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segunda-feira, 30 de abril de 2012

Pessoas com deficiência visual terão sessões de cinema gratuitas em São Carlos (SP)

A Prefeitura de São Carlos (SP), via Coordenadoria de Artes e Cultura e Espaço Braille, com o apoio do Cine São Carlos, lançaram na quinta-feira (12), às 15h, o projeto Cine+Sentidos que consiste em sessões gratuitas de cinema às pessoas com deficiência visual, seus acompanhantes e demais interessados. Esta é mais uma ação inédita de política de inclusão social e cultural do município no interior de São Paulo. Projetos dessa natureza vinham sendo desenvolvidos somente em grandes capitais. O cineclube irá exibir filmes adaptados com audiodescrição em sessões gratuitas quinzenais, às quintas-feiras, no Cine São Carlos, sempre às 15h, sendo que nesta semana será exibida uma seleção atual de curtas-metragens de comédia com classificação indicativa de 14 anos. Segundo Mauricio Zattoni, chefe de Divisão de Audiovisual da Coordenadoria de Artes e Cultura, antes do projeto ser colocado em atividade, foram realizadas duas sessões experimentais. “Em 2010 e 2011 tivemos experiências exitosas com apresentação de filmes com audiodescrição às pessoas com deficiência visual. Os participantes relataram muita emoção por estarem entendendo o filme e criando suas imagens de acordo com a própria imaginação e a descrição dada pelo narrador”, destacou Zattoni. O “Cine + Sentidos” faz parte do Cinema Para Todos, programa desenvolvido pela Prefeitura Municipal que realiza e promove vários cineclubes na cidade, dentre eles o Cine São Roque no distrito de Água Vermelha, que em 2012 comemora 5 anos de sucesso! Mais informações podem ser obtidas na Coordenadoria de Artes e Cultura pelo telefone (16) 3373-2708 ou pelo e-mail: cultura@saocarlos.sp.gov.br. O Cine São Carlos fica na Rua Major José Inácio, 2154, Centro. Fonte: http://www.saocarlos.sp.gov.br

domingo, 29 de abril de 2012

Os obstáculos encontrados nas escolas

Para as pessoas com deficiência física, as dificuldades para a inclusão escolar vão além das salas de aula. Nem sempre o deslocamento é simples para quem necessita de cadeiras de rodas. E embora as adequações para garantir a acessibilidade sejam questões simples como corrimões, rampas e banheiros adaptados, estes recursos nem sempre estão presentes. Porém, a situação está mudando em todo o país. Paraplégica, mas nem por isso fora da escola O dia a dia da pequena Ana Carolina Felisbino não é fácil. Vítima de paralisia cerebral, causada pela falta de oxigenação durante o parto, a menina de apenas 11 anos é paraplégica e muda. Mas as deficiências não a impedem de levar uma vida escolar quase normal. Ela é uma das 260 crianças com necessidades especiais na rede de ensino de Jaraguá do Sul e tem uma rotina mais cheia que as outras estudantes do 5º ano na escola municipal Albano Kanzler. Ana precisa de acompanhamentos por fonoaudiólogas junto a Apae (Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais), assim como sessões de fisioterapia e hidroterapia, de segunda a sexta-feira, para garantir que os músculos não atrofiem. “Ela é incentivada e estimulada a participar de todas as atividades, mesmo sem poder escrever”, conta a mãe adotiva, Lindamir Felisbino. “Ela nos surpreende bastante, não sabemos até que ponto vai a capacidade dela para acompanhar”, afirma, lembrando que a menina se sai muito bem na escola, dentro da sua capacidade. E é visível a felicidade da jovem, capaz de se comunicar apenas com os olhos. “Os objetivos propostos ela tem cumprido sempre, estamos buscando um trabalho diferenciado para ela dentro do conteúdo que todos recebem no 5º ano”, explica a professora Adriana Nicolodelli. Mas as dificuldades não são poucas. Acompanhada por um estagiário da Prefeitura, Ana precisa de ajuda para se locomover dentro do espaço escolar, para compreender algumas das atividades, e para realizar os exercícios propostos em aula. “Nossa maior dificuldade é no começo de cada ano letivo ter que trocar o estagiário e explicar tudo novamente para quem assume a função”, comenta a mãe. Atualmente, a função cabe a Josemar Sacks, aluno do terceiro período de Educação Física. “Eu acho que estou aprendendo mais com ela do que ela comigo”, conta o rapaz, de 18 anos. “O que eu faço é reforçar as explicações, cuidar da alimentação e do deslocamento dela, e faço alongamentos nela nas aulas. No geral tem sido uma experiência boa e produtiva. Ela é muito inteligente, sempre entende bem o que eu passo”, elogia. A limitação física incorre em um obstáculo mais grave: a falta de adequação dos espaços públicos, restringindo a movimentação. “Nós lutamos por cinco anos para conseguir a adequação do espaço na escola Albano Kanzler, e ainda não é ideal”, conta a mãe. O problema não se restringe ao espaço escolar. “Tem dias que eu fico muito irritada com a falta de adequação, tem lugares onde não temos como passar, lojas que não podemos entrar porque não tem rampas, ou porque as rodas ficam presas”, critica. Devido às limitações da flha, Lindamir teve que abandonar o antigo emprego, como recepcionista em uma clínica médica. Mas os contatos estabelecidos na antiga profissão a ajudaram entender as limitações e encontrar auxílio. “Ela é totalmente dependente, abri mão de muita coisa por ela, estava desnutrida e muito debilitada quando chegou”, relata. Algumas escolas ainda são um problema Segundo a gerente de Educação Especial da Secretaria de Guaramirim, Marja Prüsse Rebelato, prédios mais antigos, anteriores à legislação que garante a inclusão dos deficientes, não oferecem estrutura adequada. “Os prédios estão sendo reformados para contar com rampas e banheiros adaptados, para que a acessibilidade deixe de ser um problema”, explica. O problema é comum em todo o país. “Sempre que somos informados de alguma dificuldade nesse quesito, não medimos esforços para sanar o problema, seja ele estrutural, ou uma falta de equipamento que prejudique a inclusão”, conta a gerente de Educação Especial de Jaraguá, Priscila Silveira Souza, ressaltando que atualmente não se tem conhecimento de queixas. O governo também se responsabiliza pela aquisição de andadores, cadeiras de rodas, cadeiras adaptadas e outros equipamentos para atender necessidades especiais. No início deste mês, o vereador Justino da Luz (PT) fez um pedido de melhorias nas condições de acessibilidade das escolas de Jaraguá do Sul. Entre as reivindicações, está a instalação de pisos podotáteis (piso em alto relevo para orientação do deficiente visual), juntamente com medidas de adaptação nos banheiros e chuveiros para melhor atender alunos cadeirantes. “Temos muitas creches e escolas onde o acesso frontal não tem rampa, e em que os alunos deficientes precisam de ajuda para entrar. O que foi proposto é que seja elaborado um planejamento de acessibilidade junto ao Instituto de Planejamento, para resolver estas questões”, afirma. Mas segundo Priscila, essas modificações nem sempre são fáceis, pois muitas vezes falta até onde colocar rampas, por exemplo. Em Corupá, a situação não é diferente. Segundo a gerente de Educação Especial, Marisa Kühl Judachewsky, a estrutura das unidades, tanto na educação infantil quanto no ensino fundamental, não foi pensada para os deficientes. Porém, o município tem se empenhado em fazer as adequações necessárias. “Já temos transporte adaptado para os cadeirantes, mas ainda está longe da perfeição e existe muito a ser feito em prol dos deficientes”, enfatiza Marja. Fonte: http://www.ocorreiodopovo.com.br/

sábado, 28 de abril de 2012

Lei autoriza linha de crédito para pessoas com deficiência

Pessoas com deficiência que ganham até dez salários mínimos por mês poderão financiar bens e serviços que contribuam para facilitar sua locomoção e ampliar suas habilidades funcionais. O objetivo da medida é promover uma vida de inclusão e mais independência a essas pessoas.

A lei publicada hoje (19) no Diário Oficial da União permite ao governo subsidiar empréstimos para que pessoas com deficiência possam adquirir, com recursos do microcrédito, equipamentos como cadeiras de rodas, carros adaptados, computador portátil Braille, mouses alternativos e lupas eletrônicas.

A União fica autorizada a conceder subvenção econômica de até R$ 25 milhões por ano a instituições financeiras oficiais, para que elas forneçam crédito aos deficientes físicos.

Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br/



sexta-feira, 27 de abril de 2012

Grupo Bonanza abre vaga para pessoa com deficiência

O Grupo Bonanza abriu vagas para pessoas com deficiência. As oportunidades são para todas as lojas do grupo, em nove cidades. Os candidatos precisam ter ensino médico completo ou ensino superior, podendo estar cursando este último e ainda ser maior de 18 anos. Não é necessária experiência anterior.


Os interessados em concorrer já podem enviar currículo para o endereço eletrônico recursoshumanos@bonanza.com.br ou entrar em contato através do telefone (81) 2103-1700.

O Grupo Bonanza oferece pacote de benefícios aos contratados, que inclui convênio médico e odontológico, pagando, inicialmente 50%. Após um ano de vínculo, a empresa também paga 50% de auxílio educação.

A captação e seleção dos candidatos serão feitas através de teste e entrevista pessoal. Depois dessas etapas, o grupo informará se a pessoa foi ou não selecionada e indicará a vaga e o local de atuação do selecionado. Quem não for classificado desta vez, ficará no banco de dados da empresa, para seleções posteriores.

