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quinta-feira, 26 de julho de 2012

Chip criado no Brasil pode permitir que pessoas com deficiência voltem a andar

Em Avatar, filme dirigido por James Cameron, o ex-fuzileiro Jake Sully (interpretado por Sam Worthington) é paraplégico. Mas, quando decide participar do programa que dá nome ao filme, suas conexões neurais o conectam a um avatar e então ele consegue andar. No cinema, isso só ocorre quando o cérebro de Sully consegue controlar, de forma virtual, o seu avatar no belo mundo de Pandora. No mundo real, apesar de muitos estudos científicos sobre o tema, ainda não é possível fazer uma pessoa com as limitações de Jake Sully voltar a andar. Mas cientistas brasileiros estimam que isso pode começar a ocorrer em 2030. A ideia de pesquisadores do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC), da Universidade de São Paulo (USP), é que um chip seja implantado na parte mais externa do córtex cerebral. Quando for ativado, esse dispositivo poderá comandar os movimentos de uma pessoa com deficiência física por meio de um exoesqueleto (espécie de esqueleto artificial feito de metais resistentes). "À medida que um campo magnético mantido fora da cabeça se aproximasse desse chip, ele iria se energizar e passaria a ler e enviar os comandos do cérebro para fora, utilizando essa mesma energia", explicou Mario Alexandre Gazziro, professor do Departamento de Ciência da Computação da USP. O mecanismo está sendo estudado por um grupo de pesquisadores de São Carlos, no interior de São Paulo, do qual participa Gazziro. A pesquisa está sendo desenvolvida em parceria com a Universidade do Sul da Flórida, nos Estados Unidos, com a participação do professor Stephen Saddow. "Certamente essa é a solução mais promissora para fazer com que, por meio de esqueletos mecânicos ou robotizados, paraplégicos e pessoas com outras deficiências voltem a andar", disse o professor da USP. Atualmente, segundo ele, o que existe em termos de experimento nesse sentido é a instalação de eletrodos no cérebro. "O que se faz é colocar o eletrodo dentro do cérebro, diretamente, nos experimentos. Não está disponível comercialmente nem aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)", lembrou Gazziro. O novo chip, no entanto, funcionaria de forma semelhante ao sistema implantado no personagem Neo, do filme Matrix, mas sem o uso de um fio. "Imagine que aquela conexão na cabeça que é feita nos personagens do filme seria feita só de se chegar próximo à cabeça. Esta é a nossa proposta: uma interface em que colocamos um chip dentro do cérebro e 'conversamos' com o chip só de chegarmos próximo", disse. Além do chip sem fio, uma condição para que um paraplégico volte a andar, nessa situação, será o desenvolvimento de exoesqueletos. "Precisará ter um exoesqueleto, um esqueleto robótico para movimentar perna e braço. Esse exoesqueleto teria uma antena, escondida embaixo do cabelo. O chip seria colocado em uma região específica do córtex. E a pessoa aprenderia a usar aquele membro eletrônico. Seria como aprender a andar de novo", explicou o professor. Segundo Gazziro, a tecnologia de criação do exoesqueleto está bem encaminhada. A pesquisa, que será desenvolvida no instituto durante três anos, pretende focar no desenvolvimento de chips sem fio e de baixo consumo. Eles serão feitos com material biocompatível, como o carbeto de silício, que, segundo a equipe de pesquisa coordenada por Saddow, tem a propriedade necessária para desenvolver uma interface cerebral. "É um chip especificamente desenhado para ser interligado ao córtex motor. O que fazemos aqui é uma complementação do estudo do professor Miguel Nicolelis (que pretende construir um exoesqueleto robótico, comandado diretamente pelo cérebro, para que pessoas com paralisia voltem a andar), que tem conhecimento das pesquisas feitas em São Carlos. O que fazemos é propor uma solução para tirar o fio que atualmente seria usado em uma interface cerebral", disse o professor. O estudo está dividido em duas partes. A primeira aborda a questão da biocompatibilidade, que já foi resolvida pela universidade norte-americana. A outra, considerada um gargalo no mundo científico, trata da redução do consumo de energia pelo chip, o que ficará a cargo dos pesquisadores da USP. "Em parceria com o pessoal do sul da Flórida, estamos desenvolvendo novas técnicas para baixar o consumo do chip de forma que, nos próximos quatro ou cinco anos, consigamos ter um com pouca energia conseguindo funcionar dentro do cérebro", disse o professor. Depois de desenvolvido, o chip de baixo consumo será testado em ratos. "Nossa estimativa é que implantar o chip em ser humano com sucesso possa vir a se tornar corriqueiro no dia a dia em torno de 2030. O processo de validação para humanos leva mais de dez anos. Estamos com o plano de terminar nossos chips entre 2018 e 2020. A partir daí, serão mais dez anos de estudos clínicos para poder validar para uso comercial", explicou. O estudo, denominado Interface Neural Implantável, foi aprovado pelo programa Ciência sem Fronteiras, do governo federal, e tem apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). "Atualmente temos R$ 250 mil, que acabaram de ser aprovados. E estamos pleiteando mais R$ 2 milhões nos próximos anos. Mas, como vamos usar a fábrica de chip experimental da Flórida, esses R$ 250 mil já vão ser suficientes para fazer os primeiros. Não estamos com carência de recursos. Para cumprir essa meta, para os primeiros chips, esse orçamento já cobre. Mas estamos pedindo mais orçamento para aprimorar e construir processos de fabricação industrial aqui", disse Gazziro. Além de possibilitar que, no futuro, pessoas com deficiência possam voltar a andar, o projeto pretende impulsionar a pesquisa e a indústria nacional. "Se esse projeto for bem administrado, mantendo a propriedade intelectual e fazendo a transferência para a indústria, ajudará não só as pessoas, mas a indústria médica no país. O interessante seria dar incentivo para que empresas nacionais, via incubadoras, fabricassem esses sistemas, podendo gerar renda", destacou o professor. Fonte: invertia.terra.com.br/terra-da-diversidade

quarta-feira, 25 de julho de 2012

MP recomenda regularização na educação para pessoas com deficiência no Rio de Janeiro

A 1ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Proteção à Educação da Capital oficiou recomendação ao município do Rio de Janeiro, com 15 medidas a serem adotadas, para regularizar o sistema educacional para pessoas com deficiência. O município tem 120 dias de prazo para a comprovação das providências adotadas. A recomendação é uma medida jurídica extrajudicial prevista na Lei da Ação Civil Pública e tem como objetivo resolver problemas que afetem direitos coletivos sem a necessidade de acionar a Justiça. Segundo informações do Ministério Público Estadual, as ações recomendadas deverão ser executadas para facilitar o acesso de pessoas com deficiência às escolas. Elas abrangem desde a prioridade na matrícula até o número máximo de alunos com deficiência matriculados em creches da capital. A recomendação prevê ainda que o município disponibilize matrículas, também no horário diurno, para as pessoas com deficiência, maiores de 17 anos, em escolas perto de suas residências e que aloque, no máximo, dois alunos com deficiência nas classes regulares de creches até o 9° ano do ensino fundamental. Fonte: http://www.jb.com.br

terça-feira, 24 de julho de 2012

TAM será a primeira no mundo a ter banheiros com acessibilidade em aeronaves narrow body

A TAM será o primeiro cliente da Airbus em todo o mundo a receber aeronaves da Família A320 com uma nova opção de cabine que vai beneficiar o passageiro com mobilidade reduzida. A novidade da Airbus, chamada de Space-Flex, permitirá um uso mais eficiente do volume na parte traseira da cabine, com dois sanitários e uma galley (nome da área dedicada à armazenagem e manuseio de alimentos e bebidas nas aeronaves) menor. Pela primeira vez na história das aeronaves narrow body (de corredor único), o novo layout permite que os dois sanitários localizados na traseira do avião sejam facilmente convertidos em um, adaptado para pessoas com mobilidade reduzida. Ao todo, 39 novas aeronaves da TAM estarão equipadas com o Space-Flex e serão entregues à companhia a partir do último trimestre de 2013. Os aviões da Família A320 operam principalmente nas rotas domésticas da empresa.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Pesquisa avalia impacto da educação inclusiva na pré-escola

