Contato

sábado, 29 de agosto de 2009

CARTAZ DO SEMINÁRIO

CARTAZ DO SEMINÁRIO

Seminários Copa 2014 Intervensão em Salvador.

O GT de Acessibilidade do CREA-BA estará realizando no dia 03/09 das 08:30 as 17:30 o seu ciclo de seminários visando a copa 2014 intervensão em Salvador.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

1. Conhecer as exigências e critérios definidos pela FIFA, para a participação de Salvador na Copa 2014.
2. Sensibilizar e estimular os profissionais envolvidos e a sociedade sobre a importância do tema mobilidade urbana, não só com foco na Copa 2014, como também na mobilidade sustentável para Salvador e RMS.
3. Conhecer os projetos existentes para Salvador e RMS, em níveis Municipal e Estadual, voltados para a mobilidade urbana;
4. Proporcionar uma troca de experiências entre segmentos envolvidos nas questões de mobilidade urbana;
5. Avaliar as possibilidades de contribuição aos gestores estadual e municipal nas diversas ações a serem implementadas;
6. Produzir um Relatório com recomendações/sugestões para que as propostas adotadas contemplem as necessidades da sociedade e reflitam a escolha da melhor alternativa dentre as possíveis, além de atender às determinações da FIFA para a Copa 2014.
7. Disseminar os resultados dos temas discutidos nos debates para os gestores públicos e a sociedade em geral.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Passe livre

Por gentileza enviem ao máximo de entidades que por ventura conheçam.Abraços.Caros Companheiros(as) da Sociedade Civil, Representantesdas Entidades de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência.Motivados por uma conversa ocorrida com a primeira Dama do estado Sra
Fátima Mendonça, na qual a mesma colocou-se a disposição e sensível anossa luta pelo passe livre intermunicipal como ferramenta de resgate dacidadania das pessoas com deficiência de todo estado, e assimsolicitou-nos a oficialização desse pleito em documento que pensamos serestratégico que haja uma construção coletiva com a participação de todas asentidades, e para que possamos levar ao COEDE na sua plenária que serealizará no dia 27 de agosto e encaminhá-lo o mais rápido possível aogrupo de voluntárias sociais do estado da Bahia.E para atender essa urgente demanda, convidamos todos e todas aparticiparem quarta-feira, dia 26 de agosto das 15:00h às 18:00h, no Centro dePastorais, na entrada do Garcia ao lado da rádio excelsior, de uma plenáriadas entidades do Movimento, com a seguinte pauta:1) Passe livre intermunicipal e Metropolitano.2) Formas de luta e atividades de mobilização em comemoração ao dia21/09 - dia nacional de luta em defesa dos direitos das pessoas comdeficiência. 3) Formas de reorganização do movimento estadual das pessoas comdeficiência.Sendo essa luta prioritária e a única porta de acesso à cidadaniaprincipalmente para as pessoas com deficiência que vivem em maior graude exclusão, esperamos poder contar com a participação de todos.Ajude-nos a divulgar.
Atenciosamente.
APALB
aABC
ARCCA
ABADEF
AMBIDEF
AFAGA
Evangel Vale Jr.Cel: 071 87540444e-mail: evangel_vale@hotmail.com
Um raciocínio lógico leva você de A a B. A imaginação leva você a qualquerlugar."Albert Einstein"Salvador Bahia

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Garantir uma plena acessibilidade

Garantir uma plena acessibilidade é um aspecto de essencial qualidade de vida de todos os cidadãos. O actual quadro comunitário da “União Europeia” dá prioridade a projectos que contemplem a acessibilidade acautelando, assim, a mobilidade da diversidade humana. Mas, convém não esquecer que a acessibilidade sempre foi uma preocupação de todos os governos, contudo as acções foram insuficientes.
Para descrever a acessibilidade contemporânea em poucas palavras diria que assenta em dois pilares fulcrais: a acessibilidade urbana ou arquitectónica e a acessibilidade tecnológica. Mas é necessário que as duas trabalhem em conjunto para garantir que todos os cidadãos possam ter o perfeito exercício do direito à cidadania.
Em seguida, a abrangência da acessibilidade e a inoperância do homem em pequenos tópicos:
Via Pública – Actualmente não existem intervenções urbanas inovadoras e coerentes com a filosofia de “Espaços Urbanos Acessíveis”, as passadeiras sem rampas são uma constante, os semáforos raramente estão bem temporizados, ainda não se eliminaram os obstáculos dos passeios e para as pessoas com problemas sensoriais faltam equipamentos de orientação e texturas diferenciadas.
Edifícios Públicos – É um autêntico cataclismo o acesso a edifícios públicos desde o seu espaço circundante até ao seu interior; os cinemas com falta de lugares para pessoas em cadeira de rodas; salas de conferências sem qualquer tipo de sinaléticas; museus constantemente inacessíveis devido às barreiras arquitectónicas, os áudio-guias sem uma perfeita descrição das obras; os WC adaptados são uma raridade; os tribunais continuam sem elevadores. Resumindo, muito falta fazer para colocar um fim às inacessibilidades dos edifícios públicos e privados.
Transportes Públicos – Em Portugal nunca existiu uma perfeita acessibilidade nos transportes públicos. Para um cidadão de cadeira de rodas viajar de comboio é obrigado a utilizar o “comboio pendular” por ser o único que tem elevador, facto que encarece a viagem. Em Portugal ainda não existem autocarros de piso rebaixado em número suficiente para permitir uma viagem de ida e volta. Os acessos acessíveis das gares para o interior dos comboios ou autocarros são raros, havendo uma maior assimetria entre os grandes centros urbanos e o interior do país.
Computador e Internet – Nesta sociedade contemporânea tudo gira à volta deste meio de comunicação desde uma simples escrita à navegação na Internet. No entanto, o maior construtor de sistemas operativos “Microsoft” pouco se empenhou em desenvolver processos de acessibilidade. Esta é uma “dívida” que o Sr. Bill Gates tem para com a sociedade. Na Internet, ainda, existem sites públicos inacessíveis. Apesar desta acessibilidade ter a sua complexidade, quando bem executada permite a inclusão digital de todos.
Turismo e Lazer – Devido à sua situação geográfica Portugal é um país apetecível para explorar o
turismo acessível, mas este deve ser feito num “conceito único”. Pois, os projectos isolados podem estar condenados ao fracasso, as entidades governamentais devem aproveitar esta plataforma para entrevir, regulamentar e apoiar para assim construir um país igualitário.
Gerontologia – Prevê-se que na Europa a população com mais de 60 anos vai aumentar 50% nos próximos 30 anos, tornando-se num grupo dominante, mais instruído e activo. O desenvolvimento tecnológico torna-se premente, baseado no desenho universal ou inclusivo. Quero querer que futuramente a televisão, Internet e as
casas inteligentes sejam completamente acessíveis e uma realidade para todos.
Finalizo com seguinte recado, foi criado o “
Conceito Europeu de Acessibilidade” mas este não passa de uma utopia porque, cada país tem as suas leis e a União Europeia ainda está muito longe de chegar a consensos.
Urge no entanto, construir mais e melhores acessibilidades com o objectivo de permitir a autonomia de todos os cidadãos, para isso anseia-se o contributo dos futuros
Engenheiros de Reabilitação Portugueses.