Atualmente, são 18 lojas de supermercado com a marca Bonanza distribuídas em dois Estados, nos municípios de Caruaru, Garanhuns, Pesqueira, Santa Cruz do Capibaribe, Arcoverde, Belo Jardim, Gravatá, João Pessoa e Patos. O grupo também atua no atacado com as operações Balcão e Multi Distribuidora e no setor de autosserviço com a marca Comprão.



Fonte: http://jconline.ne10.uol.com.br



quinta-feira, 26 de abril de 2012

Pessoas com deficiência podem solicitar transferência de Seção Eleitoral

Os eleitores com deficiência ou mobilidade reduzida que precisarem transferir seu título para uma Seção Eleitoral Especial devem comparecer pessoalmente ao seu Cartório Eleitoral até o dia 09 de maio. Os endereços dos cartórios eleitorais podem ser consultados no site www.tre-sp.jus.br ou pelos telefones 148 ou (11) 3130-2100, da Central de Atendimento ao Eleitor.


Se a transferência já foi solicitada, esses eleitores deverão comunicar ao juiz eleitoral, por escrito, suas restrições e necessidades, até o dia 09 de julho, a fim de que a Justiça Eleitoral providencie os meios e recursos destinados a facilitar o exercício de voto.

Fonte: http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/pessoa_com_deficiencia



quarta-feira, 25 de abril de 2012

Câmara aprova criação do Dia Nacional da Língua Brasileira de Sinais

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania aprovou nesta terça-feira (17), em caráter conclusivo, o Projeto de Lei 6428/09, do deputado Eduardo Barbosa (PSDB-MG), que institui o Dia Nacional da Língua Brasileira de Sinais (Libras), a ser celebrado anualmente no dia 24 de abril.


O relator, deputado Gabriel Guimarães (PT-MG) defendeu a constitucionalidade da proposta. Ele retirou, no entanto, o dispositivo do texto original que obrigava entidades públicas e privadas a promoverem, nessa data, eventos com a finalidade de valorizar a conquista da liberdade de expressão gesto-visual das pessoas surdas. "Isso violaria o princípio da separação dos poderes, que é uma cláusula pétrea", explicou o relator.

O projeto segue agora para o Senado, exceto se houver recurso para que seja votado pelo Plenário da Câmara.

Fonte: Agência Câmara de Notícias



terça-feira, 24 de abril de 2012

Justiça do Ceará determina que Estado forneça medicamento e cadeira de rodas à criança com paralisia cerebral

O Estado do CearáSite externo. deve fornecer medicamentos, leite e uma cadeira de rodas para o menor J.F.S.N., que sofre de paralisia cerebral. A decisão é do juiz Hortênsio Augusto Pires Nogueira, respondendo pela 6ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Fortaleza.

Consta no autos (nº 0135843.72.2012.8.06.0001) que, aos quatro meses, a criança precisou se submeter à cirurgia, no Hospital Albert Sabin, por causa de problema intestinal. Durante o procedimento, sofreu parada cardíaca e, em consequência, ficou com paralisia cerebral.

Atualmente, com quatro anos de idade, o menino não consegue andar e precisa de cadeira de rodas, avaliada em R$ 8.500,00. A mãe, J.B.S., é dona de casa e se dedica a cuidar do filho.

Ela sobrevive da pensão do marido, correspondente a 25% do salário mínimo. Além dos problemas físicos, o menor possui debilidade no sistema gástrico, precisando fazer uso regular dos medicamentos Losec Mups e Montilium, além de leite sem lactose.

Alegando não ter condições financeiras para custear o tratamento, a mãe deu entrada, no último dia 27, em ação judicial, com pedido de tutela antecipada.

O magistrado afirmou que “o presente caso se enquadra na hipótese de preservação da vida humana. A medida perseguida está vinculada a assegurar o direito à vida e à saúde do cidadão, cujas garantias integram a essência nuclear dos direitos fundamentais”.

A decisão foi publicada no Diário da Justiça Eletrônico dessa terça-feira (10/04).

Fonte:
http://www.sintese.com/Site externo.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Municípios assinam convênios para o programa 'Praia Acessível'

Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com DeficiênciaSite externo. e as prefeituras de Arealva, Avaré, Fartura, Itapura, Panorama, Presidente Epitácio, Rifaina, Rosana, Santa Fé do Sul e Teodoro Sampaio, assinam, nesta quarta-feira, 18 de abril, às 16h, convênios para a ampliação do programa Praia Acessível, visando a entrega de cadeiras anfíbias, promovendo a inclusão das pessoas com deficiência também no lazer.

É a segunda vez que a Secretaria leva o programa a municípios que não contam com a proximidade do mar. A primeira cidade a receber o Programa Praia Acessível para água doce foi Ilha Solteira, em 15 de janeiro deste ano. A prefeitura da Estância Turística de Ilha Solteira recebeu dez cadeiras anfíbias, entregues na Praia Catarina.

PROGRAMA PRAIA ACESSÍVEL
O
Governo do Estado de São PauloSite externo. lançou, no verão de 2010, na Praia Grande, Baixada Santista, o Programa Praia Acessível. A iniciativa da Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência visa disponibilizar cadeiras de rodas anfíbias em cidades do litoral, garantindo o pleno acesso das pessoas com deficiência às praias paulistas.

"O Programa Praia Acessível visa facilitar o acesso de pessoas com deficiência física ao mar. A secretaria que cuida do banhista com deficiência física projetou uma cadeira especial para isso, que não afunda na areia, que flutua e que precisa, naturalmente, de uma acompanhante", disse José Serra, então governador de São Paulo, durante o lançamento. "O programa vai funcionar inicialmente na Ilha Bela, em Santos e na Praia Grande. E pouco a pouco, em todas as praias. Ele é mais um aspecto da grande batalha que estamos fazendo em São Paulo para dar as pessoas com deficiência melhores condições de vida e cidadania", completou.

As cadeiras utilizadas no Programa, destacou a Secretária de Estado Dra. Linamara, são feitas "com um pneu especial que permite superar a dificuldade da areia e também não afundam dentro da água. A altura dela é compatível com a possibilidade do usuário sentir a água, numa profundidade não perigosa do mar ou do rio. Existe facilidade na transferência porque os braços são removíveis", explicou.

SERVIÇO
Assinatura de Convênios com 10 municípios para ampliação do Programa Praia Acessível
Local: Sede da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência
Endereço: Av. Auro Soares de Moura Andrade, 564 - Portão 10 - Barra Funda - São Paulo
Data: 18 de abril – quarta-feira
Horário: 16h

Fonte:
www.pessoacomdeficiencia.sp.gov.brSite externo.

domingo, 22 de abril de 2012

Em maior desafio, lutador com deficiência vence e chega a 7 vitórias, invicto no MMA

Nick Newell ficou conhecido pela sua carreira invicta no MMA, apesar de uma deficiência física e, após mais um combate, manteve a série de vitórias. Neste sábado, nos EUA, ele triunfou pela sétima vez, no combate mais duro que realizou até hoje.

Confira vídeo da luta de MMA de Nick Newell contra Denis Hernandez no XFC 15.

O lutador norte-americano, que não tem a mão esquerda e parte do antebraço, participou do XFC 17, em seu país natal. Pela frente teve Chris Coggins, seu rival com melhor cartel na carreira: 5 vitórias e uma derrota.

Newell pela primeira vez teve de encarar todos os 15 minutos de combate, vencendo por pontos após três rounds. No primeiro round, o lutador conseguiu uma queda e dominou a luta, mas no segundo quase foi finalizado. No último giro, usou seu jogo de chão para se recuperar.

Com isso, completa sete vitórias seguidas, sendo cinco por finalização, uma por pontos e um nocaute. O sonho do lutador de 26 anos, que começou a carreira no wrestling - a luta olímpica -, é chegar ao UFC em breve.

Fonte: http://esporte.uol.com.br

sábado, 21 de abril de 2012

Reatech 2012: Fundação Dorina lança campanha 'Veja a vida com outros olhos'

Na Feira Internacional de Tecnologias em Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade - Reatech que acontecerá de 12 a 15 de abril ,em São Paulo, a Fundação Dorina Nowill para Cegos lancará a campanha “Veja a vida com outros olhos”, com atividades sensoriais que estimulam os 5 sentidos.
Quem comparecer ao estande da Fundação Dorina terá a oportunidade de conhecer os cursos de Informática e de Avaliação Olfativa, teste que capacita jovens cegos e com baixa visão para atuar na indústria de perfumaria. O projeto é inovador e pioneiro no Brasil, pois pretende incrementar a inclusão de pessoas com deficiência visual nessa área específica.
Outro destaque será a apresentação de uma coleção de 10 livros infantis acessíveis, impressos em braille e letras ampliadas. Os títulos possuem imagens divertidas em relevo, para possibilitar que crianças cegas e com baixa visão leiam o livro em companhia da família e dos colegas de aula, proporcionando uma leitura interessante e prazerosa, com recursos de acessibilidade importantes para a compreensão de pessoas com e sem deficiência visual.
Quem comparecer ao estande da Fundação Dorina terá ainda a oportunidade de conhecer e tocar os relevos dos livros em braille, ouvir livros e revistas falados e interagir com os livros digitais acessíveis no formato Daisy.
A Reatech é o terceiro maior evento mundial do segmento de reabilitação e apresenta novas tecnologias e lançamentos de produtos, equipamentos e serviços, inclusive do exterior, para as pessoas com deficiência. Por ano, o setor de produtos e serviços para reabilitação movimenta cerca de R$ 1 bilhão no País, sendo que R$ 100 milhões só com vendas de cadeiras de rodas e mais de R$ 400 milhões em automóveis com isenção de impostos e adaptações veiculares.
Dados do Censo de 2010 indicam que 23,9% da população brasileira têm algum tipo de deficiência. Trata-se de um universo superior a 45 milhões de pessoas. Entre as deficiências declaradas, a mais comum foi a visual, que atinge 3,5% da população. Em seguida, ficaram as relacionadas com problemas motores (2,3%), intelectuais (1,4%) e auditivos (1,1%).
Serviço:
Reatech – Feira Internacional de Tecnologias em Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade
Fundação Dorina Nowill para Cegos