Vivenciar a experiência da educação inclusiva na pré-escola pode promover a abertura em relação ao diferente e evitar o preconceito de forma duradoura, aponta uma pesquisa feita no Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP). A pesquisa qualitativa foi feita com seis alunos com idades entre 7 e 16 anos egressos de uma creche pública com características inclusivas e ambiente diversificado. Além de crianças com deficiência, a instituição situada na cidade de São Paulo atende alunos de diferentes classes sociais e etnias. “A ideia era entrevistar esses alunos, agora no ensino fundamental e em escolas diferentes, para avaliar se a experiência da educação inclusiva pré-escolar teve impacto em suas atitudes e valores”, contou Marie Claire Sekkel, coordenadora da pesquisa que teve apoio da Fapesp. Segundo Sekkel, a investigação teve como base diversas teorias da psicologia que apontam as experiências vividas na infância como fundamentais para definir as características mais marcantes do caráter de uma pessoa. “Todos os entrevistados demonstraram uma abertura para se relacionar com pessoas significativamente diferentes em suas novas escolas. Nesse conceito estão incluídas não apenas deficiências físicas e intelectuais, mas também orientação sexual, religião, etnia, classe social e demais questões que caracterizam o diferente”, disse. Também foi possível observar pelas entrevistas que os estudantes percebem claramente as situações que fogem da norma, mas não as veem como algo negativo. “Eles não têm a ideia preconcebida de que uma pessoa com deficiência, por exemplo, é triste ou insatisfeita. Percebemos nos relatos uma relação de respeito”, contou Sekkel. Os entrevistados também demonstraram agir de forma diferenciada no ambiente escolar. “Enquanto a maioria das pessoas se cala diante de uma cena de discriminação ou agressão, eles se preocupam e alguns interferem na tentativa de ajudar. Isso mostra que a formação foi capaz de criar uma consciência suficientemente forte para desencadear também ações e compromissos”, disse. Essa abertura para com o diferente, de acordo com a pesquisadora, manteve-se independentemente dos valores familiares. “Há algo comum na educação dessas crianças para o qual a escola exerce forte determinação. Isso mostra o potencial das instituições de educação na formação desses alunos”, disse. Sekkel pretende agora investigar também o impacto dessa experiência pré-escolar inclusiva nos pais dos alunos. “A fase pré-escolar é quando os pais estão mais próximos da criança e da escola. Então tudo o que acontece com os alunos acaba influenciando a vida familiar”, disse. Fonte: http://exame.abril.com.br/

domingo, 22 de julho de 2012

Lei de Cotas completa 21 anos e mostra que inclusão é possível

Na terça-feira (24 de julho), um ato público celebra os 21 anos da Lei de Cotas, com shows e feira de serviços no Pátio do Colégio, centro de São Paulo, das 10h às 14h. Atualmente, existem cerca de 306 mil pessoas com deficiência formalmente empregadas no Brasil. Desse total, mais de 223 mil foram contratadas graças à Lei de Cotas, que no próximo dia 24 de julho, completa 21 anos de existência. A chamada Lei de Cotas (artigo 93 da lei 8.213) estabelece que toda empresa com cem funcionários ou mais deve destinar 2% a 5% (numa escala crescente, proporcional ao número de funcionários) dos postos de trabalho a pessoas com deficiência. Desde que entrou em vigor, a lei já transformou a vida de milhares de brasileiros, que tiveram ampliadas as chances de entrar no mercado de trabalho, reduzindo o preconceito que imperava no ambiente profissional. Para comemorar a data, instituições públicas, privadas e da sociedade civil promovem um ato no Pátio do Colégio, região central de São Paulo. De 10h às 14h, artistas com deficiência e lideranças do segmento se revezarão num palco montado no local. Também haverá estandes de órgãos públicos esclarecendo sobre direitos e serviços voltados às pessoas com deficiência. Faltam 700 mil empregos Embora haja muito a comemorar, essas 306 mil carteiras assinadas ainda representam apenas 0,7% do total de empregos formais do país. Muito pouco diante dos 46 milhões de brasileiros com algum tipo de deficiência, sendo 29 milhões em idade economicamente ativa. Além disso, se todas as empresas cumprissem a Lei de Cotas, deveríamos ter hoje no Brasil mais de 900 mil pessoas com deficiência empregadas. Ou seja, a legislação atingiu menos de um quarto de seu potencial. Mitos ainda atrapalham Especialistas em inclusão profissional avaliam que os resultados poderiam ser melhores se alguns mitos fossem derrubados e o país resolvesse problemas estruturais. Um desses mitos é o de que esses trabalhadores seriam menos produtivos que os demais e que a adequação do local de trabalho geraria custos excessivos ao empregador. Na verdade, o investimento para adequação do local de trabalho não costuma exigir mais que a mudança de altura de uma mesa para um cadeirante ou instalação de um software leitor de tela, permitindo o acesso de uma pessoa cega ao computador. Em outras palavras, a mudança mais importante é a de atitude. Com o tempo, o convívio diário com os colegas e a chefia trata de eliminar qualquer estranhamento. Outro argumento muito utilizado pelos críticos da Lei de Cotas é o de que não haveria candidatos com nível escolar e capacitação profissional para preencher as vagas oferecidas. Mas os organizadores do ato destacam que este é um problema que afeta todos os trabalhadores. Afinal, assim como a maioria dos brasileiros, muitas pessoas com deficiência não tiveram acesso a uma educação de qualidade ou não puderam avançar nos estudos. Por isso, sobram vagas no mercado de trabalho em geral e não entre as geradas pela Lei de Cotas. Serviço ATO EM COMEMORAÇÃO AOS 21 ANOS DA LEI DE COTAS Dia 24 de julho – 10h às 14h Pátio do Colégio – Centro - São Paulo Fonte: http://www.pessoacomdeficiencia.sp.gov.br

sábado, 21 de julho de 2012

Cadeirantes descem ladeira no III Skate na Velocidade

De 13 a 15 de julho, acontece em Santana de Parnaíba, São Paulo, o 3º Skate na Velocidade. Organizado pela Prefeitura da cidade, por meio da Coordenadoria Municipal da Juventude (COMUJUV). Será realizada competição internacional de Downhill e o evento ainda contará com campeonato de inclusão em que atletas com deficiência física participam. Por meio da parceria com o Movimento Superação, pelo segundo ano seguido, o evento recebe atletas cadeirantes. Eles descem os 500 metros de ladeira em cima de suas cadeiras das 15h30 às 16hs no domingo 15 de julho. Sobre o evento: Esse tipo de competição costuma acontecer em lugares montanhosos e afastados, a ideia do torneio é trazer para o centro urbano os campeonatos e permitir a proximidade do público. Em uma ladeira de 500 metros, localizada na Avenida Brasil, os atletas disputarão em três modalidades: Speed (amador e profissional), slide (amador) e Street Luge. A pontuação conquistada no Speed, que é uma das principais etapas do ano, será computada ao Ranking Brasileiro de Skate, que qualifica os principais atletas no programa do governo federal Bolsa Atleta. Com patrocínio das marcas Onbongo, Mad Rats e Skate Até Morrer, os oito atletas melhores classificados receberão troféu, medalhas, vestimentas e equipamentos para a prática do esporte, na categoria Speed Profissional haverá prêmio em dinheiro no valor total de R$ 5 mil. Os visitantes terão acesso livre e gratuito a Arena Extreme que contará com palco e apresentação do Grupo Z’África Brasil (ZuluZ'África, Gaspar, Pichô, Funk Buia e DJ Meio Kilo). Também ao logo do evento, intervenções de grafiteiros brasileiros acontecem na área, o público presente poderá assistir apresentações de Moto Cross Free Style e BMX que acontecem na mini rampa instalada no local. A edição de 2012 já conta com mais de 200 inscritos e vai reunir os melhores atletas do Brasil como o gaúcho Douglas da Lua, que é considerado o atleta mais rápido do planeta. Douglas fechou 2011 como penta campeão Brasileiro consecutivo, bi campeão Sul Americano e vice campeão Mundial entrando no ranking mundial IGSA em número 2. Sobre as Modalidades: Downhill significa: Down=descer; Hill=colina. O Speed é considerada a “Fórmula 1” do esporte, vence o atleta que descer a ladeira e cruzar a linha de chegada primeiro. Neste circuito, é possível chegar até 95 km/h. Já no Slide as manobras fazem as rodas do skate deslizarem no asfalto, incluindo rotações e variações do corpo na busca da técnica correta. O Longboard (Open) tem ganhando adeptos, o que muda em comparação ao skate tradicional é o tamanho do shape (prancha), o que conta nessa modalidade é o estilo. Street luge (Open) surgiu no sul da Califórnia – EUA, quando os atletas descobriram que poderiam alcançar velocidades maiores se descessem as ladeiras deitados em seus skates O recorde mundial de velocidade neste esporte já ultrapassa os 130km/h sem motor ou tração. Serviço: 3º Skate na Velocidade Data: de 13 a 15 de julho de 2012: Endereço: Avenida Brasil – Centro – Santana de Parnaíba – SP Horários: no dia 13, abertura das 19h a meia-noite; e 14 e 15 de julho, das 9h às 20h. Inscrições: devem ser feitas através do site http://www.skatenavelocidade.com.br/index.php?pag=cadastre-se. Podem participar dos torneiros maiores de 16 anos, menores de idade precisam de autorização dos pais ou responsáveis.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Projeto vai monitorar mercado para pessoas com deficiência

A inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho é um desafio para a sociedade brasileira, ainda mais depois que o último Censo (de 2010) feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)apontou que quase um quarto da população tem alguma deficiência. Para garantir a inclusão é preciso ter dados da realidade e monitorá-la. É isso que propõe o projeto Modem (Monitoramento da Inserção da Pessoa com Deficiência no Mercado de Trabalho), da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e da Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência. O projeto foi apresentado por Hélio Zylberstajn, da Universidade de São Paulo (USP), durante a palestra "A Lei de Cotas e a Inclusão de Trabalhadores com Deficiência nos Hospitais", realizado pela secretaria no último dia 22. O Modem tem dois principais objetivos. O primeiro deles é o de criar indicadores da inserção das pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Estes indicadores devem idealmente ter a propriedade de, ao mesmo tempo em que descrevam a inserção do grupo alvo, comparem-no com os demais grupos de trabalhadores. Com estes dados, será criado um mapa do emprego e o trabalho das pessoas com deficiência e também acompanhar sua evolução ao longo do tempo. O segundo objetivo é desenhar o perfil do emprego das pessoas com deficiência, para completar o mapa. Os dados atuais dizem pouco sobre as condições de trabalho oferecidas, apesar de serem bastante úteis para compreender onde as pessoas com deficiência trabalham, quais ocupações exercem e em quais atividades estão inseridas. Entre as perguntas que o projeto pretende responder, as empresas que contratam pessoas com deficiência oferecem a estas pessoas as mesmas oportunidades de crescimento na carreira? Oferecem as mesmas oportunidades de treinamento e desenvolvimento? As vagas ocupadas por essas pessoas são diferentes das vagas ocupadas pelos demais empregados? Os salários e benefícios são os mesmos para os dois grupos ou existe um diferencial na remuneração? Para alcançar o segundo objetivo e responder aos questionamentos citados, o projeto irá realizar pesquisa de campo junto a uma amostra de empresas. Em cada empresa selecionada, será feito um levantamento dos empregados com deficiência e será estabelecida a comparação desse grupo com os demais empregados, nos diversos aspectos da relação de emprego. Fonte: http://invertia.terra.com.br/terra-da-diversidade/ (Marina Pita)

