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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

200 pessoas com deficiência estão trabalhando no Norte de Minas Gerais


Superação. Palavra que define os esforços de Ana Paula Soares. Ela tem 27 anos, é surda, e há quatro meses, trabalha como auxiliar de serviços gerais, em um colégio em Montes Claros (MG)Site externo..

Segundo dados da Associação das Pessoas com Deficiência de Montes Claros (Ademoc)Site externo., cerca de 20% da população, de 360 mil habitantes da cidade, têm algum tipo de deficiência. A insituição tem um banco de currículos com 540 incritos, dos quais 200 estão empregados no Norte de MG. Os principais postos ocupados são nos setores administrativo e de atendimento.

Ana Paula conta com a ajuda da colega de trabalho, Fernanda Larissa Fonseca, para se comunicar. Segundo ela, a principal dificuldade em arrumar um emprego está relacionada a comunicação, já que poucas pessoas dominam a Língua Brasileira dos Sinais (Libras).

Fernanda, que aprendeu Libras por influência da irmã, que tem pós-graduação na área, conta que a amiga diz fica confiante em saber que no local de trabalho há alguém que a entenda. "É gratificante poder ajudá-la, no dia em que estava havendo a entrevista para a seleção, eu interpretei o que ela dizia."

No colégio em que Ana Paula trabalha há três vagas abertas para profissionais com deficiências. O diretor afirma que está tendo dificuldades para preenchê-las. "A qualificação é o principal obstáculo, além disso, a demanda por estes profissionais está crescente, devido às lei trabalhista que exige um percentual de funcionários com necessidades especiais."

Viviane Martins é cadeirante e há sete anos trabalha com telefonista em uma faculdade em Montes Claros. Para garantir a vaga, Viviane fez cursos na área de atendimento e administração.
"A possibilidade de trabalhar é extremamente importante para mim. As dificuldades maiores que encontrei ao longo da vida profissional foram a acessibilidade e aceitação."

A empresa em que Viviane trabalha tem 14 funcionários que apresentam algum tipo de deficiência. As vagas são preenchidas por meio de um banco de currículos. A responsável pela área de recursos humanos, Rejane Vieira, diz que a empresa se prepara para receber os funcionários com deficiências.

"Fizemos modificações na nossa estrutura física prezando pela acessibilidade, o local onde os funcionários com deficiências trabalham é diferenciado. Além disso, preparamos os outros funcionários para saberem como lidar com a situação."

O que diz a Lei
A legislação brasileira prevê por meio da Lei de Cotas 8.213/91, a obrigatoriedade de que empresa com 100 ou mais empregados reservem uma parcela das vagas para pessoas com deficiências.

Montes Claros é a maior cidade do Norte de Minas, com população estimada de 360 mil habitantes, segundo dados do IBGE. Informações da Ademoc apontam que 20% destas pessoas têm alguma deficiência.
Vadeir Soares, responsável pelo banco de empregos Ademoc, diz que a Associação realiza, em conjunto com o Ministério do TrabalhoSite externo., visitas às empresas e fiscalizações para ver se a legislação está sendo cumprida. Ele fala sobre o que ainda é preciso ser feito por parte das empresas e dos candidatos às vagas.

"As empresas precisam melhorar as condições de trabalho, principalmente a acessibilidade. E as pessoas com deficiência precisam buscar por qualificação para enfrentar as demandas do mercado. As duas partes precisam se preparar", afirma Valdeir Soares.

A Ademoc fica na rua Botafogo, 585, Maracanã. Mais informações pelos (38) 3214-8130 / (38) 3214-9422. No site da Associação é possível ter acesso à Cartilha da Inclusão das Pessoas com Deficiência no Mercado de Trabalho.

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