Rua 600


Data: 12 a 15 de abril


Local: Centro de Exposições Imigrantes


Rodovia dos Imigrantes Km 1,5 - São Paulo


Horário: quinta e sexta das 13h às 21h; sábado e domingo das 10h às 19h


Como chegar: transporte adaptado gratuito (ida e volta) - Estação Jabaquara do Metrô

Fonte: http://www.fundacaodorina.org.br

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Reatech 2012 começa em 12 de abril

é a tradicional Feira Internacional de Tecnologia em Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade que acontece anualmente, levando para o público interessado novidades no mercado de reabilitação de pessoas com deficiência.
A XI edição da Reatech será nos dias 12 a 15 de abril, no Centro de Exposições Imigrantes São Paulo-SP, na Rodovia dos Imigrantes Km 1,5, na cidade de SP. Para o site com mapa acesse http://g.co/maps/8jkuw Para receber o crachá antecipado acesse http://www.inscricaofacil.com.br/cipa/reatech/
O evento é organizado pelo Grupo CIPA FIERA MILANO. Estarão presentes no evento autoridades, políticos, congressistas, profissionais no setor, atletas e toda pessoa interessada na causa da igualdade de condições do deficiente físico. A entrada no evento é gratuita.

Para obter mais informações acesse o site http://www.reatech.tmp.br/

Fonte: http://sentidos.com.br



quinta-feira, 19 de abril de 2012

UFSCar adapta cursos à distância para alunos com deficiência

A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) está adaptando os cursos à distância para atender alunos com deficiência. Os estudantes de sistemas de informação já têm várias ferramentas que ajudam na inclusão. As aulas são desenvolvidas por uma equipe de profissionais dos cursos à distância da UFSCar e testadas por deficientes bolsistas.
Uma delas é como um filme e conta com linguagem de sinais e um locutor narrando tudo para quem não pode enxergar o passo a passo dos exercícios. “A gente está trabalhando com menus acessíveis para animação, para vídeo. Audiodescrição para que a pessoa possa entender o que está se passando na tela”, disse a supervisora audiovisual Mariana Ambrósio.
O economista Luiz Bravo conseguiu com dificuldade terminar o curso de economia há 20 anos e, por isso, ele valoriza todos os recursos que ajuda a criar. “Hoje você tem várias ferramentas tecnológicas, você tem internet, o próprio moodle [ambiente virtual de aprendizagem], então isso torna o estudo mais acessível, mais fácil. Validando os materiais, o aluno pode fazer o curso com mais facilidade do ponto de vista da acessibilidade”, disse.
A ideia de criar ferramentas para facilitar o acesso aos deficientes surgiu depois que o estudante de São Paulo, Alan Ghelardi, passou no vestibular para curso à distância de sistemas de informação. “Tanto do ponto de vista dos materiais didáticos quanto aos recursos de acesso no ambiente virtual, tem me ajudado a estudar de uma forma muito mais autônoma e ter uma compreensão muito mais clara dos conteúdos disponibilizados”, disse em entrevista via webcam.
Por enquanto, todo o conteúdo adaptado é só para sistemas da informação, mas a intenção é ampliar para os outros quatro cursos à distância da UFSCar. “Queremos tornar todos esses materiais acessíveis. O material impresso, o audiovisual, o próprio ambiente virtual, onde são desenvolvidas todas as atividades à distância, também vai ter que ser adequado, assim como a webconferência e a preparação dos professores”, disse Joice Otsuka, coordenadora de inovações tecnológicas na educação.

Fonte: http://g1.globo.com/

Supermercado do Grupo Pão de Açúcar está contratando 50 pessoas para os cargos de operador de supermercado e empacotador, em Salvador.

Quem tem algum tipo de deficiência física e está à procura de uma oportunidade no mercado de trabalho pode ficar atento às vagas oferecidas por um supermercado do Grupo Pão de AçúcarSite externo., em SalvadorSite externo.. São 50 vagas distribuídas nos cargos de operador de supermercado e empacotador. É necessário que o candidato esteja, pelo menos, cursando o Ensino Fundamental. Não precisa de experiência anterior.

A seleção será realizada em parceria com a Plura Consultoria e InclusãoSocial (
www.plura.com.brSite externo.), que fará toda captação de candidatos. “O grande diferencial dessa seleção é que idosos com deficiência terão a mesma chance de serem contratados, a idade não será um fator decisivo na escolha do futuro colaborador”, comenta o diretor da Plura, Alex Vicintin.

Os interessados poderão enviar seu currículo para o e-mail
gpa@plura.com.br ou entrar em contato pelo telefone (11) 3206-4455. O Grupo oferece o pacote completo de benefícios aos contratados, que inclui convênio médico, odontológico, cooperativa de crédito, entre outros.

Fonte:
http://www.tribunadabahia.com.brSite externo.

Vânia defende direitos de idosos e deficientes

O Artigo 5º da Constituição Federal estabelece o que se convencionou a chamar de “direito de ir e vir” de todos os cidadãos brasileiros. Qualquer pessoa, livre ou não de deficiência ou mobilidade reduzida, deveria, pelo menos na teoria, ter o direito de chegar facilmente a qualquer lugar. Para discutir o assunto, com foco nos deficientes e idosos, uma audiência pública foi realizada na manhã desta quarta-feira (18), no Centro de Cultura da Câmara. A vereadora Vânia Galvão (PT), propositora do evento, cobrou mais esforços dos poderes públicos para que seja garantido o direito constitucional.
“Nosso objetivo com o debate público ‘Cidade acessível? A mobilidade urbana para deficientes e idosos em Salvador’ é encontrar soluções para estimular a conscientização da população e dos poderes públicos para que eles respeitem estes segmentos”, declarou Vânia Galvão.
A vereadora lembrou, também, da aprovação do projeto de lei, de sua autoria, que cria uma credencial para que idosos possam ser identificados nas vagas destinadas ao segmento nos estacionamentos da Zona Azul. “Já vi, em várias oportunidades, jovens estacionando nestas vagas. Com a identificação, evitaremos isso. O projeto já foi aprovado e estava previsto para ser regulamentado até 1º de novembro do ano passado. Até agora, não foi. Queremos explicação para isso”, cobrou Vânia.
O debate público reuniu representações dos poderes públicos e de associações que lutam pelos idosos e deficientes. O representante da Comissão Civil de Acessibilidade de Salvador (Cocas), Wilson Cruz, fez uma apresentação sobre as dificuldades enfrentadas pelos deficientes nas ruas da cidade. Falta de educação de motoristas e cobradores de coletivos, ônibus parados distante dos passeios, buracos e impaciência dos usuários de transportes públicos com a entrada de pessoas portadoras de deficiência foram alguns dos problemas citados na explanação.
Conscientização
Uma maior conscientização da população e dos poderes públicos sobre a importância da garantia dos direitos dos idosos foi defendida pelo coordenador da Associação dos Aposentados e Pensionistas da Bahia, Marcos Barroso. “Essa mudança tem que ser cultural na sociedade. Devemos começar um trabalho de conscientização”, declarou.
De acordo com a gerente de Educação da Transalvador, Mirian Bastos, todos os problemas apontados no debate público serão levados ao superintendente Alberto Gordilho. “Fizemos algumas ações que, muitas vezes, não alcançaram o resultado esperado. Para conseguirmos melhorias significativas, contamos com o apoio da sociedade civil organizada”, disse.
Para a representante da Secretaria Municipal dos Transportes e Infra-Estrutura (Setin), Silvia Martins, muitos avanços já foram alcançados, mas a mudança de pensamento dos cidadãos é lenta. “O deficiente, historicamente, sempre foi deixado de lado e à margem da sociedade. Isso está mudando. A Setin se preocupa com a questão, tanto que eu, uma pessoa com deficiência, fui chamada para participar deste processo. Muita coisa já melhorou, mas precisamos da resposta de vocês para continuarmos avançando”, concluiu.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Audiencia Pública sobre Transportes Acessiveis

Itupeva (SP) realiza cadastro de pessoas com deficiência até 30 de abril

O prazo para realizar o Cadastro Individual para Pessoa com Deficiência, realizado pela Prefeitura de Itupeva por meio da Diretoria de Assistência e Desenvolvimento Social (DADS) em parceria com o Conselho dos Direitos da Pessoa com Deficiência, foi prorrogado para o dia 30 de abril.




O cadastro existe para ajudar na identificação de casos de pessoas com deficiências no município para que a Prefeitura possa investir em políticas e projetos que possam favorecê-los.



O formulário para cadastro pode ser retirado na DADS, Centro de Atendimento ao Cidadão (CAC), na Av. Emancipadores do Município, 470, das 8h às 12h e das 13h às 17h. Mais informações podem ser obtidas no local, ou pelo telefone 4591-0450 ou pelo e-mail: dads2@itupeva.sp.gov.br.



