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sexta-feira, 1 de abril de 2011








A Plura Consultoria e Inclusão Social, empresa especializada na inclusão de profissionais com deficiência no mercado de trabalho, realizou a pesquisa Inclusão de Profissionais com Deficiência - Fatos e Dados, com objetivo de mapear as principais iniciativas das empresas na inserção destes profissionais. O que mais chamou a atenção é que apenas 6% das companhias realizam ou realizaram um plano para reter estes colaboradores. O turn over de PCD’s (pessoas com deficiência) chega a 80% no mercado nacional. Deste total, 58% dos entrevistados afirmam que este turn over é o mesmo se comparado aos demais funcionários. Os outros 42% dizem que há maior rotatividade nos colaboradores com deficiência. “Entendemos que muitas empresas focam seus trabalhos em contratar e muito pouco esforço é despendido para mantê-los na organização”, explica o CEO da empresa e idealizador da pesquisa, Alex Vicintin. A pesquisa foi realizada entre os meses de agosto e novembro de 2010. Participaram 71 empresas de diversos setores, entre eles indústria química e farmacêutica, serviços, financeiro, energia, sindicatos e construção civil. Dentre elas, 65% têm mais de 1000 funcionários. O número de PCD’s contratados por estas empresas, na época em que a pesquisa foi realizada, totalizavam 5.578. Os entrevistados ressaltaram que a baixa qualificação/experiência dos candidatos é a principal dificuldade para inclusão, correspondendo a 36.1%, seguida pela resistência dos gestores em aceitar PCD’s em sua equipe, com 27.7%. A dificuldade em recrutar diante aos critérios do processo seletivo corresponde a 19.4%. Por último, 11.1% é responsável pela falta de engajamento na equipe, o que deve ser estimulado pelo gestor. Apenas 5.7% das empresas não encontraram dificuldades no recrutamento de profissionais com deficiência. Outro dado que merece ressalva é referente ao desempenho dos colaboradores com deficiência em comparação dos demais. 68% dos entrevistados afirmaram que o desempenho se assemelha ao dos outros funcionários, 26% julgam que a performance está aquém e 6% acham que o desempenho é superior ao dos demais. “Esse resultado mostra que as empresas estão aceitando melhor pessoas com deficiência em sua equipe e reconhecendo seus talentos e aptidões”, comenta Vicintin. Em relação aos benefícios da inclusão deste público, 50% julgam que humanizou o ambiente de trabalho, 20% acham que a inclusão melhorou a percepção de gestores e equipes, 12% notaram melhora no clima organizacional e 18% não perceberam mudanças. Vale a ressalva que, de acordo com a Lei de Cotas (nº. 8.213/91) e Decreto 3.298/89, as empresas com 100 a 200 colaboradores devem ter em seu quadro de colaboradores 2% de pessoas com deficiência; 201 a 500 funcionários 3%; de 501 a 1000 4% e 1001 em diante 5%.

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