domingo, 23 de agosto de 2009

Calçadas livres melhorariam acessibilidade em Salvador

Calçadas livres melhorariam acessibilidade em Salvador
Kleyzer Seixas, do A TARDE On Line
Aristides Baptista / Ag A Tarde/Arquivo
Buracos e outros obstáculos são riscos para deficientes
Quatro anos depois do decreto federal 5.296, de 2004, que obriga a adequação e adaptação de todos os espaços públicos para os deficientes, as pessoas que possuem algum tipo de limitação física ainda encontram dificuldades para se locomover em Salvador. A cidade, segundo os próprios deficientes, pouco avançou na implantação de políticas públicas para atender a essa população de pouco mais de 400 mil pessoas.O maior problema está nas calçadas da cidade. Esburacadas ou cheias de obstáculos como vendedores ambulantes, postes, telefones públicos e lixeiras, esses locais que deveriam oferecer segurança aos pedestres em geral, sobretudo os deficientes, se mostram obstáculos quase intransponíveis. Em visita à capital baiana, o arquiteto da prefeitura municipal de São Paulo, José Renato Melhem, que nesta sexta-feira, 30, apresentou a palestra “Acessibilidade e Revitalização das Vias Públicas”, defende justamente a melhoria das condições de uso das calçadas como primeira condição para garantir a locomoção dos deficientes no espaço urbano.Coordenador do Programa Passeio Livre, na capital paulista, José Renato diz que o ideal é padronizar as calçadas para que as pessoas caminhem livremente e não encontrem obstáculos. “A idéia é liberar a calçada para deixar a área para o pedestre caminhar. Para que seja acessível a todas as pessoas, com ou sem restrição de mobilidade”.Segundo o arquiteto, 280 quilômetros de passeios foram padronizados em São Paulo e os resultados são animadores. Em toda essa extensão, foram introduzidas seis mil rampas. “Já dá para ver uma diferença muito grande. As pessoas percebem não só pelo conforto, mas visualmente é melhor também. Houve diminuição do número de acidentes com pedestres e aumento da venda no comércio em 20%”, destaca.A iniciativa em São Paulo pode servir de modelo para outras capitais brasileiras como Salvador, acredita Melhem. “É preciso trabalhar para resgatar o uso do espaço público. Caso contrário, as pessoas continuarão sendo prejudicadas. E não somente aquelas com deficiência, mas também outras que têm certas restrições, como as gestantes, os idosos, os obesos. E aí podemos perceber que é uma grande parcela da população”.Para melhorar as condições dos passeios, é preciso pensar a calçada como parte do sistema viário e não como área particular, como vem ocorrendo em diversas cidades brasileiras, adverte o arquiteto. “A calçada deve ser vista como algo contínuo, de esquina a esquina”, completa.OBSTÁCULOS - A rotina do candeirante Wilson Cruz, que tem paralisia total dos membros inferiores, é uma prova do quanto a falta de ordenamento das calçadas pode limitar a vida dos cidadãos com deficiência. Morador do bairro de Cosme de Farias, Wilson Cruz trabalha na Mouraria e encontra diversos transtornos para chegar até seu destino: as calçadas são quebradas, desniveladas e cheias de obstáculos. Além disso, não há rampas na maioria dos locais por onde passa. Para piorar, na Lapa, onde Wilson desembarca do ônibus para chegar até a Mouraria, é obrigado a subir as escadarias da estação de transbordo com a ajuda de outras pessoas. Insatisfeito com o roteiro pelo qual é obrigado a passar diariamente, Wilson reclama das tímidas iniciativas do poder público para resolver o problema da acessibilidade. “Estão dando banho de asfalto em diversas ruas, mas não cuidam das calçadas. É como se só existissem apenas os carros e os pedestres e cadeirantes fossem invisíveis”. Outro que se queixa é Jefi Ribeiro, também deficiente, que acredita que a cidade “não tem avançado em nada” na questão da acessibilidade. “Os passeios são quebrados e não existe manutenção”. O coordenador da ONG Vida Brasil em Salvador, Heron Cordeiro explica que, após o decreto da União, apenas os espaços privados e federais de Salvador têm oferecido ferramentas para auxiliar deficientes físicos, o que inclui cadeirantes e pessoas com deficiência visual. “O poder público tem obrigação, mas nada disso vem sendo feito, os prazos já expiraram e ainda estamos na mesma situação”, destaca.A reportagem do A TARDE On Line procurou a Coordenadoria de Apoio à Pessoa com Deficiência (Coap), da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (Sedes), da capital baiana, que se ocupa dos projetos voltados para pessoas com deficiência física, mas os responsáveis pelo órgão não foram encontrados para comentar o assunto.