Fonte: http://www.jornaldeitupeva.com.br



terça-feira, 17 de abril de 2012

Estudo conclui relação entre obesidade das grávidas e autismo nas crianças

Os investigadores da Universidade da Califórnia concluíram que 29 por cento das crianças diagnosticadas nos primeiros anos de vida com autismo eram filhas de mães com uma doença metabólica, como a diabetes ou hipertensão.
O estudo publicado na revista Pediatrics alerta que as mães obesas têm um risco até três vezes maior de ter filhos com autismo.
Esta investigação realizada nos Estados Unidos revela que, por exemplo, diabetes mal controladas durante a gravidez podem expor o feto durante demasiado tempo a elevados níveis de glucose, o que aumenta a produção de insulina na criança e ao mesmo tempo poderá tirar oxigênio necessário ao seu desenvolvimento.
Este estudo teve como objetivo analisar a relação entre doenças como a obesidade, diabetes ou hipertensão e o desenvolvimento do bebê. Foram seguidas mais de mil mães e respectivos filhos que participaram numa investigação sobre os riscos genéticos e ambientais do autismo.
No ano passado um outro estudo realizado pela Universidade da Califórnia sobre estes casos revelou que mulheres com diabetes ou obesidade durante a gravidez têm 60 por cento mais possibilidades de ter filhos com autismo.

Fonte: http://www.tsf.pt






segunda-feira, 16 de abril de 2012

Indústria farmacêutica inicia curso para pessoas com deficiência

A indústria farmacêutica Merck, em parceria com a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), o Centro Integrado de Estudos e os Programas de Desenvolvimento Sustentável (CIEDS), inicia um curso para 25 pessoas com deficiência por meio do projeto Capacita RH.

Todos os participantes do curso foram contratados pela Merck, estão recebendo salário e têm direito a benefícios como assistência médica, odontológica e seguro de vida. De acordo com a empresa, ao fim dos 12 meses de capacitação, os alunos receberão um título ocupacional reconhecido pela Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), do Ministério do Trabalho e Emprego, e os alunos com boa avaliação poderão ter seus contratos prorrogados, de acordo com a disponibilidade de vagas da companhia.
A formação oferecida pela indústria farmacêutica é voltada para os cargos de assistente administrativo, atendente comercial e operador de distribuição e armazenagem. Dentre os 25 participantes, uma boa notícia: a variedade de deficiências. Há deficientes físicos, auditivos, pessoas com problemas de visão e com deficiência mental. O grau de instrução dos participantes também é variado: há desde os que estão cursando ou já concluíram o segundo grau, até aqueles com nível superior completo, que buscam uma oportunidade no mercado de trabalho.
De acordo com a coordenadora de responsabilidade social corporativa da Merck, Cléo Ferreira, "apoiar esse projeto é muito importante para a Merck, pois consideramos a capacitação profissional o melhor caminho para a inclusão social. A empresa não se preocupa apenas em cumprir sua cota legal de pessoas com deficiência no quadro de funcionários. Aqui tratamos essas pessoas da mesma forma que as demais, elas devem cumprir suas funções assim como seus colegas, e são cobradas pelos resultados. Não há diferenciação".
Durante o primeiro mês serão trabalhadas habilidades básicas para o trabalho, questões comportamentais e temas como a legislação trabalhista e os direitos da pessoa com deficiência. Um profissional de libras participará das aulas para o auxílio na comunicação com os estudantes com deficiência auditiva.
Na segunda etapa, instrutores do Serviço Nacional da Indústria (Senai) promovem as aulas de capacitação técnica, utilizando os mesmos materiais que a instituição oferece a todos os seus alunos. Os participantes aprenderão os conteúdos específicos relativos a cada carreira.
Durante o curso, os alunos também terão oportunidade de visitar a Merck, para uma imersão na empresa e assistirão a palestras de pessoas com deficiência que já trabalham na companhia.

Fonte: http://invertia.terra.com.br/terra-da-diversidade (Marina

terça-feira, 10 de abril de 2012

Corredor deixa deficiência auditiva de lado e cai nas ruas atrás da felicidade

Mauricio Sá, 49 anos, não ouve desde os seis e se comunica através leitura labial e sinais, mas garante que isso nunca foi problema em sua vida

No início da adolescência, ansioso e inquieto, descobriu o karatê. Ao chegar à maioridade, entrou para um grupo de ciclistas. Quando entrou na casa dos 40, passou a levar a corrida de rua a sério. Essas são as modalidades que Maurício Sá, 49 anos, escolheu para se dedicar e mostrar que tudo é possível quando se tem força de vontade. O analista de sistemas no Vale do Aço, interior de Minas Gerais, perdeu sua audição aos seis anos por conta de uma caxumba. Apesar disso, garante que a deficiência auditiva não o impede de nada.

Ele afirma que não fazia feio quando competia de bike, apesar de perder preciosos centésimos de segundo no início das provas. Para melhorar o desempenho, contava com a solidariedade dos professores que sinalizavam com os braços as largadas.

- A surdez, em si, não atrapalha. Alguns dos esportes exigem aptidão plena, o problema é que os organizadores não se adaptam. A minha vida esportiva começou numa época que não havia lei a favor dos deficientes. Se compararmos com hoje, diria que estamos numa situação bem melhor. Na época, contávamos com solidariedade e boa vontade das pessoas para que pudéssemos participar dos eventos, era apenas o assistencialismo e paternalismo - disse o mineiro divorciado e pai de duas adolescentes, uma de 16 e outra de 18.

Arquivo pessoal

Desde criança, o Maurício se comunica por leituras labiais e com a fala normal. Apesar da discriminação velada, foi um adolescente feliz. Ele revela que foi nessa época que descobriu que o esporte seria a sua vida, a salvação e superação.

- Era mais difícil na escola porque não havia uma pedagogia ou lei apropriada para receber os portadores de deficiências. Entretanto, nas primeiras aulas de educação física, descobri que o esporte era o meu mundo, o meu refúgio. Sentia-me igual aos colegas. Agora, não é diferente do passado. Eu durmo, acordo, respiro e morrerei pelo esporte - afirmou.

O atleta parou de praticar o karatê aos 32 anos, quando sua primeira filha nasceu. Nesse tempo, ficou apenas no futebol de campinho nos fins de semanas. Mais tarde, ao ter a segunda filha, voltou a praticar o duatlo e focar na corrida de rua.


Arquivo pessoal
- Eu era um sofrível zagueiro e havia momentos cômicos. Se fazia uma falta, o juiz apitava e eu continuava a jogada. Justificava-me ao juiz que era surdo, ele tinha a compaixão e me liberava do cartão amarelo (risos). Meus companheiros faziam a festa - contou o atleta.

Durante toda a sua vida, as dificuldades impostas pela limitação auditiva fez Maurício entender o significado e o sentido da palavra superação. Hoje, não seria diferente. Ele descobriu que poderia fazer algo, mesmo sem uma assessoria esportiva e começou as pesquisar sobre provas, alimentação e treinamento pela internet .

- Numa corrida, sou levado ao sentimento e à emoção. Sobreponho-me à lucidez e à razão. Haja adrenalina no meu sangue! Quando subo aos pódios, o sentimento é de utopia, de que conquistei o mundo e, logo, vem um raciocínio confuso de pensamento: “caramba, eu sou o cara “. É um momento único, deslumbrante e mágico - concluiu o atleta.



O atleta passa para suas filhas a importância da luta contra o preconceito (Foto: Arquivo Pessoal)

Como incentivo, Maurício fez questão de deixar uma mensagem para a pessoa que não se sente apta a realizar uma tarefa, mesmo sem sequer ter tentado.

"Antes de aconselhar a cada uma dessas pessoas que se consideram incapazes, diria que, em primeiro lugar, tentem descobrir a razão para a nossa existência. Provavelmente, nunca descobriremos. Então, faça o seguinte, numa manhã, abra a janela, faça sol, faça chuva, faça frio e veja como o dia é dinâmico e bonito. Vista um joging, calce um par de tênis, alimente-se adequadamente, alongue-se. Vá a uma rua prazerosa e corra pelo chão da vida. Deixe a adrenalina correr pelas veias e esquecerá o motivo da nossa existência e dos problemas do dia a dia. No fim da corrida, descobrirá que a dopamina flui na sua alma. Viva a vida como ela é: correr é mais que um esporte, é uma filosofia de vida".

Fonte: Globo Esporte

Deficientes se destacam pela vontade

Apesar das barreiras físicas ou mentais, eles estão se superando e provando que têm valor para o mercado de trabalho Graças à lei que estabelece cotas para a contratação de trabalhadores com algum tipo de deficiência, o mercado de trabalho teve uma grata surpresa. O desempenho dos deficientes tem agradado muito pela disposição e empenho demonstrado por eles nas empresas.

Especialistas ouvidos pela reportagem dizem que o bom desempenho é justificado pela determinação desses trabalhadores de mostrar que são capazes de desempenhar suas funções independentemente de suas limitações físicas ou intelectuais. Nessa tentativa de estar sempre provando que conseguem dar conta do recado, eles se superam e acabam por surpreender empregadores e colegas de trabalho.

A lei de cotas (8.213/91) estabelece que empresas com mais de 100 funcionários precisam ter em seus quadros uma porcentagem de trabalhadores com algum tipo de deficiência. Foi uma forma que os parlamentares encontraram de forçar a inserção dessas pessoas no mercado de trabalho. Algumas empresas de Bauru, como a Tilibra, por exemplo, contratam deficientes muito antes de isso se tornar uma obrigação. De acordo com a chefe de recrutamento, seleção e treinamento da empresa, Sandra Mello, apesar das deficiências físicas ou mentais, os níveis de produtividade e comprometimento desses trabalhadores são iguais a qualquer outro.