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Celular avisa cego que ônibus chegou ao ponto em São Carlos (SP)

Todos os dias de manhã, o professor de informática Ailton Alves Guimarães, 38, que é cego, usa o transporte público em São Carlos (232 km de São Paulo) para ir às aulas de programação que ele frequenta no Senac. Até 15 dias atrás, ao chegar ao ponto de embarque, ele precisava parar todos os ônibus para perguntar aos motoristas qual era a linha daquele veículo e certificar-se de que era o que necessitava. Desde a semana passada, porém, Guimarães conta com outra ajuda: uma voz eletrônica sai do celular dele e diz quanto tempo falta para que o ônibus chegue ao ponto. O aplicativo instalado no aparelho faz parte de um sistema criado para tornar mais fácil a vida de cegos que usam o serviço e já atinge toda a frota de ônibus do transporte público de São Carlos. O sistema usado nos celulares de São Carlos é inédito no país, segundo a prefeitura e o Grupo Criar, empresa responsável pelo software. No Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência, são cerca de 200 deficientes visuais cadastrados na cidade. Com o programa já instalado em um celular, o passageiro indica o número de uma ou mais linhas que pretende utilizar e também a numeração do ponto de embarque. Em 40 pontos selecionados entre os mais utilizados pelos deficientes, como os que ficam perto de escolas, hospitais e shoppings, foram colocados números indicativos em braile e em relevo. Após alimentar o programa com os dados, o celular passa a emitir avisos sonoros indicando a distância do ônibus em relação ao local de espera, o tempo estimado e o número de pontos que faltam para o veículo chegar. AUTONOMIA MAIOR "Isso dá uma autonomia que antes eu não tinha", diz Guimarães. Segundo ele, a maioria dos deficientes visuais já se adaptou ao celular, com programas que leem os caracteres das telas. O custo para o usuário é o do envio de um torpedo SMS, para instalação do programa. A criação do software ocorreu a pedido da Prefeitura de São Carlos, diz o dono da empresa, Sérgio Soares. Isso ocorreu há três meses, quando a empresa esteve na prefeitura interessada em outra área, a de gerenciamento do serviço de zona azul. O programa foi colocado em funcionamento em São Carlos sem custos para a prefeitura. A empresa, porém, já vislumbra um mercado e iniciou testes em Ribeirão Preto, Santos e Curitiba (PR). Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/ (Leandro Martins)

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Albino pede academias ao ar livre para deficientes e espaço digital para idosos

O vereador Albino Mendes (PR) quer estender o benefício das academias ao ar livre a um maior número de pessoas em Dourados, incluindo portadores de deficiências físicas, visuais e cadeirantes nesse projeto que se espalha pelo Brasil. Em indicação ao prefeito Murilo Zauith e secretarias competentes, ele sugeriu a instalação dos equipamentos em pontos estratégicos como praças, Cepers e postos de saúde da cidade. Vereador Albino Mendes também defende a inclusão digital das pessoas idosas - Foto – Eder Gonçalves “Iniciativas como academias ao ar livre para a comunidade e para a terceira idade estão por toda parte, mas um grupo está excluído: o dos dEFICIENTEs físicos, visuais e cadeirantes. É necessário que estes também façam parte deste grupo, e tenham um espaço apropriado, podendo tirar proveito da atividade física que tantos benefícios trazem para a saúde”, defende o vereador. “Sabemos que as academias são ferramentas que contribuem para prevenção dos mais diversos males. Quando incentivamos a pessoa a sair do sedentarismo, a iniciar uma atividade física e melhorar sua alimentação, estamos trabalhando para que ela fique menos doente”, justifica, lembrando que outro objetivo desse novo espaço é promover maior socialização do dEFICIENTE físico. “Muitas vezes, o cadeirante é prisioneiro em sua própria casa. Não sai porque os acessos são difíceis e porque não encontra local onde possa se sentir inserido como qualquer outra pessoa”, diz, lembrando que desde junho de 2009 está em vigor a Lei nº 11.928, que obriga parques públicos e privados a adaptar 5% dos brinquedos e equipamentos e identificá-los para utilização de usuários com deficiência. Idosos Outra sugestão do vereador Albino Mendes ao prefeito Murilo e sua equipe é a implantação do Espaço de Convivência Digital para o Idoso. “Ter acesso ao computador, mexer nos programas, navegar pela Internet e pelos sites pode ser algo ainda distante da realidade de muitos idosos. Pensando nisso, estamos indicando para as autoridades competentes, a criação do Espaço de Convivência Digital para o Idoso”, explica. Albino entende que esta iniciativa possibilitaria oferecer cursos gratuitos de informática básica para pessoas com mais de 60 anos, proporcionando aos idosos a interação com o mundo virtual e com alguns aplicativos da vida moderna. “Esse projeto proporcionará aos idosos o contato com uma série de informações que até então, muitos talvez, não tenham acesso; além de ajudar para que realizem algumas tarefas que exigem esse tipo de conhecimento, como os serviços de banco, por exemplo”, diz Albino.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Empresa de transporte é condenada por não prestar serviço adequado a deficiente

Um estudante paulistano entrou com uma ação contra a SPTrans, empresa de transporte público de São Paulo. A SPTrans oferece o serviço Atende, destinado a usuários com comprometimento motor, mas, de acordo com o estudante, o serviço não foi prestado de maneira adequada por mais de dois meses. O Juizado Especial de Itaquera condenou o órgão a indenizar o estudante em R$ 12.440,00. Cabe recurso. O passageiro usava o serviço para se deslocar entre sua casa e a faculdade. Com a mudança dos horários de algumas disciplinas no final da graduação, no ano passado, ele pediu a alteração dos horários do serviço, que foi atendida apenas dois meses depois. No período em que não teve o serviço da SPTrans à disposição, o estudante precisou da companhia integral da mãe para utilizar dois ônibus e um metrô, levando em média três horas para chegar a cada destino. De acordo com o Tribunal de Justiça de São Paulo, a empresa alegou que para a alteração de viagem ser devidamente atendida era necessária a elaboração de um estudo prévio para encaixe às rotas existentes. O juiz Eduardo Francisco Marcondes reconheceu a ilegalidade da conduta da empresa e em entrevista deu um depoimento que eu achei fantástico e fiz questão de trazê-lo na íntegra. "Não é moleza ser deficiente, seja físico, seja mental, seja sensorial ou de qualquer outra natureza. Se é duro para os amigos e vizinhos, imagina para os parentes e para os pais. Mas eu garanto que isso não chega nem aos pés do que sofre o próprio deficiente, porque estamos falando da vida dele". Marcondes encerrou a sua fala citando privilégios e a organização logística que o Estado viabiliza para seus governantes: "O Estado se organizou para atender a mudança de itinerário do vereador, do deputado, do senador, do desembargador, do ministro, no mesmo momento em que é feita a solicitação, mas esse mesmo Estado não tem uma resposta digna para dar ao deficiente e acha que ele tem que aturar a alegação de que todos devem ser tratados de forma igual", afirmou o juiz e acrescentou: "Igual a quem, "cara pálida"? A resposta é "igual a quem não tem direitos respeitados por esse Estado". Alguém de Curitiba que já ficou na mão gostaria de contar a sua história? Você acha que uma ação como essa por aqui teria que efeito? *Entre em contato com o autor no blog. Escreva para inclusilhado@hotmail.com.

