estimado e o número de pontos que faltam para o veículo chegar. AUTONOMIA MAIOR "Isso dá uma autonomia que antes eu não tinha", diz Guimarães. Segundo ele, a maioria dos deficientes visuais já se adaptou ao celular, com programas que leem os caracteres das telas. O custo para o usuário é o do envio de um torpedo SMS, para instalação do programa. A criação do software ocorreu a pedido da Prefeitura de São Carlos, diz o dono da empresa, Sérgio Soares. Isso ocorreu há três meses, quando a empresa esteve na prefeitura interessada em outra área, a de gerenciamento do serviço de zona azul. O programa foi colocado em funcionamento em São Carlos sem custos para a prefeitura. A empresa, porém, já vislumbra um mercado e iniciou testes em Ribeirão Preto, Santos e Curitiba (PR). Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/ (Leandro Martins)

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Albino pede academias ao ar livre para deficientes e espaço digital para idosos

O vereador Albino Mendes (PR) quer estender o benefício das academias ao ar livre a um maior número de pessoas em Dourados, incluindo portadores de deficiências físicas, visuais e cadeirantes nesse projeto que se espalha pelo Brasil. Em indicação ao prefeito Murilo Zauith e secretarias competentes, ele sugeriu a instalação dos equipamentos em pontos estratégicos como praças, Cepers e postos de saúde da cidade. Vereador Albino Mendes também defende a inclusão digital das pessoas idosas - Foto – Eder Gonçalves “Iniciativas como academias ao ar livre para a comunidade e para a terceira idade estão por toda parte, mas um grupo está excluído: o dos dEFICIENTEs físicos, visuais e cadeirantes. É necessário que estes também façam parte deste grupo, e tenham um espaço apropriado, podendo tirar proveito da atividade física que tantos benefícios trazem para a saúde”, defende o vereador. “Sabemos que as academias são ferramentas que contribuem para prevenção dos mais diversos males. Quando incentivamos a pessoa a sair do sedentarismo, a iniciar uma atividade física e melhorar sua alimentação, estamos trabalhando para que ela fique menos doente”, justifica, lembrando que outro objetivo desse novo espaço é promover maior socialização do dEFICIENTE físico. “Muitas vezes, o cadeirante é prisioneiro em sua própria casa. Não sai porque os acessos são difíceis e porque não encontra local onde possa se sentir inserido como qualquer outra pessoa”, diz, lembrando que desde junho de 2009 está em vigor a Lei nº 11.928, que obriga parques públicos e privados a adaptar 5% dos brinquedos e equipamentos e identificá-los para utilização de usuários com deficiência. Idosos Outra sugestão do vereador Albino Mendes ao prefeito Murilo e sua equipe é a implantação do Espaço de Convivência Digital para o Idoso. “Ter acesso ao computador, mexer nos programas, navegar pela Internet e pelos sites pode ser algo ainda distante da realidade de muitos idosos. Pensando nisso, estamos indicando para as autoridades competentes, a criação do Espaço de Convivência Digital para o Idoso”, explica. Albino entende que esta iniciativa possibilitaria oferecer cursos gratuitos de informática básica para pessoas com mais de 60 anos, proporcionando aos idosos a interação com o mundo virtual e com alguns aplicativos da vida moderna. “Esse projeto proporcionará aos idosos o contato com uma série de informações que até então, muitos talvez, não tenham acesso; além de ajudar para que realizem algumas tarefas que exigem esse tipo de conhecimento, como os serviços de banco, por exemplo”, diz Albino.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Empresa de transporte é condenada por não prestar serviço adequado a deficiente