Diagnóstico e Análise da Exclusão Educacional das Crianças e Adolescentes com Deficiência.

Diagnóstico e Análise da Exclusão Educacional das Crianças e Adolescentes com Deficiência.

Ao lado dos imensos contingentes populacionais que sofrem maior exclusão no Brasil representados pelas pessoas de raça negra/parda indígena, e nos diversos subgrupos de idade, sexo, encontra-se grande parte dos 25 milhões de brasileiros, 14,5% da população Brasileira, que declarou possuir alguma deficiência permanente ao Censo 2000.
Entre as regiões brasileiras, o nordeste e o norte apresentam percentual de incidência de deficiências acima da média nacional, respectivamente, 16,7% e 16,1%. E entre, os sexos o percentual de deficiência é maior entre as mulheres, 15,3% contra 13,7% dos homens.
Quando se analisa a escolaridade de pessoas com deficiência, com 15 anos ou mais, verifica-se que 41,3% ou não possui instrução ou tem menos de 1 ano de estudo e que 26,9% do total desse grupo possui apenas de 1 a 3 anos de estudo. Esses 2 grupos somados totalizam quase 11 milhões de pessoas com deficiência, com nenhuma ou baixíssima escolaridade. Situação que evidencia a grande dificuldade das crianças e adolescentes permanecerem na escola.
Em relação às crianças e adolescentes da área rural será necessário um esforço redobrado para fazer face a potencialização da exclusão escolar e atender cerca de meio milhão de crianças e adolescentes de 0 a 17 anos, com deficiência, que vivem no meio rural, inseridos na realidade das classes multisseriadas, da ausência de transporte e ajudas assistivas agravada pelo despreparo do professor e pela dificuldade de acesso aos meios de comunicação e informação e aos instrumentos e centros de formação e capacitação de professores.
Os indicadores educacionais entre adolescentes com deficiência, entre 12 e 17 anos, demonstram que estes têm 4 vezes mais possibilidade de estar fora da escola do que os adolescentes sem nenhuma deficiência e que a taxa de analfabetismo das crianças e adolescentes, com alguma deficiência , em idade de cursar o ensino fundamental é o dobro das crianças sem deficiência . Quando analisa-se a iniqüidade entre os diversos tipos de deficiência percebe-se que as crianças e adolescentes com deficiência mental e deficiência física e motora são os mais penalizados, pois representam o maior percentual que não consegue ter seu acesso e permanência na escola garantidos.
Que razoes explicam tamanha desigualdade no direito ao acesso a educação de crianças e adolescentes com deficiência?
De historia recente, a responsabilidade pela educação de crianças e adolescentes com deficiência foi tratada a partir de uma política central, concebida de forma segregada ao sistema regular de ensino, amparada pelo paradigma da integração social, que objetivava prover, de forma indireta, com a conseqüente omissão da ação do Estado, principalmente no campo da deficiência mental, (via APAE e Pestalozzi) o acesso a educação. A existência de uma rede paralela pode ser explicada pela característica dessas instituições para deficientes mentais que dispunham de algum poder de organização interna e de pressão para criarem uma rede própria de atendimento educacional, paralela ao sistema público de ensino para possibilitar o acesso à escola dessas crianças e adolescentes. Em relação às deficiências sensoriais, foram criados alguns institutos escolares específicos e isolados, sob responsabilidade do governo federal, como o INES e Instituto de Cegos, no Rio de janeiro, copiados por alguns estados, mas ainda em numero e dispersão, insuficientes para atender toda a demanda apresentada por esses setores das deficiências sensoriais. Enquanto isso, as pessoas com deficiência física e motora, cujas necessidades de acesso a educação envolvem recursos diversos, de maior complexidade de diferentes área, como a saúde ( orteses e próteses, atendimento de reabilitação), o transporte ( transporte especial porta-a-porta e transporte acessível), e de acessibilidade física as escolas, foram os mais penalizados no seu direito à educação e representam o maior numero de crianças e adolescentes ausentes ou incapazes de permanecer na escola.
· A ausência de investimentos públicos e de uma estratégia central sistêmica e coordenada de enfretamento, envolvendo a preparação dos professores, a disponibilidade de recursos pedagógicos e assistivos e a flexibilização curricular para fazer face a situação de enorme exclusão escolar das pessoas com deficiência na rede regular de ensino de primeiro e segundo grau.
O CONTEXTO
- Com a Constituição de 1988, inicia-se uma nova formulação teórica sobre os direitos educacionais das crianças e adolescentes com deficiência. O paradigma muda de Integração social, para inclusão social. De acordo com o novo paradigma da Inclusão Educacional, a diversidade identificada entre as características humanas, abrangidas pelos aspectos de raça, idade, gênero, de conformação física, sensorial e intelectual deve ser reconhecida e incorporada aos fundamentos de um modelo social mais justo e igualitário, capaz de acolher as diferenças para a realização de um País para todos. A partir desta mudança, crianças e adolescentes com deficiência têm direito a educação, assegurado pela rede publica regular de ensino, como todas as outras. O princípio da Inclusão Educacional empresta novo significado aos direitos das pessoas com deficiência e redimensiona a importância das responsabilidades publicas governamentais, em relação ao direito a educação pública, de qualidade para todos, incluindo as crianças e adolescentes com deficiência. E, para que esta mudança ocorresse foi fundamental a influencia e a pressão exercida por entidades da sociedade civil de defesa de direitos das pessoas com deficiência e direitos humanos, dos organismos e fóruns internacionais de apoio e ajuda mútua para o efetivo compromisso de assegurar legalmente a equiparação de oportunidades educacionais.
- Os indicadores de exclusão educacional, principalmente, entre crianças e adolescentes com deficiência mental revelam que a adoção de um modelo educacional, baseado numa rede privada filantrópica, de natureza economicamente frágil e incerta, mantida por doações e convênios irregulares e da existência de salas especiais e segregadas nas escolas públicas da rede regular de ensino são insuficientes para prover oportunidades igualitárias educacionais para crianças e adolescentes com déficit intelectual.
Ao enfocar um dos aspectos centrais sobre a Diversidade a Prof Luiza Bairros escreveu um alerta sobre o perigo de considerar a diversidade apenas nas aparências e reflete sobre a ausência da diversidade em nosso mundo: “Falta diversidade na escola, o que distorce a experiência histórica dos diferentes grupos sociais e raciais: falta diversidade nas imagens mais freqüentemente veiculadas pelos meios de comunicação; falta diversidade nas posições sociais mais valorizadas; falta diversidade na composição das ONGs, das organizações internacionais e dos órgãos públicos – que teoricamente deveriam existir para promover a diversidade que eles mesmos negam na sua prática cotidiana; falta diversidade nos objetivos das políticas públicas, até porque a diversidade também é peça rara entre os que formulam e implementam essas políticas”.