domingo, 15 de julho de 2012

A HORA É AGORA

Paralisia cerebral: dos aspectos físicos à inclusão social

Paralisia cerebral, também conhecida como PC, é a lesão ocorrida nas áreas motoras do sistema nervoso, afetando o comando do cérebro. A condição pode ocorrer em algumas áreas do cérebro, como o cerebelo, caso em que o equilíbrio é prejudicado; ou no sistema piramidal, quando ocorre o tipo mais comum de paralisia, e a mobilidade voluntária da pessoa é afetada. Em ambos os casos, as consequências físicas refletem-se em dificuldades sociais e psicológicas, tanto para o paciente quanto para sua família. Pesquisas da USP indicam caminhos possíveis para lidar com a questão. Causas, tratamento e prevenção A neurologista infantil Clarissa Bueno, do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP (FMSUP) explica que além das diferentes áreas do cérebro, a doença também pode ser provocada por diversos motivos, que incluem asfixia, hemorragia intra-craniana, má-formação fetal e infecções. Segundo ela, as causas também influem na gravidade das malformações físicas dos pacientes. “No caso de hemorragias, as partes mais afetadas são os membros inferiores. Em casos de asfixia, o comprometimento costuma ser nos quatro membros e eventualmente na área de cognição”, explica a médica. A reabilitação dos pacientes, baseada em fisioterapia, fonoaudiologia e terapia ocupacional – para o treinamento de movimentos rotineiros – consegue, em casos menos graves, bons resultados. “No caso de paralisias hemorrágicas, é possível que o paciente volte até mesmo a andar”. Em alguns casos, é necessário aplicar relaxantes musculares, assim como toxinas botulínicas, para facilitar o movimento muscular nas áreas atingidas. Visando diminuir os riscos de paralisia nos recém-nascidos – que no Brasil atinge hoje cerca de atinge cerca de 10 em cada 100 mil crianças – a neurologista ressalta a necessidade de manter um maior acompanhamento da saúde da gestante. “Os exames de rotina, estudos da condição de saúde da gestante e o pré-natal são indispensáveis, além da existência de boas condições para o parto”, declara Clarissa. Inclusão social e escolarA paralisia cerebral vai além dos problemas físicos e cognitivos. A criança portadora da doença, ao crescer, enfrenta dificuldades diárias para interagir com os colegas e frequentar escolas de educação regular, já que muitas não estão preparadas para recebê-las de uma forma inclusiva. Ticiana Melo de Sá Roriz, terapeuta ocupacional e especialista em desenvolvimento infantil, apontou em seu mestrado da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP que as dificuldades são verificadas em dois aspectos: ambientais/arquitetônicos e atitudinais. O primeiro caso diz respeito à estrutura física. “Devemos repensar sobre a própria estrutura como nossa sociedade se organiza em termos de acessibilidade, muitas vezes ineficaz ou inexiste”, comenta. O segundo fator baseia-se na atitude e no comportamento da escola e da própria família. “Muitas vezes a família acaba optando, mesmo inconscientemente, pela super-proteção, impedindo a criança de circular nos diversos espaços sociais”, aponta. Para que a inclusão realmente ocorra, Ticiana acha que o primeiro e principal passo é acreditar que a inclusão é possível. “A inclusão não pode ser assegurada apenas pela vontade de um ou outro professor. A escola tem que ser inclusiva”. Para a terapeuta, a escola deve se preparar tanto na eliminação de barreiras arquitetônicas, aquisição de recursos de adaptação e acessibilidade, quanto na formação continuada de professores e funcionários. Mas seria redundante falar em escola inclusiva? “Se pensarmos que a escola é um direito garantido a todas as crianças brasileiras, chegaríamos à conclusão que sim. A filosofia trazida por esse paradigma deveria ter estado presente desde sempre”, aponta Ticiana. A conclusão é que a sociedade precisa mudar sua forma de enxergar pessoas com deficiências, não só crianças com paralisia infantil, mas com qualquer tipo de deficiência. “O mundo em que estamos inseridos é repleto de pessoas com características diversas e é isso que o torna tão rico. Aprender a lidar com a diferença deveria estar no currículo escolar e de vida de cada um de nossos pequenos”, completa ela. Sobrecarga nas famílias Não é somente a criança com paralisia cerebral que passa por dificuldades. Sua família também é impactada por essa situação, sofrendo grandes mudanças nos hábitos de vida. Foi a partir dessa constatação que a pesquisadora e fisioterapeuta Manuela Oliveira Santos Rosset procurou identificar e descrever a sobrecarga a que estão submetidas essas famílias, em seu mestrado defendido na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP. “A doença requer que os familiares do paciente passem a colocar as suas próprias necessidades e desejos em segundo plano, vivenciando mudanças no estilo de vida e podendo sofrer dos mesmo problemas que a criança”, afirma Rosset. Ela identificou como principais dificuldades a possível demora da aceitação do diagnóstico pelos pais, a falta de comunicação entre estes e os profissionais de saúde e a falta de acesso aos serviços destinados ao atendimento – o que pode estar relacionado com o perfil socioeconômico da família. “A classe social afeta o modo pelo qual os membros da família organizam sua vida diária e como enfrentam os desafios e crises. A maioria dos familiares ressalta que a condição financeira é essencial no tratamento da criança, pois a família com renda mensal mais baixa enfrenta problemas maiores”, comenta. Assim, a pesquisadora concluiu que as famílias devem ser orientadas pelos profissionais de saúde, de modo que a sobrecarga possa ser minimizada, ressaltando também a importância da figura do “cuidador” – uma pessoa que possa aliar o conhecimento do especialista com a prática cotidiana. “Quando a criança faz parte de uma unidade familiar, o profissional deve programar o tratamento, visando a beneficiar tanto a criança como sua família”, completa. Fonte: http://www5.usp.br/editorias/noticias/

sábado, 14 de julho de 2012

Projeto reserva vagas no setor público para pessoas com síndrome de Down

A Câmara analisa o Projeto de Lei 3513/12, do deputado William Dib (PSDB-SP), que obriga o poder público, em todos os níveis, a reservar no mínimo 2% das vagas de seus quadros de pessoal para pessoas com síndrome de Down. O processo seletivo terá critérios especiais estabelecidos por uma equipe multiprofissional. Segundo o projeto, essa equipe será formada por representantes da Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência (Corde), das secretarias estaduais e municipais correspondentes e das instituições locais de amparo ao excepcional, legalmente reconhecidas. Capacidade Os departamentos de Recursos Humanos e de Saúde dos órgãos empregadores e um especialista indicado pela equipe multiprofissional serão responsáveis por avaliar a capacidade do candidato para o desempenho das atividades no serviço público. Caso seja considerado inapto, o interessado poderá recorrer em três dias úteis, a contar do conhecimento da decisão. O projeto determina que as vagas não preenchidas por pessoas com síndrome de Down sejam utilizadas por pessoas que tenham outras deficiências. Segundo William Dib, estima-se que a síndrome de Down – ocorrência genética natural – acontece em 1 a cada 700 nascimentos. “Por motivos ainda desconhecidos, durante a gestação, as células do embrião são formadas com 47 cromossomos no lugar dos 46 que se formam normalmente”, explica. O deputado relata que o governo do Distrito Federal editou lei em 1995 para prever a reserva de vagas para essas pessoas. Na iniciativa privada, ele lembra que a Lei8.213/91 obriga empresas com mais de 100 funcionários a destinar entre 2% e 5% de seus postos de trabalho a pessoas com deficiência. Tramitação O projeto tramita apensado ao PL 5218/09, que também prevê reserva de vagas para pessoas com deficiência no serviço público. As propostas serão analisadas pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois serão votadas em Plenário. Fonte: Agência Câmara de Notícias

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Ministério seleciona 25 instituições para desenvolver tecnologias voltadas a pessoas com deficiência

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) pré-selecionou 25 instituições de ensino para compor a rede de Núcleos de Tecnologia Assistiva. Essas unidades serão responsáveis pela elaboração de projetos de pesquisa, desenvolvimento ou inovação voltados à melhoria da qualidade de vida de pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida. Dezoito estados e o Distrito Federal tiveram núcleos habilitados pela ação, que integra o Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência – Viver sem Limite, lançado pela presidenta Dilma Rousseff em fevereiro deste ano. Em 2012, o orçamento liberado para a implantação dos núcleos é de R$ 3 milhões. Cada projeto poderá receber entre R$ 100 mil e R$ 500 mil. No âmbito do Viver Sem Limite, o investimento do MCTI neste ano chega a R$ 20 milhões em créditos não reembolsáveis, além de R$ 90 milhões de uma linha de crédito reembolsável da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). "Os núcleos fazem parte de um esforço para disseminar as pesquisas de tecnologia assistiva para todo o território nacional", diz o secretário de Ciência e Tecnologia para a Inclusão Social do MCTI, Eliezer Pacheco. "O estímulo é importante porque a produção é quase artesanal, já que o equipamento deve ser adaptado a cada usuário, impossibilitando a produção em escala.” As 25 instituições pré-selecionadas podem se unir às universidades de Brasília (UnB), Federal de Minas Gerais (UFMG), Federal de São João Del Rey (UFSJ) e Estadual do Pará (UEPA), que já têm núcleos em funcionamento. O trabalho dos núcleos será coordenado pelo Centro Nacional de Referência em Tecnologia Assistiva (CNRTA), alocado no Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer (CTI), em Campinas (SP). De acordo com portaria publicada nesta terça-feira (3) no Diário Oficial da União, representantes dos 25 núcleos participarão de atividades no CTI entre 11 e 13 de julho. Instituições selecionadas: Universidade do Estado do Amazonas – AM Instituto Federal do Amazonas – AM Universidade Federal do Amapá – AP Universidade Federal do Recôncavo da Bahia – BA Instituto Federal do Ceará – CE Instituto Federal de Brasília – DF Instituto Federal do Espírito Santo – ES Universidade Federal de Goiás – GO Universidade Federal de Alfenas – MG Universidade Federal de Uberlândia – MG Universidade Federal de Grande Dourados – MS Instituto Federal do Pará – PA Universidade Federal da Paraíba – PB Universidade Tecnológica Federal do Paraná – PR Instituto Federal do Paraná – PR Universidade Federal do Paraná – PR Instituto Nacional de Tecnologia – RJ Universidade Federal do Rio Grande do Norte – RN Universidade Federal de Roraima – RR Universidade Federal do Rio Grande do Sul – RS Instituto Federal do Rio Grande do Sul – RS Instituto Federal de Santa Catarina – SC Universidade Federal de Sergipe – SE Universidade Federal de São Paulo – SP Universidade Federal do ABC – SP

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Ministério Público cobra acessibilidade em avenidas de Cuiabá