Ela cita um funcionário que tem síndrome de down e atua na empresa há 10 anos. Um exemplo de eficiência, pois, segundo Sandra, ele não estaria mais no emprego se não correspondesse às expectativas da empresa. “Eles não produzem menos por serem deficientes. São tão esforçados quanto os demais. E eles sabem que se não produzirem o esperado, não tem como mantê-los. Não é porque são deficientes que têm emprego garantido. Eles precisam mostrar serviço e se fizerem isso podem fazer carreira dentro da empresa”, comenta Sandra. Ela não soube informar quantos funcionários com algum tipo de deficiência existem atualmente na Tilibra, mas afirmou que é uma quantidade que está acima da cota mínima exigida por lei. Jean Carlos de Souza, 33 anos, trabalha há 12 anos na empresa. Há cerca de oito anos, sofreu um acidente e perdeu os movimentos do braço direito. Ele ficou cinco anos afastado. Segundo ele, foi um período difícil e de muita indefinição. Jean não sabia ao certo como seria sua vida dali para frente. Achava que sua incapacidade o deixaria fora do mercado de trabalho e chegou a pensar, inclusive, que teria de se aposentar por invalidez. Quando voltou ao trabalho na Tilibra, aos poucos, Jean foi percebendo que poderia sim ser útil à empresa. Se empolgou ao ponto de voltar a estudar e fazer novos cursos com o objetivo de aprimorar seus conhecimentos e se superar cada vez mais. “Minha ideia é mostrar que é possível evoluir sempre”, diz. O depoimento de Neusa Baptista, mãe de um deficiente que está no mercado de trabalho, mostra como essa inserção tem feito bem para eles e para a família como um todo. “Ao meu ver, a inclusão do deficiente físico no trabalho e de extrema importância. Como mãe de um deles, posso afirmar que é muito gratificante vê-los evoluir graças a esta oportunidade.

Meu filho começou a trabalhar com 21 anos de idade. Hoje, aos 27 anos, é uma pessoa responsável, sereno, colaborador e um excelente profissional, que me ajuda em todos os sentidos, inclusive o financeiro.” Segundo ela, o trabalho trouxe confiança ao filho e segurança no convívio com as outras pessoas, respeito e dignidade. Empresas ressaltam as qualidades Alto nível de responsabilidade, pontualidade e eficiência são algumas das qualidades apontadas pelo Grupo NP quando o assunto são seus colaboradores com deficiência.

A empresa, uma das maiores empregadoras de Bauru, tem um grupo grande de deficientes em seu quadro profissional. Portanto, tem condições de avaliar o desempenho deles ao longo dos últimos anos. Segundo Juliana Dorigo, gerente de recursos humanos da Paschoalotto Serviços Financeiros, as pessoas com deficiência apresentam interesse, cordialidade e comprometimento em suas atividades. Na empresa, eles atuam, basicamente, nas áreas de atendimento, administrativa e cobrança. “Geralmente, eles se mantêm muito tempo na empresa e se diferenciam pelo alto nível de responsabilidade em cumprir corretamente o seu horário de trabalho e as suas tarefas diárias”, revela. Para desenvolver profissionalmente esses colaboradores, Juliana conta que são realizados treinamentos sobre comportamento e trabalho em equipe, bem como atendimentos individuais com os interessados para auxiliar e orientar sobre suas dificuldades, adaptação ao ambiente de trabalho entre outros assuntos. A assistente social Célia Cristina Lobato, do Núcleo Integrado de Reabilitação e Habilitação do Centrinho-USP (Nirh), comenta que os empregadores têm se mostrado surpresos com o retorno que estão recebendo dos funcionários deficientes. “Antigamente, eles (empresários) tinham medo de contratá-los. Com o tempo, os deficientes mostraram que são plenamente capazes e, agora, as empresas nos ligam sem medo, pois sabem que podem contar com esses funcionários”, conta. “Teve um empresário que comentou que estava tão satisfeito com o desempenho dos deficientes que gostaria de ter uma sessão inteira só com esses funcionários”, completa.

A psicóloga Oleana Rodrigues Maciel de Andrade, também do Nirh, elogia a lei de cotas. Segundo ela, além da função social, ela serviu para abrir os olhos dos empregadores para a eficiência desses trabalhadores. “Antes, nós íamos atrás das empresas implorando trabalho para os deficientes. Hoje, são as empresas que vêm atrás de nós para contratá-los. A lei, aliada à eficiência dos deficientes, inverteu a situação”, disse. Para analista, resposta do trabalhador é melhor quando ambiente é receptivo A maneira como o funcionário deficiente é recebido no local de trabalho reflete diretamente na sua produtividade dentro da empresa. Se o ambiente é receptivo, as chances de ele se destacar são maiores. Por isso, a analista de recursos humanos Natacha Nishihara, da RH Assessoria, diz que não é apenas o deficiente que precisa de treinamento para entrar em uma empresa, mas a empresa também precisa estar preparada para recebê-lo de forma adequada. “Uma das maiores preocupações é aprimorar a humanização do local de trabalho”, afirma ela. “É um trabalho a longo prazo que inclui a questão da acessibilidade e da preparação da equipe de trabalho que recebe esses trabalhadores.” Natacha lembra que nem todas as empresas têm, por exemplo, em seu quadro de funcionários pessoas que saibam a linguagem de libras. “A humanização do local de trabalho passa pelo treinamento dos colaboradores para receber bem os deficientes, a adaptação das estruturas físicas e pelo oferecimento de condições para que eles desenvolvam suas funções corretamente”, aponta. Na opinião da analista, não adianta a empresa querer contratar um deficiente se os demais funcionários e a própria estrutura da empresa não estão preparados para recebê-lo. “A deficiência é um simples detalhe. Isso não interfere no desempenho.

Se forem lhe dadas condições de trabalho, o deficiente pode exercer bem sua função”, afirma. De acordo com Natacha, geralmente, os deficientes são chamados para exercer funções dentro dos setores operacional, administrativo e de telemarketing. Segundo ela, a remuneração normalmente é compatível com o que outros, com a mesma formação, recebem dentro da empresa. Inserção no mercado é vida nova Uma vida nova. É assim que as pessoas ouvidas pela reportagem definem a experiência de obter um emprego apesar das suas limitações físicas ou mentais. Jenifer Massae Baptista Nishida Silva, 31 anos, começou a trabalhar com 17. Atualmente, ela está atuando como auxiliar administrativo no setor de arquivos da Divisão de Saúde Auditiva do Centrinho/USP. Jenifer tem deficiência auditiva e é uma profissional capacitada pelo Núcleo Integrado de Reabilitação e Habilitação (Nirh). “Eu adoro o que faço. É muito gratificante poder trabalhar.

Gostaria de trabalhar mais. Aqui, consegui amigos e dinheiro para compra minha casa”, diz ela, toda feliz. Casada há cerca de um ano, Jenifer comemora por não ter de pagar aluguel. Segundo Inez Dias de Moraes, chefe do setor de arquivo, consequentemente chefe de Jenifer, elogia a postura da companheira de serviço e também sua capacidade de lidar com números e prontuários. “Ela é meu computadorzinho. Sempre que preciso lembrar de algo, pergunto a ela”, relata. “Ela tem uma cabeça muito boa e muita disposição. Não dou nota 10 para ela porque ninguém é perfeito, mas dou 9. Jenifer é muito prestativa, procura ajudar a todos. Ela não tem preguiça e isso faz diferença”, comenta Inez. Além de Jenifer, Inez trabalha e já trabalhou com outros deficientes. Ela conta que é uma característica deles essa disposição acima da média. “Devido às dificuldades, eles se esforçam o tempo todo para mostrar que são capazes”, avalia. Por sua vez, Shirley Veloso, 41 anos, encontrou uma nova motivação ao conseguir um emprego como recepcionista na empresa NP Full Service.

Há quatro anos, por conta de complicações durante uma cirurgia, ela perdeu os movimentos das pernas, tornou-se uma cadeirante e passou a conviver com todos os dilemas e dificuldades desse público. “Os seis primeiros meses após deixar de andar, foi um período difícil da minha vida”, revela. Shirley iniciou tratamento na Sorri e foi incluída nos cursos de capacitação para o mercado de trabalho. Ela passou por um treinamento para enfrentar as reações das pessoas diante de sua condição de cadeirante. Quando sentiu que estava preparada para voltar ao mercado de trabalho, começou a distribuir currículos. A expectativa durou dois meses. Foi quando a NP Full Services, que pertence ao Grupo NP, ligou pedindo que ela comparecesse para uma entrevista. Quando recebeu a notícia de que seria contratada, Shirley conta que houve uma transformação em sua vida. “Melhorou tudo. Melhorou minha cabeça, minha autoestima, minha família, aprendi coisas novas, fiz amizades. Enfim, minha vida melhorou 100%”, comenta. Segundo ela, a forma como a empresa a recebeu bem também contribuiu para ela se sentir bem e realizada. Tanto entusiasmo chamou a atenção e motivou elogios da gerente administrativa da NP Full Services, Andréa Merighi. “Shirley é uma ótima colaboradora, supera em qualidade e profissionalismo a função que exerce.” Jionatho Aparecido de Souza tem 28 anos e trabalha como auxiliar administrativo na HDI Seguros. A exemplo dos demais, a conquista do emprego foi um divisor de águas em sua existência. “Ao me integrar no mercado de trabalho eu tive várias conquistas, como igualdade profissional, familiar e até emocional porque o preconceito, de alguma forma, é derrubado e os desafios e planos podem ser alcançados”, destaca. Segundo ele, estar empregado tem um significado muito precioso para ele. “Sou casado e tenho dois filhos e um cachorrinho. É muito gratificante poder dar à minha família o sustento de cada dia, mesmo com todas as dificuldades da deficiência, e provar que é possível ser feliz e fazer minha família feliz”, orgulha-se. “E isso me acrescentou mais caráter.