Para mudar esta situação no âmbito da educação propomos:
Requisitos de Acessibilidade a crianças e adolescentes com deficiência para assegurar acesso e permanência na escola.
Destinação dos recursos públicos dos fundos legais dirigidos ao financiamento e desenvolvimento da Educação Básica, para o desenvolvimento de programa de Inclusão “Escola para Todos, tendo em vista a necessidade de prover condições objetivas para a redução da exclusão escolar e das desigualdades entre as crianças e adolescentes social e economicamente mais desfavorecidas.
Para assegurar as crianças e adolescentes com deficiência física, sensorial e mental condição básica de acesso ao ensino é necessário:
implementar estratégias pedagógicas diferenciadas, prover espaços com mobilidade e proporcionar o acesso e a utilização de equipamentos e instalações escolares.
Rever o papel das escolas especializadas na sociedade inclusiva.
Levantamento das escolas da rede pública e suas condições de acessibilidade e adaptação física da rede de escolar.
Garantia de que as crianças estudem próximas as suas residências. Garantia do transporte escolar, caso não tenha ônibus ou rota acessível.
Incluir nas pesquisas educacionais instrumentos destinados a avaliar as condições de oferta e de acessibilidade às escolas das crianças socialmente mais frágeis
§ Questionamento do conceito de competência como avaliador e como aspecto diretamente relacionado à permanência na escola;
§ Desenvolver e utilizar a modalidade do ensino a distancia para a formação de professores
§ Instituir e direcionar verbas públicas e apoios internacionais para fundo de pesquisa, tendo em vista conhecer e avaliar com mais profundidade as condições de Inclusão de crianças com deficiência e social e economicamente mais frágeis.
§ Deverá emanar diretriz central para que escolas, com o apoio das entidades de defesa, dos órgãos técnicos e científicos, sigam os requisitos de acessibilidade, tomando-se como referência a Norma Brasileira NBR 9050, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que trata da Acessibilidade de Pessoas Portadoras de Deficiências a Edificações, Espaço, Mobiliário e Equipamentos Urbanos.
No que diz respeito aos requisitos de acessibilidade relacionados aos alunos com deficiência física motora, todas as escolas deverão observar e cumprir:
§ eliminação de barreiras arquitetônicas para circulação do estudante, permitindo acesso aos espaços de uso coletivo;
§ reserva de vagas em estacionamentos nas proximidades das unidades de serviço;
§ construção de rampas com corrimãos ou colocação de elevadores, facilitando a circulação de cadeira de rodas;
§ adaptação de portas e banheiros com espaço suficiente para permitir o acesso de cadeira de rodas;
§ colocação de barras de apoio nas paredes dos banheiros;
§ instalação de lavabos, bebedouros e telefones públicos em altura acessível aos usuários de cadeira de rodas;
No caso dos alunos com deficiência visual, os requisitos mínimos de acesso e permanência deverão observar e cumprir:
§ sala de apoio equipada como máquina de datilografia braile, impressora braile acoplada ao computador, sistema de síntese de voz e leitores de tela, gravador e fotocopiadora que amplie textos, software de ampliação de tela, equipamento para ampliação de textos para atendimento a aluno com visão subnormal, lupas, réguas de leitura, scanner acoplado a computador;
§ adoção de um plano de aquisição gradual de acervo bibliográfico em braile e de fitas sonoras para uso didático;
§ Sites e Comunicação digital acessíveis
Quanto a alunos com deficiência auditiva os requisitos de acessibilidade deverão:
§ propiciar a mediação e a inclusão do intérprete de língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) / língua portuguesa durante o percurso escolar
§ adotar flexibilidade no processo de ensino e de avaliação valorizando o conteúdo semântico;
§ de estimular o aprendizado da língua portuguesa, principalmente na modalidade escrita
Proporcionar aos professores acesso a alternativas de formação continuada que contemple as especificidades das crianças e adolescentes pobres, negras, com deficiência e indígenas, por meio:
Do acesso a cursos e a literaturas e informações específicas sobre o universo da diversidade e as condições de vida das crianças e adolescentes mais penalizados pela desigualdade de oportunidades.
Da criação de estimulo financeiro aos professores para a formação continuada tendo em vista valorizar e fortalecer os professores para realização efetiva da Inclusão de crianças e adolescentes socialmente mais vulneráveis.
Dados estatísticos
Distribuição por tipo de deficiência no Brasil:Dados retirados da tabela 2.1.3 – População residente, por tipo de deficiência, segundo as grandes regiões.
Fonte IBGE
Grandes Regiões e unidades da Federação
População Total
Pelo menos uma das deficiências enumeradas
Deficiência Mental permanente
Tetraplegia ou hemiplegia permanente
Falta de membro ou parte dele
Brasil
169 872 859
24 600 255
2 844 936
937 462
478 59
Grandes Regiões e unidades da Federação
População Total
Incapaz, com alguma ou grande dificuldade permanente de enxergar.
Incapaz, com alguma ou grande dificuldade permanente de ouvir.
Incapaz, com alguma ou grande dificuldade permanente de caminhar.
Nenhuma destas deficiências
Brasil
169 872 859
16 644 840
5 735 099
7 939 784
143 726 948
Pelo menos um tipo de deficiência
Pessoas c/ def.
(B)
Percentual
(B)/(A)
BRASIL
169 799 170
24 537 984
14,5%
Norte
12 900 704
2 077 120
16,1%
Pará
6 192 307
1 100 202
17,8%
Nordeste
47 741 711
7 973 282
16,7%
Bahia
13 070 250
2 001 059
15,3%
Sudeste
72 412 411
9 350 975
12,9%
São Paulo
37 032 403
4 138 934
11,2%
Sul
25 107 616
3 538 781
14,1%
Rio Grande do Sul
10 187 798
1 542 325
15,1%
Centro Oeste
11 636 728
1 597 826
13,7%
Goiás
5 003 228
666 266
13,3%
Dados retirados da tabela 1.4.2 – População residente, por tipo de deficiência, situação do domicílio, o sexo e os grupos de idade - Brasil
População residente
Total (A)
Pelo menos
uma deficiência (B)
% (B)/(A)
Total
169 872 856
24 600 256
14,5%
Homens
83 602 317
11 420 544
13,7%
Mulheres
86 270 539
13 179 712
15,3%
Dados retirados da tabela 1.4.3 – População residente, por tipo de deficiência, segundo a cor ou raça – Brasil
População residente
Total (A)
Pelo menos
uma deficiência (B)
% (B)/(A)
Total
169 872 856
24 600 256
14,5%
Branca
91 298 042
12 579 886
13,8%
Preta
10 554 336
1 844 303
17,5%
Amarela
761 583
106 064
13,9%
Parda
65 318 092
9 805 273
15,0%
Indígena
734 127
125 255
17,0%
Sem declaração
1 206 675
139 475
11,6%
Dados retirados da tabela 1.4.1 – População residente, por tipo de deficiência, segundo a situação do domicílio e os grupos de idade – Brasil. segundo o sexo e os grupos de anos de estudo –Brasil
Total (A)
Pelo menos
uma deficiência(B)
% (B)/(A)
Total
População Urbana
137 925 238
19 754 445
14,3%
5 a 9 anos
12 787 346
565 525
4,4%
10 a 14 anos
13 509 943
860 994
6,4%
15 a 17 anos
8 511 442
550 801
6,5%
População Rural
31 947 618
4 845 812
15,1%
5 a 9 anos
3 788 326
142 239
3,7%
10 a 14 anos
3843 740
222 044
5,8%
15 a 17 anos
2 215 597
138 471
6,2%
Dados retirados da tabela 1.4.6 – Pessoas de 15 anos ou mais de idade, portadoras ou não de deficiência, segundo o sexo e os grupos de anos de estudo –Brasil