O Ministério Público Estadual, por meio das Promotorias de Justiça de Defesa da Cidadania e da Ordem Urbanística de Cuiabá, instaurou inquérito civil para fiscalizar a implementação das normas previstas no Código de Posturas e na Legislação Municipal sobre acessibilidade às pessoas com deficiência e com mobilidade reduzida nas calçadas e vias públicas. A fiscalização será realizada nas avenidas Mato Grosso, Presidente Marques, Getúlio Vargas, Lava Pés, Isaac Póvoas e nas praças Alencastro, Ipiranga, Oito de Abril, Popular e Santos Dumond. O trabalho também será desenvolvido na Avenida Carmindo de Campos e no Centro Político Administrativo. A instauração do inquérito, cuja portaria foi assinada pelos promotores de Justiça, Miguel Slhessarenko Júnior, Carlos Eduardo Silva e Gerson Barbosa, faz parte da campanha “Calçada e Ciclovia, como instrumento de Cidadania', desenvolvida pelas Procuradorias Especializadas em Defesa da Ordem Ordem Urbanística e da Cidadania. De acordo com o procurador de Justiça Luiz Alberto Esteves Scaloppe, representantes de várias instituições vêm se reunindo com o Ministério Público para a realização de uma grande mobilização nos dias 21 e 22 de setembro, 'Dia Mundial Sem Carro'. Nesta quarta-feira (27.06), o procurador de Justiça esteve reunido com o Governador do Estado, para apresentação do projeto. “Estamos propondo parcerias de instituições e entidades públicas juntamente com representantes da sociedade civil para uma ação conjunta visando informar, sensibilizar, conscientizar e orientar a população, através de uma campanha, sobre a importância da acessibilidade nas calçadas,e, no que concerne às bicicletas, sobre as regras de trânsito que devem ser respeitadas pelos condutores de veículos e cliclistas”, ressaltou o procurador de Justiça. Segundo ele, o projeto conta com a parceria da Defensoria Pública, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/MT), Conselho Regional de Arquitetura e Urbanismo de MT, Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de MT, Universidade Federal de Mato Grosso, Universidade de Cuiabá, Associação Mato-grossense dos Deficientes Físicos, Associação Mato-grossense dos Cegos, Federação dos Aposentados, Pensionistas e Idosos, Federação Mato-grossense de Ciclismo, Associação de Ciclista, Movimento Ciclovia Já , entre outras entidades. O procurador de Justiça destacou a importância da realização de debates sobre temas relacionados à problemática. Ele citou como exemplo, a falta de percepção entre os espaços públicos e privados. “Há uma discussão se a calçada é pública ou privada e, além disso, a fiscalização também é deficitária”, disse. O representante do Ministério Público alertou ainda sobre a necessidade da discussão sobre os direitos dos cidadãos. Segundo ele, a mobilização abrangerá toda a região metropolitana. “O que estamos propondo é uma parceria com instituições e entidades públicas juntamente com representantes da sociedade civil para uma ação conjunta sobre a importância da acessibilidade nas calçadas, e, no que concerne às bicicletas, sobre as regras de trânsito que devem ser respeitadas pelos condutores de veículos e ciclistas”, afirmou. Fonte: http://www.expressomt.com.br

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Trabalhadores com deficiência representam 23,6% do total de ocupados no Brasil, diz IBGE

Dados do Censo 2010 apontam que 23,6% da população ocupada --ou seja, 20,4 milhões do total de 86,4 milhões de brasileiros ocupados, isto é, que exercem algum tipo de atividade-- tinha ao menos alguma deficiência (visual, auditiva, motora, mental ou intelectual). Os números foram divulgados na sexta-feira (29) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Para Jefferson Mariano, analista socioeconômico do IBGE, “o número é alto”. “A legislação passou a estabelecer a obrigatoriedade de que as grandes empresas incorporassem a população deficiente no mercado de trabalho, no seu quadro de funcionários”, diz. “Temos um número alto por conta dessas políticas”, completa. O levantamento constatou ainda que a maioria dos ocupados que relataram ao menos uma deficiência tinha carteira de trabalho assinada (40,2%) --o percentual, no entanto, ainda é menor que o dos ocupados que não têm deficiência alguma (49,2%). No caso de pessoas que empregam, observou-se que o percentual na população ocupada com pelo menos uma das deficiências investigadas (1,8%) foi também menor do que o referente às pessoas sem qualquer dessas deficiências (2,1%). Em relação aos rendimentos recebidos, o Censo 2010 constatou que 46,4% dos ocupados com ao menos um tipo de deficiência recebiam até um salário mínimo (R$ 510, na época). No universo das pessoas sem qualquer deficiência, esse percentual era de 37,1%. A condição de deficiente como fator limitante na inserção da pessoa no mercado de trabalho atinge tanto a população masculina quanto a feminina, segundo o IBGE. Nesse aspecto, a deficiência mental foi a que mais limitou a inserção no mercado de trabalho: apenas 14,2% das mulheres e 20,2% dos homens nessas condições estavam ocupados. No caso da deficiência visual, que foi a que mais incidiu sobre a população, 60,6% dos homens e 39,8% das mulheres com algum tipo de dificuldade para enxergar estavam ocupados. Embora entre as pessoas com deficiência a taxa de ocupação seja mais alta entre os homens, na comparação feita com aqueles que não apresentam qualquer deficiência nota-se que a questão prejudica mais os trabalhadores do sexo masculino. A taxa de atividade de homens de 35 a 39 anos é de 91%, mas cai para 81% no caso de homens com alguma deficiência. Já no caso das mulheres essa diferença é menos gritante: 72% das mulheres de 35 a 39 anos estavam ocupadas, número que cai para 66% no caso de mulheres com alguma deficiência (diferença de seis contra dez pontos percentuais). Fonte: http://noticias.uol.com.br

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Profissionais de turismo realizam oficina de Libras

Em 14 e 28 de julho, o São Paulo Convention Bureau promoverá um curso de Libras e Braille para profissionais de atendimento de hotéis, agências, e demais associados. O objetivo é compartilhar conhecimentos básicos sobre o funcionamento da língua para mostrar como é possível a interação entre surdos e ouvintes. A palestrante será Gleidis Guerra, fonoaudióloga, pedagoga, psicopedagoga e que trabalha há 20 anos na área de surdez no Centro Integrado de Apoio e Atendimento à Inclusão Social da Prefeitura Municipal de Mauá. “Conhecer a língua é também uma maneira de sensibilizar os profissionais quanto à inclusão. E a área de atendimento é a primeira que precisa estar apta a fazer isso,” aponta o presidente executivo do SPCVB, Toni Sando. O treinamento será realizado das 8 às 12 horas e o hotel está localizado na Av. Paulista, 2.181. O módulo Oficina de Libras para profissionais de atendimento integra o programa CapacitarSP, que, em parceria com entidades do setor, já qualificou 4 mil profissionais. A lista de beneficiados inclui taxistas, policiais militares, frentistas, motoristas de ônibus fretados, agentes de viagem, recepcionistas e concierges de hotéis. Este ano, a expectativa é atingir outros mil. Inscrições: www.visitesaopaulo.com/capacitarsp Fonte: http://www.abeoc.org.br/

domingo, 8 de julho de 2012

ABIH/SP e ABNT lançam Selo de Acessibilidade e Inclusão Social da hotelaria paulista

Com o objetivo de oferecer ao mercado hoteleiro e de turismo um amplo programa de informação e orientação visando à eliminação de barreiras arquitetônicas e de comunicação nas edificações destinadas à hospedagem, a ABIH/SP – Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Estado de São Paulo, em parceria com a ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, lançaram oficialmente na terceira edição da Fispal Hotel, o “Selo de Acessibilidade e Inclusão Social”, acompanhado por um programa contínuo de sensibilização e capacitação sobre as necessidades de funcionários e clientes com características físicas e sensoriais especiais. Estiveram presentes na cerimônia de lançamento autoridades políticas e diretores de entidades paulistas que lutam pela acessibilidade e inclusão de cadeirantes e deficientes no estado e do País. Para o Presidente da ABIH/SP, Bruno Omori, a entidade está convencida de que, com a adoção deste selo dos hotéis e do conceito internacional de Desenho Universal na execução dos projetos de novas edificações, através de fornecedores com este selo e com a aplicação das normas de acessibilidade da ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas, apontadas pela legislação, na adequação das situações já consolidadas da rede hoteleira, que é possível tornar natural e economicamente viável a implantação destas políticas empresariais voltadas ao respeito à diversidade humana. “Também que permitam a inclusão econômica e social destas pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida nas diversas modalidades do setor de turismo. Este selo já consideramos como um marco para a hotelaria nacional, e contribui em muito pela causa da inclusão, acessibilidade, economia e o desenvolvimento destas políticas no País”, destacou Omori. O Coordenador de Mobilidade e Inclusão da ABIH/SP, Edison Passafaro, apresentou o Programa de Acessibilidade e Inclusão Social da ABIH/SP enfatizando a parceria da ABNT que é de fundamental importância e agrega um valor maior para este projeto. “Inicialmente, será feito o envio para os associados do material do programa e de um pacote com toda legislação sobre mobilidade urbana e de empregabilidade, e uma pesquisa sobre as condições de acessibilidade dos hotéis. Com este mapeamento da hotelaria, vamos elaborar um guia de acessibilidade e inclusão social dos hotéis adequados aos deficientes físicos, e em publicações de materiais informativos e campanhas de conscientização social para os hóspedes e os hoteleiros. Também vamos fazer palestras, treinamentos e oficinas de sensibilização e informação para o atendimento voltado aos deficientes físicos. Em parceria com a ABNT forneceremos aos hoteleiros cursos de orientação jurídica e das normas técnicas exigentes para os projetos de edificações acessíveis e da comunicação tátil e sensorial. Por fim, implantaremos programas de vistorias nos meios de hospedagens pré-selecionados para receberem o Selo de Acessibilidade, que terá que cumprir todas estas etapas. Para passar ao usuário a certeza absoluta que aquele hotel oferecerá autonomia e segurança em sua estadia”, explicou Passafaro. Passafaro finalizou pedindo as autoridades e entidades presentes na cerimônia que lutem e abracem esta causa do trade turístico, para tornar um País mais acessível e oferecer o mínimo de qualidade para o atendimento destes cidadãos que também são turistas. Fonte: http://www.revistahoteis.com.br/