Um estudante paulistano entrou com uma ação contra a SPTrans, empresa de transporte público de São Paulo. A SPTrans oferece o serviço Atende, destinado a usuários com comprometimento motor, mas, de acordo com o estudante, o serviço não foi prestado de maneira adequada por mais de dois meses. O Juizado Especial de Itaquera condenou o órgão a indenizar o estudante em R$ 12.440,00. Cabe recurso. O passageiro usava o serviço para se deslocar entre sua casa e a faculdade. Com a mudança dos horários de algumas disciplinas no final da graduação, no ano passado, ele pediu a alteração dos horários do serviço, que foi atendida apenas dois meses depois. No período em que não teve o serviço da SPTrans à disposição, o estudante precisou da companhia integral da mãe para utilizar dois ônibus e um metrô, levando em média três horas para chegar a cada destino. De acordo com o Tribunal de Justiça de São Paulo, a empresa alegou que para a alteração de viagem ser devidamente atendida era necessária a elaboração de um estudo prévio para encaixe às rotas existentes. O juiz Eduardo Francisco Marcondes reconheceu a ilegalidade da conduta da empresa e em entrevista deu um depoimento que eu achei fantástico e fiz questão de trazê-lo na íntegra. "Não é moleza ser deficiente, seja físico, seja mental, seja sensorial ou de qualquer outra natureza. Se é duro para os amigos e vizinhos, imagina para os parentes e para os pais. Mas eu garanto que isso não chega nem aos pés do que sofre o próprio deficiente, porque estamos falando da vida dele". Marcondes encerrou a sua fala citando privilégios e a organização logística que o Estado viabiliza para seus governantes: "O Estado se organizou para atender a mudança de itinerário do vereador, do deputado, do senador, do desembargador, do ministro, no mesmo momento em que é feita a solicitação, mas esse mesmo Estado não tem uma resposta digna para dar ao deficiente e acha que ele tem que aturar a alegação de que todos devem ser tratados de forma igual", afirmou o juiz e acrescentou: "Igual a quem, "cara pálida"? A resposta é "igual a quem não tem direitos respeitados por esse Estado". Alguém de Curitiba que já ficou na mão gostaria de contar a sua história? Você acha que uma ação como essa por aqui teria que efeito? *Entre em contato com o autor no blog. Escreva para inclusilhado@hotmail.com.

domingo, 15 de julho de 2012

A HORA É AGORA

Paralisia cerebral: dos aspectos físicos à inclusão social

Paralisia cerebral, também conhecida como PC, é a lesão ocorrida nas áreas motoras do sistema nervoso, afetando o comando do cérebro. A condição pode ocorrer em algumas áreas do cérebro, como o cerebelo, caso em que o equilíbrio é prejudicado; ou no sistema piramidal, quando ocorre o tipo mais comum de paralisia, e a mobilidade voluntária da pessoa é afetada. Em ambos os casos, as consequências físicas refletem-se em dificuldades sociais e psicológicas, tanto para o paciente quanto para sua família. Pesquisas da USP indicam caminhos possíveis para lidar com a questão. Causas, tratamento e prevenção A neurologista infantil Clarissa Bueno, do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP (FMSUP) explica que além das diferentes áreas do cérebro, a doença também pode ser provocada por diversos motivos, que incluem asfixia, hemorragia intra-craniana, má-formação fetal e infecções. Segundo ela, as causas também influem na gravidade das malformações físicas dos pacientes. “No caso de hemorragias, as partes mais afetadas são os membros inferiores. Em casos de asfixia, o comprometimento costuma ser nos quatro membros e eventualmente na área de cognição”, explica a médica. A reabilitação dos pacientes, baseada em fisioterapia, fonoaudiologia e terapia ocupacional – para o treinamento de movimentos rotineiros – consegue, em casos menos graves, bons resultados. “No caso de paralisias hemorrágicas, é possível que o paciente volte até mesmo a andar”. Em alguns casos, é necessário aplicar relaxantes musculares, assim como toxinas botulínicas, para facilitar o movimento muscular nas áreas atingidas. Visando diminuir os riscos de paralisia nos recém-nascidos – que no Brasil atinge hoje cerca de atinge cerca de 10 em cada 100 mil crianças – a neurologista ressalta a necessidade de manter um maior acompanhamento da saúde da gestante. “Os exames de rotina, estudos da condição de saúde da gestante e o pré-natal são indispensáveis, além da existência de boas condições para o parto”, declara Clarissa. Inclusão social e escolarA paralisia cerebral vai além dos problemas físicos e cognitivos. A criança portadora da doença, ao crescer, enfrenta dificuldades diárias para interagir com os colegas e frequentar escolas de educação regular, já que muitas não estão preparadas para recebê-las de uma forma inclusiva. Ticiana Melo de Sá Roriz, terapeuta ocupacional e especialista em desenvolvimento infantil, apontou em seu mestrado da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP que as dificuldades são verificadas em dois aspectos: ambientais/arquitetônicos e atitudinais. O primeiro caso diz respeito à estrutura física. “Devemos repensar sobre a própria estrutura como nossa sociedade se organiza em termos de acessibilidade, muitas vezes ineficaz ou inexiste”, comenta. O segundo fator baseia-se na atitude e no comportamento da escola e da própria família. “Muitas vezes a família acaba optando, mesmo inconscientemente, pela super-proteção, impedindo a criança de circular nos diversos espaços sociais”, aponta. Para que a inclusão realmente ocorra, Ticiana acha que o primeiro e principal passo é acreditar que a inclusão é possível. “A inclusão não pode ser assegurada apenas pela vontade de um ou outro professor. A escola tem que ser inclusiva”. Para a terapeuta, a escola deve se preparar tanto na eliminação de barreiras arquitetônicas, aquisição de recursos de adaptação e acessibilidade, quanto na formação continuada de professores e funcionários. Mas seria redundante falar em escola inclusiva? “Se pensarmos que a escola é um direito garantido a todas as crianças brasileiras, chegaríamos à conclusão que sim. A filosofia trazida por esse paradigma deveria ter estado presente desde sempre”, aponta Ticiana. A conclusão é que a sociedade precisa mudar sua forma de enxergar pessoas com deficiências, não só crianças com paralisia infantil, mas com qualquer tipo de deficiência. “O mundo em que estamos inseridos é repleto de pessoas com características diversas e é isso que o torna tão rico. Aprender a lidar com a diferença deveria estar no currículo escolar e de vida de cada um de nossos pequenos”, completa ela. Sobrecarga nas famílias Não é somente a criança com paralisia cerebral que passa por dificuldades. Sua família também é impactada por essa situação, sofrendo grandes mudanças nos hábitos de vida. Foi a partir dessa constatação que a pesquisadora e fisioterapeuta Manuela Oliveira Santos Rosset procurou identificar e descrever a sobrecarga a que estão submetidas essas famílias, em seu mestrado defendido na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP. “A doença requer que os familiares do paciente passem a colocar as suas próprias necessidades e desejos em segundo plano, vivenciando mudanças no estilo de vida e podendo sofrer dos mesmo problemas que a criança”, afirma Rosset. Ela identificou como principais dificuldades a possível demora da aceitação do diagnóstico pelos pais, a falta de comunicação entre estes e os profissionais de saúde e a falta de acesso aos serviços destinados ao atendimento – o que pode estar relacionado com o perfil socioeconômico da família. “A classe social afeta o modo pelo qual os membros da família organizam sua vida diária e como enfrentam os desafios e crises. A maioria dos familiares ressalta que a condição financeira é essencial no tratamento da criança, pois a família com renda mensal mais baixa enfrenta problemas maiores”, comenta. Assim, a pesquisadora concluiu que as famílias devem ser orientadas pelos profissionais de saúde, de modo que a sobrecarga possa ser minimizada, ressaltando também a importância da figura do “cuidador” – uma pessoa que possa aliar o conhecimento do especialista com a prática cotidiana. “Quando a criança faz parte de uma unidade familiar, o profissional deve programar o tratamento, visando a beneficiar tanto a criança como sua família”, completa. Fonte: http://www5.usp.br/editorias/noticias/