Pessoas de 15 anos ou mais de idade portadoras
ou não de deficiência
Total (A)
Pelo menos
uma deficiência(B)
18,8%
% (B)/(A)
Total
119 556 675
41,3%
22 438 924
Sem instrução e menos de 1 ano
13 904 626
26,9%
5 735 758
1 a 3 anos
19 316 634
16,7%
5 207 569
4 a 7 anos
37 570 144
10,7%
6 281 238
8 a 10 anos
20 789 737
10,0%
2 221 696
11 a 14 anos
20 957 396
10,2%
2 097 197
15 anos ou mais
5 911 119
26,4%
603 218
Não determinados
1 107 018
292 24%
Fonte IBGE ( Instituto brasileiro de geografia e estatística), Censo demográfico 2000.
Existem 280 mil alunos matriculados com deficiência em escolas especiais de 1 a 8 serie.
300 mil alunos estão em classe regulares no ensino fundamental.
Apenas 9 mil alunos chegaram ao ensino médio
Há 18.200 escolas publicas para alunos com deficiência no país.
Somente 120 títulos didáticos tem versão em Braille ( dados MEC)
Na comparação da equidade, considerando o intervalo de 0 a 3 anos de estudo, entre os sexos de pessoas com deficiência , as mulheres são maioria, somando 54% do total desse grupo. As estatísticas no Brasil mostram também que a situação de deficiência atinge mais as regiões Norte e Nordeste. Entre as raças, a incidência de deficiência é maior entre os negros e índios. Em Salvador foram identificadas pelo Censo 2000, aproximadamente, 460 mil pessoas com deficiência.
-------------------------------------------------
Comissão Civil de Acessibilidade de Salvador – COCAS - 29/03/2004
Elaboração e Redação: Regina Atalla – CVI – BA
Islândia Hazard – VIDA Brasil