Na verdade, me tornei um homem completo tanto no aspecto profissional quanto no pessoal. Hoje sou pai de família e trabalhador ‘completo’. E nisso encontrei mais força para lutar e acreditar que na fraqueza Deus nos faz forte”, ensina. Experiência de aprendizado mútuo A Zopone Engenharia e Comércio também adota a política de inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Atualmente, são vários os profissionais com algum tipo de deficiência que trabalham na empresa. De acordo com o Departamento de Responsabilidade Social, a experiência tem sido um aprendizado mútuo. A empresa entende que o relacionamento e a integração entre os colaboradores são fatores importantes para que a inclusão, de fato, aconteça, pois todos assumem responsabilidades.

A melhor oportunidade de integração, na avaliação da empresa, é justamente no convívio diário, quando o funcionário aprende a ter confiança no colega de trabalho, pois depende da conclusão de suas tarefas. De acordo com o Departamento de Responsabilidade Social, as pessoas que têm uma dificuldade física ou mental, assim como todos os demais colaboradores, são avaliadas pelo seu desempenho, tomam conhecimento das suas qualidades e pontos a serem melhorados no trabalho e, desta forma, poder vislumbrar crescimento dentro da empresa e na vida profissional. A empresa Brambilla possui dois deficientes em seu quadro de funcionários. Um está na empresa desde 2006 e cuida da distribuição de produtos de limpeza, usados na higienização dos ônibus. O outro integra a equipe de jardinagem desde 2009. “Ambos trabalham em perfeita harmonia com todos os outros colaboradores, com responsabilidades e produzem com qualidade”, informa a empresa. Baixa qualificação é maior obstáculo Com a lei de cotas, as pessoas com deficiência finalmente puderam mostrar que são competentes para desempenhar diferentes funções dentro das empresas. Oportunidades no mercado de trabalho não é mais problema.

A barreira, agora, é outra. A falta de qualificação devido à baixa escolaridade. Uma outra lei, que trata da presença de intérpretes dentro da sala de aula, deve corrigir uma outra distorção. Desta vez, nas escolas. Sem os intérpretes nas salas de aulas, os deficientes auditivos não conseguiam acompanhar o restante dos colegas na questão do aprendizado. Sem compreender o que os professores diziam lá na frente, não tinha como entender a matéria. Consequentemente, o aluno deficiente não aprendia e desistia de frequentar as aulas, ficando atrasado em sua vida escolar. E as empresas, para se enquadrar nas exigências dos padrões de qualidade, precisam ter em seus quadros funcionários com pelo menos o ensino médio. Algo que poucos deficientes conseguiram. “Às vezes, as empresas deixam de contratar porque precisam atender a alguns requisitos básicos, como a escolaridade de seus funcionários”, diz a assistente social Célia Cristina Lobato, do Núcleo Integrado de Reabilitação e Habilitação do Centrinho-USP (Nirh). Na opinião da psicóloga Oleana Rodrigues Maciel de Andrade, também do Nirh, é bem provável que mais esse obstáculo será superado em breve.

Ela acredita que a presença de intérpretes na sala de aula vai mudar o panorama da falta de escolaridade e capacitação dos deficientes. “Nós procuramos, inclusive, a família para conscientizar sobre a importância da escolaridade e de se fazer cursos profissionalizantes”, revela a psicóloga. De acordo com ela, com a inclusão no mercado de trabalho, essa exigência torna-se ainda mais importante e indispensável para os deficientes. A assistente social Cristina Lobato conta que alguns dos assistidos pelo Nirh fizeram cursos no Senai e hoje estão trabalhando na unidade da Volvo, em Pederneiras. Ao todo, são nove deficientes auditivos trabalhando lá. “O trabalho é importante para qualquer pessoa, mais ainda para os deficientes porque ajuda a superar o pensamento de que são incapazes. A oportunidade de trabalho mostra que eles conseguem. Com isso, eles se sentem mais valorizados, passam a ter uma outra imagem na sociedade”, avalia a psicóloga. O sentimento de realização pessoal e profissional é tão forte que, segundo Cristina, quando os assistidos estão de folga ou férias do trabalho, eles vão até o Nirh bem vestidos, muitos exibindo com orgulho a camiseta da empresa onde trabalham e mostrando uma felicidade e uma autoconfiança que emociona a todos.

Com a finalidade de contribuir para a formação dos deficientes, a Sorri, pioneira em reabilitação profissional em Bauru, tem oferecido cursos de capacitação. Atualmente, estão em andamento os cursos de garçom, auxiliar administrativo, atendente comercial e organizador de ambientes. Todos proporcionando vivências e práticas na função. Ainda há vagas para quem se interessar. Basta ligar para (14) 4009-1000. Os cursos são gratuitos. Por sua vez, a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) está com as inscrições abertas para o Programa de Educação Profissional para as pessoas com deficiência intelectual, nos cursos de auxiliar de cozinha, auxiliar de limpeza , auxiliar de escritório e empacotador de supermercado. Também estão abertas as inscrições para o curso de preparação para o trabalho para pessoas com deficiência física. Os interessados podem agendar pelo telefone (14) 3106-1252 o acolhimento com as profissionais Rose Carrara ou Sibele ou pessoalmente na Apae, na avenida José Henrique Ferraz 20-20, Jardim Ouro Verde.

Instituições oferecem treinamento Pensando em ampliar as oportunidades de encaminhamento e sucesso das pessoas com deficiência no mercado de trabalho, algumas entidades de Bauru estão investindo na qualificação dessas pessoas. “É fato a necessidade de investimento na qualificação profissional desta gama da população. Em decorrência desta preocupação, em 2012 firmamos parceria com a Secretaria do Bem Estar Social (Sebes) de Bauru, por meio do serviço de Inclusão Produtiva, para oferecer cursos teórico-práticos para pessoas com deficiência e população de baixa renda”, comenta a psicóloga e coordenadora do Programa de Educação e Reabilitação Profissional/Inclusão Produtiva da Sorri Fernanda Piovesan Dota. O Programa de Educação e Reabilitação Profissional (PERP) da Sorri atualmente é divido em três módulos. Os focos são aprendizagem específica e desenvolvimento de conhecimento técnico de acordo com os cursos ministrados; desenvolvimento pessoal que contribui para a autonomia dos usuários e oferece desde curso de etiqueta profissional até apoio psicológico; e habilidades gerenciais com noções de autogestão, identificação de função, busca e manutenção do emprego.

O PERP e outras instituições de Bauru, como o Centrinho e a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), também oferecem o serviço de assessoria às empresas contratantes, como seleção e encaminhamento de candidatos as vagas, análise de acessibilidade e adaptações, sensibilização e conscientização sobre as deficiências. Outro diferencial é o serviço de pós-colocação, que prevê o acompanhamento por equipe técnica especializada dos usuários inseridos no mercado de trabalho durante o período que for necessário. “Temos observado uma grande aceitação e empenho por parte das empresas para receber essa população demonstrando respeito à diversidade humana. E constatado que, na prática, as pessoas encaminhadas apresentam, de maneira geral, competências apropriadas, baixo absenteísmo e ótima produtividade”, frisa Fernanda.

Ela informa que no ano passado, o índice de retenção de emprego entre os deficientes encaminhados pela Sorri foi de 90%. “Percebemos que, com este trabalho, muitos são os resultados alcançados, podendo-se destacar a confiança nas potencialidades das pessoas com deficiência, encaminhamentos de alunos com maior comprometimento, abertura de novas oportunidades de emprego, maior aceitação e esclarecimentos de outros funcionários das empresas e da comunidade e extinção gradual do estigma de incapacidade”, comemora Sílvia dos Santos, pedagoga e coordenadora do Serviço de Educação, Encaminhamento, Acompanhamento e Supervisão Profissional (Seeasp) da Apae de Bauru. Segundo ela, os resultados mostram que vale a pena trabalhar com pessoa com deficiência. “A cada encaminhamento, nossos alunos nos surpreendem, mostram o quanto são capazes de transformar não só suas vidas, como as vidas de seus familiares. Os resultados mostram que a transformação é para todos”, afirma Sílvia. Já o Núcleo Integrado de Reabilitação e Habilitação (Nirh), ligado ao Centrinho, tem projetos nas áreas educacionais e profissionalizantes, auxiliando no desenvolvimento da autoestima dos pacientes. Crianças, adolescentes e jovens com problemas de surdez têm aulas de libras, língua portuguesa escrita, atividades expressivas, aulas de informática e de educação profissional, além da colocação e acompanhamento no mercado de trabalho. A equipe dos programas é formada por pedagogos, fonoaudiólogos, psicólogos, assistentes sociais, além de instrutor de libras. Adilson Camargo Fonte: JCNET

Senado reduz tempo de serviço para pessoa com deficiência se aposentar

O Senado aprovou na tarde desta terça-feira (3) projeto de lei que reduz o tempo de contribuição e a idade para pessoas com deficiência se aposentarem. Pela proposta, que ainda precisa ser novamente analisada pela Câmara dos Deputados, haverá um tempo de contribuição diferenciado, dependendo da gravidade da deficiência.

Se for leve, será de 30 anos para homens e 25 para mulheres; se for moderada, será de 27 anos para homens e 22 para mulheres; e se for grave, será de 25 anos para homens e 20 para mulheres. A idade mínima, para ganhar o benefício integral, em qualquer tipo de deficiência, seria de 60 anos para homens e 55 anos para mulheres.