sábado, 7 de julho de 2012

Obra de acessibilidade é inaugurada em calçadas do Centro do Rio

Para facilitar o acesso de deficientes físicos ao Centro de Referência da Pessoa com Deficiência, no Centro do Rio de Janeiro, foi inaugurada na manhã da quinta-feira (28) a primeira rota acessível da cidade. A ação faz parte do programa de acessibilidade nas calçadas da cidade, o Calçada Lisa. O objetivo, segundo a secretária municipal da Pessoa com Deficiência, Georgette Vidor, o objetivo é revitalizar cerca de 700 mil metros de calçadas. “Tudo isso vai ser feito no entorno dos transportes públicos, da Central, das estações de metrô, rodoviárias e todos os pontos onde há grande concentração de pessoas e onde se tem uma rota de chegada a um determinado local”, explica Georgete. O trecho inaugurado nesta quinta, que conta com cerca de 150 metros, foi desenvolvido pela SMPD e executado pela Secretaria municipal de Conservação. O local inclui rampas de acessibilidade, quatro travessias e interseção elevada para nivelar a calçada com a altura do meio-fio, na Rua Gustavo Barros. Os serviços seguiram o critério de sinalização horizontal, com utilização de piso podotátil, um pavimento diferenciado com textura e cor, e também passeio em concreto, recomendado para projetos de acessibilidade. “O Rio tem uma dívida muito grande com as pessoas com deficiência. A acessibilidade faz parte do planejamento estratégico da prefeitura e nosso objetivo é mudar esse cenário. Todas as novas obras do município entram com acessibilidade plena. A Copa e as Olimpíadas vão ajudar a acelerar isso”, garantiu o secretário de Conservação, Carlos Osório, destacando que o próximo local que ganhará calçada acessível é no entorno do complexo esportivo Rinaldo Delamare, na Rocinha, Zona Sul do Rio. Fonte: http://g1.globo.com/rio-de-janeiro

sexta-feira, 6 de julho de 2012

IBGE: 46% das pessoas com deficiência recebem até 1 salário

Cerca de 45,6 milhões de brasileiros têm pelo menos uma deficiência, segundo estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)divulgado na sexta-feira, 29/06, com base em dados colhidos em 2010. Entre as pessoas maiores de 10 anos que se declaram com deficiência e têm algum tipo de trabalho, 46,4% ganha no máximo um salário mínimo. Já entre a população sem qualquer deficiência, essa era a realidade de 37,1%, o que indica uma diferença de mais de 9 pontos percentuais entre os dois grupos. Segundo a coordenadora do Comitê do Censo Demográfico do IBGE, Andréa Borges, o levantamento aponta que para corrigir essas distorções são necessárias políticas públicas mais fortes que incentivem essa parcela da população a aumentar seu grau de instrução, o que interfere diretamente nos níveis de rendimento. "Os dados revelam que a maioria das pessoas que têm deficiência está concentrada em níveis de instrução e de rendimento muito baixos. Já existem políticas públicas nesse sentido, mas elas podem ser melhoradas para que haja maior incentivo para que essa parcela de brasileiros não pare de estudar ao concluir o ensino fundamental, mas que vá adiante. Enquanto 10,4% dos que não têm deficiência tem (ensino) superior completo, apenas 6,7% das pessoas com deficiência estão nesse patamar", ressaltou. A situação é mais complicada para quem possui deficiência intelectual ou motora. De acordo com o levantamento, o maior percentual (cerca de 28%) tem renda entre meio e um salário mínimo. Além disso, o percentual de pessoas economicamente ativas com 10 ou mais anos é menor para deficientes mentais: 22% para homens e 16% para mulheres. Entre os deficientes visuais, 63,7% dos homens 43,9% das mulheres têm vida economicamente ativa. A mesma diferença foi verificada pelo IBGE no nível de ocupação, que ficou em 17,4% para pessoas com deficiência intelectual e 48,4% para pessoas com deficiência visual. As pessoas com deficiência visual ou auditiva também ganham mais, concentrando-se na faixa de ganhos de um a dois salários mínimos, 29% e 28,4%, respectivamente. O levantamento aponta ainda que, em 2010, a população ocupada com pelo uma das deficiências investigadas representava 23,6% (20,3 milhões) do total ocupado (86,3 milhões) no País. Além disso, mais da metade (53,8%) dos 44 milhões de pessoas com deficiência em idade ativa (10 anos ou mais) estava desocupada ou não era economicamente ativa. Em relação ao total da população desocupada ou não economicamente ativa, que somava 75,6 milhões em 2010, as pessoas com deficiência representavam 31,3%. O documento constatou também que a maioria das pessoas com deficiência ocupadas era empregada com carteira assinada (40,2%), uma diferença de 9 pontos percentuais em relação à população sem nenhuma das deficiências investigadas (49,2%). Com informações da Agência Brasil. Fonte: http://invertia.terra.com.br/terra-da-diversidade

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Viajar sem barreiras

Quando Ricardo Shimosakai e Andrea Schwarz, viajantes inveterados, perderam os movimentos das pernas, eles poderiam ter se revoltado. Poderiam praguejar pelo resto da vida. Mas não: logo entenderam que estar em uma cadeira de rodas não significa ficar preso. E resolveram que continuariam viajando, agora sobre duas rodas. Mais que isso: decidiram mostrar àqueles que têm algum tipo de deficiência que não é preciso se privar do prazer de sair pelo mundo. Ricardo, que aos 33 anos levou um tiro em um sequestro-relâmpago, fundou a Turismo Adaptado, empresa especializada em agenciar viagens para pessoas com qualquer tipo de deficiência. Andrea, vítima de um problema congênito na medula, que só se manifestou aos 22 anos de idade, lançou o Guia Brasil Para Todos, que mapeia dez capitais e seus pontos turísticos sob o ponto de vista da acessibilidade. Ou seja: dá, sim, para conhecer o que há lá fora, seja por terra, por água ou pelo ar. “Basta estar disposto a enfrentar eventuais dificuldades”, diz Ricardo, que é bacharel em Turismo pela Universidade Anhembi-Morumbi. Para Andrea, o fator decisivo é o planejamento. É essencial pesquisar muito. Em geral, é possível comprar pacotes nas agências convencionais, que providenciam acomodações e transfers adaptados, mas Andrea prefere botar a mão na massa. Ela monta seus roteiros com os filhos e faz as reservas. “Afinal, ninguém melhor que você mesmo para saber suas necessidades”, afirma. Ao planejar a viagem, o importante é pensar nos detalhes. As companhias aéreas, por exemplo, estão se adequando. Nem todos sabem, mas, quando se comprova que o passageiro depende de outra pessoa para garantir seu bem-estar e segurança, muitas delas garantem 80% de desconto na passagem do acompanhante. Os deficientes visuais, por sua vez, podem viajar com cão-guia na cabine de passageiros, sem tarifa adicional, desde que o animal tenha certificado de treinamento e de vacinas e esteja devidamente identificado. E todas as companhias devem oferecer cadeira de rodas para que o passageiro se locomova até o embarque, já que muitas vezes a do próprio viajante precisa ser despachada – se não couber dentro da cabine. Os cruzeiros também têm se tornado boas opções. Para começar, porque eles dispensam toda aquela pesquisa que o viajante precisaria fazer sobre acessibilidade em hotéis, museus e atrações turísticas. Mas é essencial consultar a companhia e verificar a “idade” de cada navio. Razão: os mais modernos têm cabines adaptadas. Só na frota da MSC, por exemplo, são 174 acomodações especiais. Alguns navios têm corredores largos, lugares reservados para cadeirantes nos teatros, bem como placas em braile espalhadas pelos conveses. MSC Cruzeiros, Costa e Royal Caribbean são companhias que investiram nesse segmento recentemente. Para quem optar por uma viagem em terra, além da agência Turismo Adaptado, de Ricardo Shimosakai, existe ainda aqui no Brasil a Accessible Tour, sem contar as pequenas empresas locais com opções especificas de passeios (veja quadro). O município de Socorro, a 135 km de São Paulo, concentra boa parte delas. Conhecido pela prática de esportes de aventura, como rafting, rapel e asa-delta, esse lugar serve hoje como referência em acessibilidade para as comissões organizadoras da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro. Ali é possível encontrar agências que oferecem atividades adaptadas a quase todos os tipos de deficiências. A tirolesa e o rafting são as mais procuradas. No mesmo caminho estão outras duas cidades ecoturísticas: Brotas (SP) e Bonito (MS). Nelas, a aventura está apenas começando para os turistas com deficiências. 5 dicas essenciais Autora do Guia Brasil Para Todos, Andrea Schwarz é fundadora da iSocial, empresa que presta consultoria em empregabilidade para pessoas com deficiência. Aqui, ela dá dicas para uma viagem sem grilos. 1 Pesquise muito. Antes de fazer a reserva, ligue no hotel e faça um verdadeiro interrogatório sobre a estrutura. Qual a largura das portas? Há barras de apoio no banheiro? Há rampas ou elevadores? Peça até que lhe enviem fotos do quarto. Recomendações de conhecidos também são bem-vindas. 2 Prefira voos sem escalas, mesmo que sejam mais caros. Assim você não se locomove mais que o estritamente necessário. E antes de comprar a passagem, verifique qual companhia área está mais bem preparada para atender suas necessidades. Em geral, as informações estão disponíveis nos respectivos sites, mas vale a pena telefonar confirmando. 3 Informe-se sobre o transporte público: os veículos estão preparados para recebê-lo? Em alguns casos, alugar um carro pode compensar. 4 Leve uma quantidade extra de todos os equipamentos que você usa: câmeras de ar caso o pneu da cadeira fure, almofadas de assento, muletas, bengalas, ferramentas de montagem, aparelho auditivo e medicamentos. 5 Consulte guias e sites. O Guia Brasil para Todos (brasilparatodos.com.br) apresenta 139 passeios. Já o Blog Mão na Roda (maonarodablog.com.br) dá dicas de hotéis e pousadas. E o Aventura Especial (aventuraespecial.org.br) mostra destinos com esportes de aventuras. Pacotes e atividades Turismo Adaptado A agência tem pacote de 5 noites para Lima, Cuzco e Machu Picchu a partir de US$1.343. Oferece ainda curso básico de mergulho em São Paulo: a partir de R$ 420 tel.: 11/ 3846-6333, turismoadaptado.com.br Accessible Tour Oferece pacotes especiais para diversas cidades do Brasil e do mundo. Os preços são sob consulta. tel.: 11/ 3138-3477, accessibletour.com.br EcoAção Tem diversas opções de atividades e esportes radicais adaptados: rafting (R$90), rapel (a partir de R$ 65), arvorismo (a partir de R$ 65) e tirolesa (a partir de R$ 15) tel.: 14/ 3653-9140, Brotas/SP, ecoacao.com.br Rios de Aventura Agência de turismo de aventura que oferece o programa de rafting (R$ 95) para portadores de necessidades especiais. tel.: 19/ 3895-6255, Socorro/SP, riosdeaventura.com.br Hotel Fazenda Parque dos Sonhos Hotel fazenda adaptado, que oferece cinco opções de aventura à escolha do hóspede. Diária para casal a partir de R$ 260, incluindo café da manhã, almoço, chá da tarde e as atividades. tel.: 19/ 3855-2833, Socorro/SP, parquedossonhos.com.br Go In São Paulo Agência com vários passeios em São Paulo, incluindo tour de compras e tour cultural. tel.: 11/ 3289-3841, São Paulo/SP, goinsaopaulo.com.br Fonte: http://revistaviajar.com.br/ (Cristiane Sinatura)