Atitudes negativas sabotam o potencial de quem tem deficiência

Entrevista íris Carvalho
"Atitudes negativas sabotam o potencial de quem tem deficiência"
Íris Carvalho Silva, 33 anos, é formada em Administração de Empresas e trabalha em uma agência do Banco do Brasil, em Salvador, Bahia. Nascida em Remanso, no mesmo estado, solteira, é tetraplégica, em função de acidente automobilístico, em 1989, aos 19 anos de idade. Superado o choque inicial, Íris hoje defende os direitos e o espaço de pessoas com deficiência, sendo presidente do Centro de Vida Independente (CVI), da Bahia, uma instituição que vem ganhando grande destaque em âmbito nacional por estar à frente de uma ação cível pública para garantir acessibilidade nos ônibus interestaduais na Bahia. Confira entrevista exclusiva ao Jornal da AME:
AME - Quais são as limitações ou dificuldades que uma pessoa com deficiência enfrenta no dia-a-dia? Íris Carvalho - As pessoas com deficiência enfrentam pelo menos três grandes dificuldades: os problemas inerentes à deficiência, as barreiras do preconceito e um modelo social excludente. A deficiência física por lesão medular, que é o meu caso, tem conseqüências que influenciam fortemente no modo como conduzimos as atividades diárias. Algumas são aparentes, outras nem tanto, por isso, às vezes, ignoradas e desrespeitadas. Há perda de mobilidade, força, equilíbrio, sensibilidade, há mudança no funcionamento da bexiga, intestino, fatores que ao longo do tempo, sem uma reabilitação adequada, causam seqüelas graves. Outros tipos de deficiência causam limitações diferentes, mas que também demandam cuidados, tempo, recursos humanos, tecnológicos e financeiros extras. Apenas 2% das pessoas com algum tipo de deficiência têm acesso ao serviço público ou particular de reabilitação, segundo a Organização Mundial de Saúde. Logo, conclui-se que a tendência é que problemas de fácil prevenção ou manutenção tornem-se maiores, comprometendo atividades da vida diária. Outro grande problema é a desinformação ou subinformação a respeito da real capacidade das pessoas com deficiência, tanto delas próprias, da sua família, como da sociedade em geral. Isso cria a barreira invisível, quase intransponível, do preconceito, que aumenta a exclusão. As atitudes negativas sabotam o potencial ou criam super-heróis, mas nunca igualam capacidade, dificuldades, desejos com os das pessoas sem deficiência. A negação da deficiência como mais uma característica humana, faz a sociedade negar também sua responsabilidade de disponibilizar serviços e propor leis que garantam direitos específicos para a igualdade de oportunidades.
AME - Qual é sua avaliação sobre o modelo social hoje vigente no que diz respeito às pessoas com deficiência? Íris - Nosso modelo social possui um problema estrutural crônico. Convivemos, predominantemente com a exclusão, parcialmente com a integração e pontualmente com a inclusão social. Este modelo, que é o ideal, prevalecerá quando a sociedade, através de tomada de consciência, se preparar para acolher todos os seus cidadãos, respeitando sua diversidade, eliminando barreiras, promovendo acessibilidade em todas as suas formas, para que todos possam desenvolver seu potencial. Por exemplo, o governo, através da elaboração e execução de políticas adequadas, promove a acessibilidade física nas escolas regulares, espaços, prédios, transportes e meios de comunicação; proporciona a capacitação de professores para atender as diversas demandas das crianças com e sem deficiência, acompanhando o processo até que a formação profissional do indivíduo possa ser completada. As empresas preparam seus espaços, programas, instrumentos, sistemas de comunicação, pessoal, de forma a atender funcionários, clientes, que possuam as mais diversas características. Do outro lado, as pessoas se preparam para assumir seus papéis na sociedade. A inclusão é uma via de mão dupla. Só é legítima dessa forma. Porém hoje a realidade da grande maioria das pessoas com deficiência é de exclusão total dos sistemas sociais. Exclusão e inclusão acontecem paralelamente ao modelo da integração, que é a preparação unilateral das pessoas com deficiência para assumir papéis numa sociedade isenta de responsabilidades. O cidadão que já possui dificuldades ligadas à deficiência, tem que arcar com todo o ônus, sobrecarregando seu físico ao locomover-se nos transportes e espaços de difícil acesso e circulação, sujeitando-se aos serviços disponíveis, que põem em risco a sua integridade física e desrespeitam o direito à dignidade. Se optarem por serviços especiais e acompanhantes, arcarão com o ônus financeiro, pagando caro por eles. A violação dos diversos direitos, principalmente do direito de ir e vir, que permeia todos os outros (educação, trabalho, saúde, lazer, cultura), aliado à impunidade, impossibilita o exercício da cidadania não só por parte das pessoas com deficiências, mas de uma significativa parcela da população, incluídos aí quem possui doenças crônicas, idosos, obesos, grávidas, etc. Todos que estão fora do padrão ideal, ilusório, da perfeição.
AME - Quais são as conquistas que podemos destacar no universo das pessoas com deficiência? Íris - Existem pessoas trabalhando sério, principalmente em ONGs, a exemplo da AME e dos CVIs, influenciando as políticas públicas, mudando o rumo da sociedade brasileira e o futuro das pessoas com deficiência para melhor. Temos recursos humanos, capacidade técnica instalada e soluções tecnológicas, que podem amenizar ou eliminar limitadores físicos e cognitivos das pessoas. Existe uma proposta interessante de criação da Associação Brasileira de Ajudas Técnicas, em Pernambuco. Eu uso adaptações para escrever, digitar, uso cadeira de rodas motorizada, em ambientes de difícil locomoção. Tenho consciência de que, no âmbito social, a busca da articulação, e no físico, a busca da tecnologia assistiva, podem ser a diferença entre estar incluído ou fora da sociedade