Atualmente, a mesma regra vale para todos os trabalhadores da iniciativa privada: homens deixam o serviço após 35 anos e a mulher, 30 anos de contribuição. A idade mínima é de 65 e 60 anos (no caso de trabalhadores rurais, a idade mínima é de 60 e 55 anos, respectivamente).

A aferição do grau de deficiência seria feita por peritos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A mudança seria válida apenas para filiados ao Regime Geral da Previdência Social.

O projeto foi aprovado com o voto favorável dos 54 parlamentares presentes em plenário na tarde desta terça. Por ter sofrido alterações no Senado, a proposta será encaminhada novamente para análise da Câmara dos Deputados, de onde foi originada a matéria.

O projeto foi analisado pelas comissões de Direitos Humanos, de Assuntos Sociais e pela Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. O relator na última comissão, senador Lindbergh Farias (PT-RJ), apresentou um substitutivo que adequou o conceito da pessoa com deficiência. Ao invés de ser considerada uma doença, a deficiência passou a ser considerada um impedimento de longo prazo, de natureza física, mental, intelectual ou sensorial.

Por acordo dos parlamentares presentes no plenário do Senado, a votação foi invertida e ocorreu antes da discussão da proposta. Assim que a senadora Marta Suplicy (PT-SP), que presidia a sessão, leu o placar da aprovação, os parlamentares presentes aplaudiram a aprovação.

Fonte: http://g1.globo.com/politica/

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Deficientes relatam dificuldades e desafios em relacionamentos amorosos.

As dificuldades e desafios enfrentados por deficientes quando o assunto é namoro são tema de uma série transmitida pela TV britânica nesta semana. Em diversos relatos, deficientes físicos e mentais contam as barreiras que têm de superar para conquistar uma vida amorosa bem-sucedida. Adrian Higginbotham, de 37 anos, conta que para ele, que é cego, as dificuldades começam no primeiro contato, o ponto de partida para qualquer relacionamento.

"Você não pode entrar em uma sala de modo casual e dar aquela olhada. Você não pode sorrir para alguém que você já viu duas vezes anteriormente passando pela rua", diz Higginbotham.

Com um título provocante, o programa "The Undateables" (que poderia ser traduzido como "Os Inamoráveis") conta histórias como a de Higginbotham e virou alvo de discussões acaloradas nas redes sociais principalmente por conta do título.

O programa mostra ainda uma agência de namoros especializada em pessoas com dificuldade de aprendizagem, a "Stars in the Sky", que assegura que seus clientes cheguem seguros ao local do encontro e os ajuda a encontrar "a pessoa certa".

A agência diz já ter organizado mais de 180 encontros desde 2005, com um saldo de um casamento, uma união entre pessoas do mesmo sexo, três noivados e 15 relacionamentos sérios.

Reações

O programa mostra que, apesar de muitos deficientes estarem casados e felizes ou não terem dificuldades para namorar, outros enfrentam uma gama variada de reações e, às vezes, atitudes estranhas, principalmente quando o par não sofre de deficiência.

Lisa Jenkins, de 38 anos, relata sua experiência em um encontro com um amigo de um amigo que não sabia que ela tinha paralisia cerebral.

"Nós entramos em um bar e ele imediatamente desceu os degraus diante de nós. Eu tentei descer, mas simplesmente não consegui. Não havia corrimão", conta.

Quando seu acompanhante perguntou se algo estava errado, Jenkins teve de contar sobre sua paralisia cerebral.

"Eu podia ver a mudança em seu rosto. Ele ficou instantaneamente menos atraído por mim", diz.

"Eu já tive homens que se sentiam atraídos por mim, mas achavam que havia algo de errado com eles por isso."

Jenkins conta que já chegou a ouvir de um potencial pretendente que ele "sempre teve interesse por sexo bizarro".

Em uma sondagem feita em 2008 pelo jornal britânico The Observer, 70% dos entrevistados disseram que não fariam sexo com um deficiente.

Shannon Murray, uma modelo na casa dos 30 anos, há 20 em uma cadeira de rodas, conta que, quando era adolescente, alguns rapazes lhe ofereciam uma bebida e em seguida perguntavam se ela ainda podia fazer sexo.

Internet

O programa discute também a era dos encontros pela internet e um novo dilema surgido com ela: um deficiente deve revelar sua condição imediatamente ou esperar que as pessoas o conheçam melhor antes de contar sobre sua deficiência.

Murray - que tem sempre em seu telefone uma lista de bares e restaurantes com acesso fácil para cadeiras de rodas, com medo de parecer pouco independente em um primeiro encontro - diz que já fez os dois.

Ela conta que em apenas uma ocasião um pretendente resolveu abandonar a relação após descobrir que ela era deficiente.

Murray diz que tentou também a abordagem oposta, colocando em um site de relacionamentos comum uma foto em que sua cadeira de rodas era bem visível e uma frase bem-humorada, dizendo que, se o interesse da pessoa era escalar o Everest, ela não poderia ir junto, mas ficaria no campo base e tentaria manter a barraca aquecida.

"Esperava que, revelando minha deficiência assim, no início, geraria menos interesse, mas acabei recebendo mais respostas do que quando escondia a cadeira. Fiquei entre as cinco mulheres que receberam mais atenção no site naquela semana", conta.

Deficientes visuais encenam Paixão de Cristo nas ruas de Fortaleza

Um grupo de 53 deficientes visuais encenou a Paixão de Cristo na tarde desta terça-feira (3) pelas ruas de Fortaleza. O espetáculo começou a ser interpretado há 15 anos como atividade da Sociedade de Assistência aos Cegos (SAC) e, atualmente, é um dos momentos mais esperados pelos alunos da instituição e por espectadores do Bairro Monte Castelo, zona norte da cidade.

“É gratificante sentir que a gente está contando a história de Jesus e está passando emoção para as pessoas”, conta Márcio Wanderson do Nascimento, 20 anos, que interpreta Jesus Cristo pela primeira vez neste ano depois de se destacar em espetáculos passados. Mesmo com a visão parcial, o protagonista diz que não teve nenhuma dificuldade para percorrer as ruas durante as 14 estações da Via Sacra e carregar a cruz de madeira na Avenida Bezerra de Menezes, uma das mais movimentadas de Fortaleza.

Mensagem
Antes de Márcio Wanderson assumir o papel, o professor de informática da SAC, Paulo Roberto Cândido de Oliveira, interpretava Jesus desde 2007, ano em que a encenação passou a ser feita nas ruas ao redor da instituição. “Por sair do padrão, a mensagem da Paixão de Cristo é muito mais forte. Mostramos que todas as pessoas são iguais e podem construir seu próprio caminho”, afirma o professor de 51 anos formado em engenharia elétrica e com baixa visão.

A encenação nesta terça-feira (3) durou 45 minutos e foi audiodescritiva para que os atores e espectadores com deficiência visual compreendessem cada estação da Via Sacra. De acordo com a coordenadora pedagógica da SAC, Rutilene Sousa, os alunos vinham se dedicando há mais de um mês para a apresentação. Nos primeiros anos, a coordenadora lembra que os participantes tinham de ser escolhidos e que o figurino era emprestado das igrejas.

“Hoje, os alunos pedem para fazer parte da encenação e já temos nossas roupas. Com essas atividades, a gente consegue resgatar a autoestima e eles acabam percebendo que podem muito mais”, diz. A SAC foi fundada em 1942 e, atualmente, atende 256 alunos com deficiência visual de três anos a 83 anos do Ceará.

Fonte: http://g1.globo.com/ceara/

Fotógrafa que nasceu cega registra uma imagem por dia

A fotógrafa americana Amy Hildebrand nasceu cega por causa do albinismo. Na infância e na adolescência, ela passou por tratamentos médicos e passou a enxergar algumas cores, formas e sombras. Apesar das limitações de sua visão, Amy optou por se graduar em fotografia.

Em 2009, a fotógrafa iniciou um projeto de publicar mil fotos em mil dias no blog With Little Sound (em inglês). A cada 30 dias, ela escreve um pequeno texto no site.

'Eu quero me refletir como uma só pessoa; alguém que vai crescer, ter filhos, envelhecer e morrer. Nem todos os meus dias serão bons, nem todas as minhas fotos serão boas, mas elas irão me refletir', Amy escreveu em um dos textos do blog.

'Para mim, o período mais dificil de fotografar foi quando meu padastro foi diagnosticado com câncer terminal. Mas, depois de sua morte, tentei ser o mais positiva possível', disse à BBC Brasil.

Fonte: http://g1.globo.com/mundo/

Cegos e cadeirantes enfrentam ‘maratona de obstáculos’ em SP

Vicente Aparecido caminha diariamente, e com cautela, pelas ruas e avenidas do bairro Vila Remo, na Zona Sul de São Paulo. Como a maioria dos pedestres, ele se irrita com os obstáculos encontrados pelo caminho, como buracos, lixo e fezes de cães. Por ser cego, o homem de 38 anos considera um verdadeiro desafio andar pela região, principalmente pela Estrada do M’Boi Mirim.

Na via, a principal e mais movimentada do bairro, os perigos são constantes. Enquanto agita rente ao chão e de um lado para o outro sua bengala, ele logo encontra lixo e entulho no meio da calçada. Para superar o obstáculo, se aproxima da rua. “Coisas assim são arriscadas. Eu fico muito perto dos carros e posso ser atropelado”, disse, enquanto caminhava a centímetros do meio-fio.