sábado, 14 de julho de 2012

Projeto reserva vagas no setor público para pessoas com síndrome de Down

A Câmara analisa o Projeto de Lei 3513/12, do deputado William Dib (PSDB-SP), que obriga o poder público, em todos os níveis, a reservar no mínimo 2% das vagas de seus quadros de pessoal para pessoas com síndrome de Down. O processo seletivo terá critérios especiais estabelecidos por uma equipe multiprofissional. Segundo o projeto, essa equipe será formada por representantes da Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência (Corde), das secretarias estaduais e municipais correspondentes e das instituições locais de amparo ao excepcional, legalmente reconhecidas. Capacidade Os departamentos de Recursos Humanos e de Saúde dos órgãos empregadores e um especialista indicado pela equipe multiprofissional serão responsáveis por avaliar a capacidade do candidato para o desempenho das atividades no serviço público. Caso seja considerado inapto, o interessado poderá recorrer em três dias úteis, a contar do conhecimento da decisão. O projeto determina que as vagas não preenchidas por pessoas com síndrome de Down sejam utilizadas por pessoas que tenham outras deficiências. Segundo William Dib, estima-se que a síndrome de Down – ocorrência genética natural – acontece em 1 a cada 700 nascimentos. “Por motivos ainda desconhecidos, durante a gestação, as células do embrião são formadas com 47 cromossomos no lugar dos 46 que se formam normalmente”, explica. O deputado relata que o governo do Distrito Federal editou lei em 1995 para prever a reserva de vagas para essas pessoas. Na iniciativa privada, ele lembra que a Lei8.213/91 obriga empresas com mais de 100 funcionários a destinar entre 2% e 5% de seus postos de trabalho a pessoas com deficiência. Tramitação O projeto tramita apensado ao PL 5218/09, que também prevê reserva de vagas para pessoas com deficiência no serviço público. As propostas serão analisadas pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois serão votadas em Plenário. Fonte: Agência Câmara de Notícias