AME - A partir de quando e como se deu seu envolvimento com a luta em prol da pessoa com deficiência? Íris - A busca de parceiros para encontrar soluções, em qualquer área, é uma característica do ser humano, um processo que é amadurecido ao longo da vida. Sempre procurei grupos, seja de religião, teatro, esporte, dança, para interagir, contribuir, de forma voluntária. Com relação ao CVI, começou mais ou menos em 1998, quando senti necessidade de saber e divulgar eventos relacionados às pessoas com deficiência, em Salvador. Eu fazia parte do grupo de dança "Sobre Rodas" e precisava de um espaço para divulgar os espetáculos. Nessa época resolvi fazer homepages para complementar minha aposentadoria. Escolhi fazer um site em que pudesse reunir as mais diversas informações pertinentes ao universo das pessoas com direitos específicos, principalmente com deficiência. Então começou uma maratona em busca de serviços, produtos e políticas existentes em Salvador, que atendessem a esse público. Pude ter uma visão panorâmica da atuação da sociedade civil e poder público e perceber a visão mais assistencialista de umas associações ou a promoção da independência de outras. Foi ao ar o site "encontro" http://encontro.virtualave.net , divulgando, de forma inédita, num mesmo lugar, serviços prestados pelas ONGs de apoio às pessoas com deficiência, em Salvador. Por causa desse meu interesse, fui convidada a participar do primeiro protesto em prol da acessibilidade em Salvador, liderado por várias entidades da área da deficiência e direitos humanos, o que motivou minha atuação no CVI Bahia.
AME - O que representa hoje o CVI na sua vida e na vida das pessoas com deficiência?Íris - O movimento de Vida Independente mudou o rumo da história das pessoas com deficiência no mundo. Aconteceu em Berkeley, Califórnia - USA, nos anos 60. Pessoas com deficiência física muito severa foram para as ruas expor sua indignação por viverem isolados socialmente e mostrar que, apesar das limitações físicas, tinham poder interior de fazer escolhas, tomar decisões e assumir o controle da própria vida. Naquele momento se dissolveu o grande equívoco de que a incapacidade está nas pessoas que possuem algum tipo de deficiência. A sociedade é que evidencia a incapacidade dos indivíduos, ao construir barreiras que impedem o exercício pleno da cidadania. Portanto ela deve ser responsável por eliminar tais barreiras e promover a inclusão social. Em 1972, foi criado lá o primeiro CVI, que depois espalhou-se pelo mundo. Atualmente, somente nos Estados Unidos existem mais de 500 centros. No Brasil, existem 21 CVIs e um Conselho Nacional, o CVI Brasil, que representa nacional e internacionalmente a entidade. A Filosofia de Vida Independente, desenhada ao longo do tempo a partir de valores que visam reforçar o poder interior das pessoas com deficiência, a fim de que possam construir o mundo que elas desejam para si, tem norteado documentos internacionais e literatura específica atual. Na minha vida, o CVI tem ocupado grande espaço nos últimos 5 anos. O CVI-BA é um grupo pequeno e não tem liderados. São pessoas com e sem deficiência, imbuídos na busca de um mundo melhor para nós mesmos e para todas as pessoas. Isso é muito rico; é a opção voluntária, responsável, de construção do futuro. Nossa equipe funciona 24 h no ar, pois não temos em quem mandar, de quem cobrar, nem a quem culpar, se o resultado não for o esperado. Temos independência para escolhermos parceiros, projetos, locais de reunião, que normalmente é algum shopping, barzinho, hotel, enfim. Muito trabalho, muita farra, muita cumplicidade. Temos credibilidade e reconhecimento entre as instituições da sociedade civil, em Salvador e fora também. Isso tudo significa que o CVI vai muito além de um projeto social, uma ajuda a uma organização. O CVI é minha vida, parte da minha história sendo escrita por mim, de forma isenta e independente, com muita paixão.
AME- Como são tratadas na Bahia (em especial, em Salvador) as questões relativas ao universo da pessoa com deficiência sob o ponto de vista de políticas públicas e acessibilidade? Íris - A Bahia tem um território muito grande. Acredito que em Salvador e em Feira de Santana, a segunda maior cidade daqui, tenhamos avançado mais em algumas questões. Convivemos com muitas formas de exclusão, a exemplo da escolar, no trabalho, saúde, transporte. De forma organizada e sistemática, diversas entidades da sociedade civil da área das várias deficiências e direitos humanos formaram a COCAS - Comissão Civil de Acessibilidade de Salvador. Hoje são 15 entidades, com o objetivo maior de promover inclusão, a partir da garantia do direito de ir e vir, de forma segura e independente. Uma pesquisa inédita, realizada pela COCAS, levantou as condições de acessibilidade em Salvador, o que motivou o Ministério Público Federal a cobrar dos prédio públicos federais, requisitos de acessibilidade. A Prefeitura já fez parceria para treinamento de seus técnicos pela COCAS. Está sendo desenvolvido também o projeto de assessoria jurídica às pessoas com deficiência. Pressionamos, com nossas reivindicações, para que a construção e reforma de praças e vias públicas contemplem a acessibilidade. A mídia incorporou a terminologia adequada para as questões da deficiência e está, como aliada cobrindo eventos e denúncias. O conceito de desenho universal e de cidade para todos, hoje faz parte do discurso coletivo. Aos poucos a sementinha cresceu, pois havia convicção nas idéias e ações. Buscamos o caminho certo, da articulação, da parceria e saímos todos reforçados dessa decisão.
AME- Poderia deixar uma mensagem para nossos leitores? Íris - Deixemos a passividade de lado. Não percamos a capacidade de nos indignar com a injustiça e de lutar pela equiparação de oportunidades. Em Salvador, recentemente, os estudantes pararam a cidade por vários dias, na luta pela desoneração dos transportes. O Poder público se curvou, a mídia apoiou, a opinião pública aplaudiu, pois sentiram na atuação daqueles jovens o resgate da cidadania de toda a população. Já temos leis demais, precisamos cobrar a efetivação do Direito. Temos nas mãos instrumentos poderosos como o voto, a associação, o acesso à Justiça. Construir o futuro que queremos, isto sim trará felicidade, não só para 2004, para nossa geração, mas enquanto tiver a vida.