Aparecido é apenas um dos cerca de 1,35 milhão de pessoas com algum tipo de deficiência que vivem na capital paulista. O número corresponde a 12% da população paulistana, segundo a Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida. Os que mais sofrem são os cadeirantes e os cegos. Enquanto os primeiros precisam muitas vezes mudar o trajeto por conta de obstáculos como entulho no meio da calçada ou buracos, os deficientes visuais dependem da boa vontade de outras pessoas para caminhar.

Atravessar uma movimentada via como a Estrada do M’Boi Mirim, por exemplo, tarefa arriscada até para quem enxerga, torna-se algo quase suicida para pessoas como Aparecido. “Você também depende de ajuda para pegar ônibus e para descer no ponto certo. O pessoal do bairro é bem legal comigo. Mas também não tenho vergonha de pedir ajuda”, disse.

Uma medida paliativa e necessária é a instalação de mais semáforos sonoros pela cidade. De acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), apenas um dos 6.146 cruzamentos com semáforos existentes em São Paulo conta com esse equipamento especial. Em fase de testes, ele está situado na Rua Conselheiro Brotero, na Barra Funda, Zona Oeste. De acordo com a CET, a rua foi escolhida para abrigá-lo por ficar próximo à Associação Brasileira de Assistência ao Deficiente Visual (Laramara).

Especialistas ouvidos pelo G1 disseram, no entanto, que isso não garante a segurança dos cegos, pois há sempre a possibilidade de um “apressadinho” desrespeitar as regras de trânsito e parar em cima da faixa de pedestre ou, situação pior, ultrapassar o sinal vermelho. “A falta de educação, que para a gente que enxerga é ruim, para eles é impraticável”, disse a ortoptista (especialista em distúrbios visuais) Eliana Cunha Lima, gerente de serviços especializados da Fundação Dorina Nowill. “Na correria, esbarram e quebram bengalas sem querer. Ainda há muito para desenvolver.”

Até quem tem boa vontade precisa tomar cuidado para não prejudicar o deficiente visual. “Cego não é surdo. As pessoas chegam berrando para conversar com a gente”, disse Aparecido. “E quando alguém quer ajudar, à vezes vem pegando no braço. O deficiente visual não vê que tem alguém se aproximando. Quando a pessoa chega, pega no meu braço, eu acabo levando susto.” Apesar dessas ações atrapalhadas, ele disse apreciar o auxílio recebido. “Costumo dizer que não tem gente ruim. O que tem no mundo é gente despreparada.”

A abordagem ideal é simples. “Não precisa berrar nem pegar no braço. Basta perguntar se preciso de ajuda. Eu respondo que sim e peço para pegar no braço dela, não o contrário. Assim eu fico mais seguro”, afirmou Aparecido. “O pior é quando a pessoa já pega no braço e sai andando. Assim eu me sinto muito inseguro.”

Mas o que mais Aparecido teme dentre todos os obstáculos existentes são os orelhões. “A gente não consegue localizar com a bengala. Eu já acabei entrando no orelhão. Às vezes a gente se machuca”, afirmou o homem, que por causa de um glaucoma, começou a perder a visão aos 16 anos e ficou totalmente cego no começo de 2011.

A melhor solução apontada é a instalação de pisos táteis ao redor do orelhão – como ocorre em todos os equipamentos instalados na Avenida Paulista. Os pisos táteis são facilmente identificáveis pela cor amarelada e pelo formato: tracejado (direcional, que serve para indicar o caminho do deficiente) ou pontilhados (para alertar a respeito de obstáculos como rampas e degraus).

“Quem deve fazer isso é o munícipe, desde que o orelhão esteja em sua calçada, ou a Prefeitura, quando ela reforma toda a calçada”, disse a arquiteta cadeirante Silvana Cambiaghi, secretária-executiva da Comissão Permanente de Acessibilidade da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida. Além da Paulista, a secretária citou como exemplo de via adequada aos deficientes a Avenida Brigadeiro Faria Lima. Na reforma que atualmente é feita em suas calçadas, a Prefeitura instalou pisos táteis em toda sua extensão

Mobilidade
Quem também sofre com os costumeiros buracos nas calçadas e outras barreiras é o remador Luciano Luna de Oliveira, de 34 anos. Cadeirante desde os 17 anos, quando foi baleado na porta da escola em que estudava, na Brasilândia, Zona Norte de São Paulo, o atleta chega a se irritar ao circular pela Vila Mariana, na Zona Sul da capital.

Mesmo no bairro de classe média, os problemas nas vias são semelhantes aos encontrados na periferia: degraus, buracos, árvores e postes no meio do passeio. Todos esses obstáculos aumentam a probabilidade de acidentes.

“Temos muitos relatos de queda. Pessoa que caiu em um buraco, ou que teve o andador ou a muleta chutado. De paciente que se assustou com carro quando atravessava a rua e que caiu por isso”, disse a fisioterapeuta Clarissa Barros, supervisora do setor de fisioterapia de adultos da Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD) central, também situada na Vila Mariana.

Oliveira disse já ter perdido a conta de quantas vezes caiu na rua. Fora os machucados, o que mais o incomoda são os danos que sua cadeira de rodas sofre nesses acidentes. “Já perdi muitas cadeiras por causa de buraco. Às vezes a cadeira não dura nem um ano”, disse. O prejuízo é grande. “A que eu uso atualmente, esportiva, custa R$ 3 mil. Mas tem uns modelos que valem uns R$ 4 mil, R$ 5 mil.”

As condições em que se encontram as calçadas, segundo a supervisora da AACD, acabam minando o entusiasmo dos deficientes. “Muitas vezes nós reabilitamos o paciente aqui na instituição, ele sai conseguindo se locomover, mas acaba ficando limitado, não saindo muito, não se socializando, porque tem receio do que vai encontrar na rua.”

De acordo com a Secretaria de Coordenação das Subprefeituras, a responsabilidade pela construção e manutenção das calçadas é do proprietário e do locatário do imóvel. A largura mínima para garantir a passagem das pessoas deve ser de 1,20 metro. Quem descumpre a norma pode receber multa de R$ 300 por metro linear (o dono de uma loja que tem calçada danificada de 20 metros de extensão, por exemplo, receberá multa de R$ 6 mil).

Balcões
Além dos problemas nas vias já citados, os deficientes sofrem com balcões muito altos, portas de lojas estreitas que impossibilitam a passagem de uma cadeira de rodas e escadas em frente a estabelecimentos. Outro fator que os desestimula são as adaptações (muitas vezes malfeitas) em estabelecimentos como cinemas, teatros e bares, que geralmente separam os piores lugares para deficientes físicos. “Parece que as pessoas que fazem a adaptação não entendem exatamente as necessidades da nossa população”, disse a especialista.

Mas o que realmente tira do sério o atleta Oliveira é quando pessoas sem nenhuma deficiência utilizam espaços reservados a quem tem alguma dificuldade de locomoção. “Banheiro público é outro problema. Muitas vezes os adaptados estão ocupados. Então eu prefiro fazer as necessidades antes de sair de casa”, afirmou. Dono de um veículo adaptado, ele disse que é comum encontrar vagas especiais ocupadas em shoppings e supermercados. “Às vezes você vai estacionar e o cara para na vaga e sai andando do carro, sem nenhuma deficiência. Os caras não se ligam.”

Essa falta de consciência em relação às deficiências alheias, na opinião da fisioterapeuta Clarissa, decorre principalmente do desconhecimento das dificuldades enfrentadas. “As pessoas muitas vezes não conhecem as limitações físicas e isso faz com que elas não as respeitem. Isso [conhecimento das deficiências] devia vir desde a educação dentro de casa, nas escolas, e das leis que deveriam ser mais seguidas e mais rígidas.”

Transporte
Se a locomoção nas calçadas é complicada, a situação nos ônibus da capital, segundo os especialistas e os deficientes, não é tão diferente. O problema maior não é a quantidade de veículos adaptados - de acordo com a São Paulo Transporte (SPTrans), dos mais de 15 mil ônibus da cidade, 7.662 são acessíveis (o que corresponde a cerca de 51% da frota) -, mas a qualidade do serviço.

O cego Aparecido disse que, sempre que entra num coletivo, é auxiliado para sentar nos assentos reservados a deficientes e idosos. O problema ocorre quando ele precisa descer. Além da lotação acima da média, que dificulta sua locomoção no interior do veículo, motoristas geralmente param distantes dos pontos. “Para quem enxerga tanto faz se ele para a alguns metros da calçada ou fora do ponto, mas para mim isso dificulta muito.”

Quem tem dificuldade em se locomover também sofre, principalmente com os solavancos e as freadas bruscas. “Uma vez quase caí no ônibus. Se eu não me segurasse, teria caído”, contou Oliveira. Dependendo do horário – e da boa vontade do motorista e do cobrador –, ele acaba sem auxílio para amarrar sua cadeira ao espaço reservado aos cadeirantes.

Já as composições da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e do Metrô recebem vários elogios. “Os deficientes têm assessoria maior no metrô e nos trens, com auxílio de funcionários”, disse a ortoptista Eliana.

Aparecido gosta dos serviços prestados pelos metroferroviários. Sempre que chega a uma estação, ele aguarda um funcionário levá-lo a uma plataforma até que uma composição chegue. Dentro do vagão, senta-se nos assentos preferenciais e se levanta assim que ouve o condutor anunciar a estação onde irá descer. “Quando eu saio, já tem outro funcionário me esperando para levar para a saída da estação. Eles são bem organizados.”

Fonte: http://g1.globo.com/ (Paulo Toledo Piza)