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quinta-feira, 19 de abril de 2012

Vânia defende direitos de idosos e deficientes

O Artigo 5º da Constituição Federal estabelece o que se convencionou a chamar de “direito de ir e vir” de todos os cidadãos brasileiros. Qualquer pessoa, livre ou não de deficiência ou mobilidade reduzida, deveria, pelo menos na teoria, ter o direito de chegar facilmente a qualquer lugar. Para discutir o assunto, com foco nos deficientes e idosos, uma audiência pública foi realizada na manhã desta quarta-feira (18), no Centro de Cultura da Câmara. A vereadora Vânia Galvão (PT), propositora do evento, cobrou mais esforços dos poderes públicos para que seja garantido o direito constitucional.
“Nosso objetivo com o debate público ‘Cidade acessível? A mobilidade urbana para deficientes e idosos em Salvador’ é encontrar soluções para estimular a conscientização da população e dos poderes públicos para que eles respeitem estes segmentos”, declarou Vânia Galvão.
A vereadora lembrou, também, da aprovação do projeto de lei, de sua autoria, que cria uma credencial para que idosos possam ser identificados nas vagas destinadas ao segmento nos estacionamentos da Zona Azul. “Já vi, em várias oportunidades, jovens estacionando nestas vagas. Com a identificação, evitaremos isso. O projeto já foi aprovado e estava previsto para ser regulamentado até 1º de novembro do ano passado. Até agora, não foi. Queremos explicação para isso”, cobrou Vânia.
O debate público reuniu representações dos poderes públicos e de associações que lutam pelos idosos e deficientes. O representante da Comissão Civil de Acessibilidade de Salvador (Cocas), Wilson Cruz, fez uma apresentação sobre as dificuldades enfrentadas pelos deficientes nas ruas da cidade. Falta de educação de motoristas e cobradores de coletivos, ônibus parados distante dos passeios, buracos e impaciência dos usuários de transportes públicos com a entrada de pessoas portadoras de deficiência foram alguns dos problemas citados na explanação.
Conscientização
Uma maior conscientização da população e dos poderes públicos sobre a importância da garantia dos direitos dos idosos foi defendida pelo coordenador da Associação dos Aposentados e Pensionistas da Bahia, Marcos Barroso. “Essa mudança tem que ser cultural na sociedade. Devemos começar um trabalho de conscientização”, declarou.
De acordo com a gerente de Educação da Transalvador, Mirian Bastos, todos os problemas apontados no debate público serão levados ao superintendente Alberto Gordilho. “Fizemos algumas ações que, muitas vezes, não alcançaram o resultado esperado. Para conseguirmos melhorias significativas, contamos com o apoio da sociedade civil organizada”, disse.
Para a representante da Secretaria Municipal dos Transportes e Infra-Estrutura (Setin), Silvia Martins, muitos avanços já foram alcançados, mas a mudança de pensamento dos cidadãos é lenta. “O deficiente, historicamente, sempre foi deixado de lado e à margem da sociedade. Isso está mudando. A Setin se preocupa com a questão, tanto que eu, uma pessoa com deficiência, fui chamada para participar deste processo. Muita coisa já melhorou, mas precisamos da resposta de vocês para continuarmos avançando”, concluiu.

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