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Seis em cada dez deficientes com 15 anos ou mais não terminaram o ensino fundamental

O Censo Demográfico 2010 mostra que 61,1% da população de 15 ou mais anos de idade com alguma das deficiências investigadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) não tinha nenhum tipo de instrução ou não conseguiu completar nem o ensino fundamental. O número, divulgado nesta sexta-feira (29), é 22,9 pontos percentuais maior que o índice daqueles que declararam não ter deficiência (38,2%). Esse número é maior nas regiões Nordeste (67,7% do total) e Norte (61,9%). Em todos os outros níveis de instrução, a diferença entre as pessoas com e sem deficiência é um pouco menor –porém, em qualquer um dos casos, os percentuais são menores entre aqueles que declararam possuir algum tipo de deficiência. Segundo o IBGE, quase 46 milhões de brasileiros, cerca de 24% da população, declarou possuir pelo menos uma das deficiências investigadas no censo: mental, motora, visual ou auditiva. Taxa de alfabetização menor A taxa de alfabetização entre as pessoas de 15 anos ou mais que disseram ter algum tipo de deficiência (81,7%) também é menor do que os que se declararam sem nenhuma delas (90,6%). De acordo com o órgão, foi considerada alfabetizada “a pessoa capaz de ler e escrever um bilhete simples no idioma que conhecesse”. Foram classificados também como analfabetos aqueles que “aprenderam a ler e a escrever, mas que esqueceram devido a ter passado por um processo de alfabetização que não se consolidou e a que apenas assinava o próprio nome”. Os dados dos dois grupos se aproximam quando o critério é taxa de escolarização. Segundo o IBGE, 95,2% das crianças de 6 a 14 anos com deficiência estavam na escola, contra 97,71% do total da população nesta faixa etária. A região Norte teve o menor índice do país: 93,3%, número 0,7 ponto percentual maior que o da população sem deficiência. Isso se deve, diz o instituo, provavelmente à falta de infraestrutura de transporte escolar na região. Fonte: http://educacao.uol.com.br

Maratona diária para quem usa cadeira de rodas

É preciso ter o preparo físico de um maratonista para acompanhar a rotina de um cadeirante ao ultrapassar os obstáculos encontrados nas calçadas de São Paulo. “A vida do cadeirante é olhar para baixo”, resume o analista de sistemas Valdir Gonçalves, de 41 anos. Nesta quinta-feira, ele mostrou ao site de VEJA, na prática, os principais problemas que enfrenta para se locomover e realizar as atividades mais corriqueiras. “Para pessoas que não movimentam o tronco seria impossível andar pelas ruas de São Paulo porque isso exige muito esforço físico”, conta. O ponto de partida do trajeto foi a unidade do Sesc-Belenzinho, na Zona Leste da Capital, local que frequenta várias vezes durante a semana para praticar musculação e natação. “Em São Paulo você tem ilhas de acessibilidade", observa Valdir. "Um exemplo é a região da Paulista e centros culturais como o Sesc. Mas o grande problema é chegar até estes lugares”. O desafio proposto era sair de uma dessas “ilhas” e enfrentar a “realidade”: usando o metrô e as calçadas, ir até a região de Santa Efigênia, no Centro, para buscar o celular que Valdir havia deixado na assistência técnica. O caminho até a estação Belém, apesar de curto, traz uma série de problemas, como calçadas inclinadas, que exigem grande esforço físico, pois sobrecarregam só um lado da cadeira. Em várias esquinas não há rampas e, quando existem, estão deterioradas, com buracos e desníveis. Outro problema frequente é o acúmulo de água na base das rampas, que impede a saída das cadeiras. Há também rampas improvisadas que, por não terem a largura necessária, podem travar as rodas das cadeiras e causar acidentes. Não foram raras as vezes em que, por falta de alternativa, Valdir teve que trafegar pela rua, correndo o risco de ser atropelado. Na via que dá acesso à estação, por exemplo, teve que disputar espaço com os ônibus – não havia rampa para subir na calçada. “Geralmente, regiões com maior circulação de pessoas, perto de centros comerciais ou de alto poder aquisitivo recebem mais atenção da prefeitura", diz. "Mas quanto mais periférica a zona, pior a situação das calçadas”. Ao chegar ao Centro a situação é um pouco pior – e os buracos são mais frequentes. “A cadeira não é feita para passar por buracos", conta. "Já danifiquei outra cadeira por causa disso”. A escassez de rampas o obriga mais uma vez a fazer boa parte do trajeto pela rua. Em um dos cruzamentos, a rampa está deslocada da faixa de pedestres e Valdir é obrigado a avançar sobre os carros parados no sinal. Para o analista de sistemas, a preocupação com a acessibilidade não garante apenas a independência dos deficientes físicos, mas beneficia toda a população. “Rampas são utilizadas por idosos, mulheres grávidas ou pessoas que passaram por cirurgias. Todo mundo está sujeito a ter os movimentos limitados, mesmo que temporariamente”. Índice de acessibilidade - A dificuldade enfrentada por Valdir é a mesma de milhares de cadeirantes. Segundo o IBGE, mais de 45 milhões de brasileiros (23,9% da população) possuem algum tipo de deficiência física no Brasil – o órgão não especifica quantos são cadeirantes. Dados divulgados nesta sexta-feira pelo IBGE revelam que o Brasil ainda carece de políticas públicas para garantir acessibilidade a quem usa cadeira de rodas, mesmo em locais com alto índice de urbanização e disponibilidade de serviços públicos. De acordo com o estudo, nos municípios brasileiros, a maioria das faces de quadras (cada um dos lados da quadra, contendo ou não domicílios ou estabelecimentos) possui ruas pavimentadas (81,7%), dispõe de meio fio (77%) e oferece calçadas para circulação de pedestres (69%). Mas uma ínfima parcela (4,7%) possui rampas de acesso para cadeirantes. Esse índice sobe para 5,6% em locais onde há maior incidência de moradores com idade acima de 60 anos. A pesquisa, realizada de 1º de agosto a 30 de outubro de 2010 nas áreas urbanizadas dos 5.565 municípios brasileiros, apresenta um nível de detalhamento inédito, com foco em aspectos importantes da infraestrutura urbana, como questões referentes à circulação e o meio ambiente. O índice de acessibilidade é baixo até nas cidades classificadas pelo IBGE como as que têm a melhor infraestrutura urbana. Nesses municípios, apenas 5,8% das faces de quadras possuem rampas de acesso para cadeirantes – mesmo que 80% delas possuam calçadas, 90% tenham vias pavimentadas e quase a totalidade (98%) disponham de ruas com iluminação pública. Nas cidades classificadas como “inadequadas”, o percentual de incidência de rampas para cadeirantes no entorno dos domicílios é ínfimo: 0,2%. Sem surpresa - A diferença é grande quando se compara o entorno dos domicílios cujos moradores possuem rendimentos mais altos com os mais carentes. Em locais onde as pessoas ganham mais de 2 salários mínimos, o índice de rampas para cadeirantes é de 12,2%. Em bairros que concentram moradores com rendimentos per capita de até um quarto do salário mínimo, o índice cai para 1%. “Os dados, infelizmente, não trazem surpresa”, resumiu Carla Mauch, coordenadora da Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) Mais Diferenças. Segundo Carla, o estudo revela a invisibilidade com que o tema sempre foi tratado, apesar dos avanços observados nos últimos anos – principalmente depois da instalação de leis de acessibilidade e da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência da ONU (2007). “O quadro ainda é muito ruim e as transformações são lentas, porque o mais difícil é a mudança cultural”, disse. Carla ressalta que as ações de acessibilidade reduzem as diferenças e contribuem para a difusão do conceito de “equiparação de oportunidades”. A calçada, por exemplo, é o ambiente mais democrático e as rampas serviriam não só para cadeirantes, mas também para idosos, mães com carrinhos de bebê e pessoas com qualquer tipo de dificuldade de locomoção. Regiões - Os números regionais seguem o mesmo padrão. A região Sudeste – onde o índice de urbanização é mais elevado, com 90,5% do entorno dos domicílios com pavimentação, 87,9% com meio-fio, 82% com calçadas e 73% com identificação das ruas – possui apenas 5% das faces de quadra com rampas para cadeirantes. As regiões Sul e Centro-Oeste são as que possuem maior incidência de rampas, ambas com (7,8%), enquanto as regiões Norte e Nordeste têm os menores índices (1,8%). Entre os municípios com mais de 1 milhão de habitantes, Porto Alegre se destacou com a maior porcentagem (23,3%) e, Fortaleza, com a menor (1,6%). Para o responsável pela comunicação da ONG Mobilize - Mobilidade Sustentável, Marcos de Sousa, além da pouca quantidade de rampas, deve-se observar a qualidade delas. A ONG realizou um “Levantamento das Calçadas do Brasil” em 12 capitais brasileiras, em que dá notas para aspectos como regularidade, largura, iluminação e obstáculos. “Há casos de rampas com um poste no meio ou com acúmulo de lixo. É indigno”, disse. São Paulo - Na maior cidade do Brasil, apenas 9% das ruas possuem acesso para cadeirantes. O índice causou surpresa à deputada federal Mara Gabrilli (PSDB). “Se estes 9% das rampas fossem bem feitas, já seria ótimo", afirmou. "Mas vivendo o dia a dia, a impressão que dá é que este índice é ainda menor”. Segundo Mara, que é cadeirante, São Paulo possui 30 mil quilômetros de ruas asfaltadas e apenas 500 quilômetros de vias com alguma acessibilidade. A deputada relata que até em bairros nobres é possível se deparar com rampas precárias, com obstáculos, degraus ou intransitáveis. “A Avenida Paulista é um exemplo, mas no resto da cidade não é assim”. Cadeirante, a publicitária Julie Nakayama, de 25 anos, conta que tem percebido uma melhoria nas ruas em relação à acessibilidade para quem tem dificuldade de locomoção. O problema, segundo ela, é que em locais privados, como shoppings e faculdades, há muito pouca adaptação. Entre os países que visitou, cita o Canadá com um bom exemplo. A Argentina, por outro lado, onde faltam rampas e acessibilidade no transporte público, é o exemplo negativo. “O Brasil está no meio”, resumiu. Fonte: http://veja.abril.com.br/