sábado, 22 de agosto de 2009

Micro Onibus Adaptados

E vocês talvez não conheçam os micro-ônibus campineiros...os que são inclusivos (adaptados para cadeirantes) podem tanto ter elevador ou serem "PBT" (piso baixo traseiro).A traseira do micro-ônibus é rebaixada, permitindo o acesso por rampa, lá em baixo.

rampa da cadeira de rodas usada para baixas barras-ônibus da cidade do assoalho





Caracterizar & Especificar rampa da cadeira de rodas usada para baixas barras-ônibus da cidade do assoalho
QUALIDADE: ELEVADO
a rampa da cadeira de rodas usada para a barra-ônibus, especial para a baixa barra-ônibus da cidade do assoalho ganhou o chinês paten (o número do paten: Zl 02 2 83133.9) os produtos tem o teste running de estender e de retrair 10000 vezes continuamente, e provado com boa confiabilidade e safty.
A rampa da cadeira de rodas elétrica é inimigo que apropriado o baixo-assoalho transporta. É instalada sob a etapa da porta do passageiro. A plataforma da rampa pode existente firmemente. Quando os extants da plataforma à posição final, a extremidade traseira da plataforma forem levantados automaticamente a fim eliminar o heigh do ponto inicial, de modo que a alavanca da parte traseira da plataforma como a alavanca do assoalho.
Vantagens:
. extensões e retrai firmemente
. seja feito da liga inoxidável de aço, de alumínio e do favo de mel do alumínio.
. é claro e anti-corrrosive.
. o programa informático e o sensor de proximidade podem realizar o controle eletrônico costomizable
. Compatibilidade electrónica testada de acordo com 95/94 dos padrões.
Detalhes:
. length&width&height: 1415mm*1125*60mm
. length&width da plataforma: 1065*1008mm
. altura de funcionamento: 350mm
. capacidade de carregamento: 350kg
. altura de levantamento da extremidade traseira da plataforma: 55mm
. peso inoperante: 45kg

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Morre Eunice Kennedy, irmã de JFK e fundadora da Paraolimpíada

Publicidadeda Folha Online

Eunice Kennedy Shriver, 88, irmã do presidente americano John F. Kennedy, assassinado em 1963, morreu na madrugada desta terça-feira. Fundadora da Paraolimpíada, Eunice estava internada no hospital da cidade de Hyannis, Estado de Massachusetts, há cerca de dez dias, devido a uma série de derrames.
Divulgação Irmã de JFK, Eunice Kennedy fundou as Paraolimpíadas Os irmãos de Eunice, além de JFK, eram Robert Kennedy, senador pelo Estado de Nova York assassinado em 1968, e o senador Ted Kennedy, que luta contra um câncer cerebral que foi diagnosticado em maio de 2008 e é considerado um dos nomes mais importantes do Partido Democrata. Eunice deixa o marido e filhos, entre eles Maria, ex-apresentadora de TV casada com o ator e governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger.
Considerada uma das maiores defensoras dos direitos dos deficientes físicos nos Estados Unidos, Eunice realizou a primeira Paraolimpíada em 1968, inspirada pela sua irmã mais velha, Rosemary, que sofreu de deficiência mental durante a maior parte da sua vida devido a uma lobotomia. Eunice não apenas fundou a Paraolimpíada como defendeu os direitos das pessoas com deficiências até seus 80 anos.
"Ela era a luz das nossas vidas, uma mãe, mulher, avó, irmã e tia que nos ensinou por meio do exemplo e com paixão o que significa viver uma vida guiada pelo amor e pela devoção ao próximo", afirmou a família, em comunicado. "Ela transformou a vida de centenas de milhões de pessoas pelo mundo, e eles são o legado vivo dela."

Com Associated Press

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

ILUSÕES DO AMANHÃ

Poema de um aluno da APAE

ILUSÕES DO AMANHÃ

'Por que eu vivo procurando um motivo de viver, Se a vida às vezes parece de mim esquecer? Procuro em todas, mas todas não são você. Eu quero apenas viver, se não for para mim, que seja pra você.. Mas às vezes você parece me ignorar, Sem nem ao menos me olhar, Me machucando pra valer. Atrás dos meus sonhos eu vou correr. Eu vou me achar, pra mais tarde em você me perder.. Se a vida dá presente pra cada um, o meu, cadê? Será que esse mundo tem jeito? Esse mundo cheio de preconceito. Quando estou só, preso na minha solidão, Juntando pedaços de mim que caíam ao chão, Juro que às vezes nem ao menos sei, quem sou. Talvez eu seja um tolo, que acredita num sonho. Na procura de te esquecer, eu fiz brotar a flor. Para carregar junto ao peito, E crer que esse mundo ainda tem jeito. E como príncipe sonhador... Sou um tolo que acredita, ainda, no amor.'
PRÍNCIPE POETA (Alexandre Lemos - APAE)
Este poema foi escrito por um aluno da APAE, chamado, pela sociedade, de excepcional.. Excepcional é a sua sensibilidade!