Faltam cães-guia para pessoas com deficiência no Brasil

Mais de seis milhões de pessoas sofrem de deficiência visual no Brasil, segundo o último Censo brasileiro. Entretanto, apenas 70 exemplares de cães-guias estão disponíveis no país. Com a situação, muitos brasileiros se veem obrigados a importar os animais, principalmente dos Estados Unidos. Foi o caso da funcionária pública Maria Rita Souza, que trouxe seu labrador Milo dos EUA e está em fase de adaptação com o animal. — Ele vai ser muito útil, porque trabalho todos os dias e ele vai me ajudar muito na minha rotina. Vai me trazer muita qualidade de vida. O labrador de um ano e meio, obedece a comandos apenas em inglês. Maria Rita perdeu a visão aos 21 anos em decorrência de uma doença degenerativa. O cão guia custou R$ 25 mil, mas Maria Rita não pagou nada pelo animal. Ele foi conseguido por dois amigos que fazem parte do Instituto Iris, instituição que, por meio de uma parceria com uma escola de treinamento de cães-guia nos EUA, consegue importar animais para o Brasil. De acordo com Ersea Alves, que comanda o instituto, trazer os animais só é possível por meio de doações, parcerias e boa vontade de pessoas que ajudam. O Instituto Iris consegue doar dois animais por ano. De acordo com Marcelo Panico, também do Insitituto Iris, mais do que cães para serem treinados, faltam formadores. — Faltam treinadores, formadores de cães-guia, que possam entregar os animais com excelência e eficiência. Fonte: http://entretenimento.r7.com

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Santa Casa da Bahia abre inscrições para curso profissionalizante gratuito para pessoas com deficiência

O curso de qualificação para auxiliar administrativo, com informática básica, exclusivo para pessoas com deficiência física ou auditiva abrirá inscrições a partir das próxima terça-feira (3). Segundo a Santa Casa de Misericórdia da Bahia, o V Curso de Capacitação Profissional para Pessoas com Deficiências será realizado no período de 16 de julho a 24 de agosto, das 16h às 18h30, no Centro de Desenvolvimento de Pessoas (Cedepe).

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas em horário comercial na sede administrativa da Santa Casa da Bahia, na Pupileira, bairro de Nazaré, ou Cedepe que funciona ao lado do Hospital Santa Izabel, também em Nazaré. Para se inscrever é necessário que os candidatos apresentem cópias do RG, do CPF, da carteira de reservista e um comprovante de residência.

O objetivo do curso é oferecer a pessoa com deficiência uma oportunidade de qualificação profissional, de modo a facilitar a inserção no mercado de trabalho.Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 2203-9638/9691.

Fonte: http://www.jb.com.br/

domingo, 1 de julho de 2012

Acessibilidade urbana em discussão

Municípios da Região Metropolitana de Fortaleza e do Maciço de Baturité estiveram reunidos recentemente em Caucaia (CE) para discutir perspectivas para as pessoas com deficiência. É a etapa regional que antecede a Conferência Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Com a temática de "Novas perspectivas e desafios", um dos principais pontos discutidos no evento foi a acessibilidade urbana. O debate cearense já faz parte das metas do "Viver sem limite", o Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, lançado em novembro do ano passado pelo Governo Federal. O plano prevê investimentos de R$ 7,6 bilhões até 2014. A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência afirma que os Estados são obrigados a "adotar todas as medidas necessárias, inclusive legislativas, para modificar ou revogar leis, regulamentos, costumes e práticas vigentes que constituírem discriminação contra pessoas com deficiência". Conselhos Municipais Mas existem outras ações importantes até se chegar à acessibilidade. Assim, uma das propostas da conferência regional realizada em Caucaia é a criação e o fortalecimento dos Conselhos Municipais das Pessoas com Deficiência. Esses organismos farão frente às reivindicações da população diante das políticas públicas municipais. A etapa regional da III Conferência Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência foi realizada na Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos dias, no Centro de Caucaia. O tema foi "Um olhar através da Convenção da ONU sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência: novas perspectivas e desafios". O Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência é vinculado à Secretaria da Justiça e da Cidadania (Sejus). As reuniões regionais acontecem englobando todas as macrorregiões do Estado até o final de agosto, quando acontece a Conferência Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência no Ceará (de 29 a 31 de agosto). O primeiro evento regional aconteceu em Sobral (para os Municípios da Zona Norte), no início do mês. Documento Os eventos setoriais visam à formulação de um documento de sensibilização e de reivindicações das causas e lutas do Conselho Estadual. Além das palestras com os temas centrais, foram divididos grupos de trabalho com temas específicos à causa das pessoas com deficiência. Cada Município da Região Metropolitana de Fortaleza encaminhou dois representantes: um da sociedade civil e outro do Governo. De acordo com o IBGE, 45,6 milhões de pessoas no Brasil têm algum tipo de deficiência, o que representa 23% da população nacional. Em novembro do ano passado, o Governo Federal criou o "Viver sem Limite", o Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência. São ações estratégicas em educação, saúde, cidadania e acessibilidade. O plano tem metas para serem alcançadas até 2014 e a previsão orçamentária é de R$ 7,6 bilhões. Coordenados pela Secretaria Nacional dos Direitos Humanos da Presidência da República, o Viver sem Limites pretende criar ações até a outra ponta dos organismos: os conselhos municipais. A meta é assegurar o cumprimento da legislação no nível local, na cidade, comunidade, localidade, seja da zona urbana ou rural, onde estão os moradores. Mais informações: Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência do Ceará Rua Tenente Benévolo 1055, Fortaleza Telefone: (85) 3101.2870 Fonte: http://diariodonordeste.globo.com/